O USO CONSTANTE DO LIVRO DIDÁTICO COMO ÚNICO RECURSO DISPONÍVEL AO PROFESSOR TEM A VER COM SUA FORMAÇÃO ACADÊMICA HÁ COMO USÁ-LO COM EQUILÍBRIO
Por: lelebonzinho • 18/7/2019 • Artigo • 5.165 Palavras (21 Páginas) • 319 Visualizações
FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA
ALEXANDRE HENRIQUE CONCEIÇÃO DE JESUS
O USO CONSTANTE DO LIVRO DIDÁTICO COMO ÚNICO RECURSO DISPONÍVEL AO PROFESSOR TEM A VER COM SUA FORMAÇÃO ACADÊMICA? HÁ COMO USÁ-LO COM EQUILÍBRIO?
BRASÍLIA-DF, 2019
FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA
ALEXANDRE HENRIQUE CONCEIÇÃO DE JESUS
O USO CONSTANTE DO LIVRO DIDÁTICO COMO ÚNICO RECURSO DISPONÍVEL AO PROFESSOR TEM A VER COM SUA FORMAÇÃO ACADÊMICA? HÁ COMO USÁ-LO COM EQUILÍBRIO?
Artigo Científico Apresentado à Faculdade Única de Ipatinga - FUNIP, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Ensino de Língua Portuguesa.
BRASÍLIA-DF, 2019
O USO CONSTANTE DO LIVRO DIDÁTICO COMO ÚNICO RECURSO DISPONÍVEL AO PROFESSOR TEM A VER COM SUA FORMAÇÃO ACADÊMICA? HÁ COMO USÁ-LO COM EQUILÍBRIO?
Alexandre Henrique Conceição de Jesus1
RESUMO
Este artigo tem como objetivo observar se o uso constante do livro didático tem a ver com a formação acadêmica do professor. Realizou-se uma pesquisa junto aos professores de duas escolas de ensino fundamental do Distrito Federal por meio de questionários dirigidos e de entrevistas individuais a fim de serem levantados dados sobre a frequência e os motivos que levam o professor a utilizar o livro didático de maneira rotineira em sala de aula.
Palavras-chaves: Livro-didático. Uso. Professor.
1. Introdução
"Abram o livro na página tal..." Essa é, provavelmente no imaginário popular, uma das frases mais relacionadas ao trabalho dos professores em sala de aula. Mesmo sendo um clichê, ela indiretamente explicita a importância atribuída a esse recurso educacional. Não sendo consenso entre os professores, o livro didático ora é visto como um recurso fundamental à economia de tempo e à otimização do planejamento da rotina em sala, ora é visto como uma amarra à autonomia do magistério. Polêmicas à parte, atualmente o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) distribui gratuitamente a cerca de 82% dos alunos da Educação Básica obras escolhidas pelo corpo docente das próprias instituições em que estudam2.
O objetivo deste artigo, expresso em seu título, nasceu dessa constatação de que o livro didático está por toda parte efoi fundamentado nas ideias e concepções de autores como: Batista (1999), Bittencourt (1985), Nogueira et al (2017), Silva (2012) e Tagliani (2009 e 2011).
2. Desenvolvimento:
Este estudo não tem a intenção de esgotar o tema, por isso apenas reflete uma mera observação do uso do livro didático nas duas escolas em que este autor leciona. Em razão disso, a população escolhida para fornecer informações a respeito do assunto foi a de catorze professores de português dos Centro de Ensino Fundamental 1 do Guará e do Centro de Ensino Fundamental Polivalente do Plano Piloto. A título de informação, há 8 (oito) Centros de Ensino Fundamental na Regional de Ensino do Guará e vinte e um na regional do Plano Piloto3, e essas são apenas duas das catorze Coordenações Regionais de Ensino (CRE) do Distrito Federal.
Os procedimentos empregados na pesquisa foram: entrega de questionário (APÊNDICE 1); entrevistas complementares após coleta das questões; pesquisa de matrizes curriculares das universidades que formaram os professores entrevistados; tabulação e interpretação dos dados (APÊNDICES 2 a 19).
O grupo de professores para esta análise foi composto de quatorze professores (5 professores e 9 professoras) dentro da faixa etária de 24 a 55 anos de idade, entretanto, duas professoras não quiseram entregar ou responder os questionários distribuídos e não deram outras contribuições a este trabalho. Assim, dos questionários recebidos, tem-se isto: quatro desses professores se formaram na Universidade de Brasília-UnB, três na Universidade Paulista-UNIP e cinco na Universidade Católica de Brasília-UCB (APÊNDICE 2). Para os docentes, fiz a distribuição de questionários (APÊNDICE 1). Na coleta dos questionários, colhi outras informações a respeito da formação acadêmica (APÊNDICE 5) e, também, a respeito das discussões que esses docentes tiveram ou não na universidade sobre o uso do livro didático (APÊNDICE 18). Esses encontros ocorreram durante o início das aulas no mês de fevereiro até meados de março do corrente ano. Nesse mesmo período, realizei a pesquisa em cima das matrizes curriculares e dos programas das disciplinas de formação para a licenciatura e, por fim, fiz a observação de práticas cotidianas dos professores entrevistados quando necessária na parte dedicada aos resultados e conclusões deste artigo.
Foram distribuídos catorze questionários e recolhidos doze: dois docentes não quiseram responder ou entregar o questionário dado. Dessa forma, só analisei os questionários recebidos ajustando a população da amostra para doze professores.
O questionário aborda quatro temas: a formação e experiência docente (questões 1 a 4); o material didático utilizado em sala de aula (questões 5 a 6); a frequência de uso do material didático e o apoio dado por ele ao professor (questões 7 a 12); e os meios de equilibrar o uso do livro com outros recursos didáticos (questões 13 a 19).
Em relação ao ano da graduação em licenciatura, segunda questão do questionário (APÊNDICE 3), três professores se graduaram antes de 1990 (2 na UnB, 1 na UCB); cinco entre 1990 e 1999 (2 na UnB e 3 UCB); três entre 2000 e 2009 (2 na UNIP e 1 UCB) e um (da UNIP) após 2010.
Com base na prática docente, questão 3 (APÊNDICE 4), apenas um professor leciona há menos de um ano; três lecionam entre 1 e 5 anos; cinco entre 5 e 10 anos; e outros três há mais de dez anos. Há uma relação de proporcionalidade entre as respostas dadas na questão 2 e as da questão 3: quanto mais tempo de formado, maior é a prática docente verificada.
No que se refere às respostas dadas à questão
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