O artesanato da palavra
Por: Joycenascimento • 11/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.231 Palavras (5 Páginas) • 1.053 Visualizações
Fichamento:
O Artesanato da Palavra
Introdução
1.1 - O capítulo relata o desafio de transformar ideias em palavras coerentes, claras, elegantes e articuladas entre si.
1.2 - O aumento do tamanho do cérebro humano e a capacidade de linguagem foi a primeira mudança mais significativa ao longo da evolução dos primatas ao homo sapiens. Ambas profundamente associadas, pois sem o cérebro maior o homem não teria como processar sua linguagem.
1.3 - E apesar das inúmeras tentativas de explicar o mundo material e reconstruir simbolicamente o seu funcionamento, a tarefa de fazer ciência não acaba quando os experimentos e as observações são realizadas e os resultados obtidos. Tudo deve se plasmar em palavras para que haja a comunicação.
1.4 - Boa parte do desacordo nas discussões filosóficas e do ruído nas comunicações eram atribuídos, por alguns filósofos e cientistas, ao uso desleixado da palavra.
1.5 - Ludwing Wittegenstein defendia a ideia de que o grande objetivo da filosofia deveria ser depurar a linguagem de suas imprecisões. Sem um uso correto das palavras, as pessoas não conseguem dizer o que querem.
1.6 - É necessário que tenhamos bastante cuidado no uso das palavras e definições que, se não usadas corretamente, comprometem toda a análise.
1.7 - Por esses motivos é que há um artesanato da palavra. Saramago nos disse: “Um artesão precisa cuidar das suas ferramentas com desvelo. Ora, se a ferramenta do escritor é a palavra, igual cuidado merecerá.”.
Sem boa forma, o conteúdo morre na praia
2.1 - Deve-se entender a relação que há entre estilo e conteúdo. O bom estilo está a serviço do conteúdo. Uma melhor apresentação contribui para tornar mais confiável o conteúdo.
2.2 - Não se põe a perder um bom trabalho por não saber transcrever suas ideias para o papel. Um bom tema não deve ser desperdiçado pela má qualidade da redação.
2.3 - A redação não é apenas transcrever ideias prontas, mas uma fase da construção do trabalho, juntamente relacionada com o desenvolvimento do raciocínio.
2.4 - Ás vezes ocorre de ao tentarmos apresentar nossas ideias acabamos por alterá-las tanto na forma quanto no conteúdo. Novas ideias vão surgindo à medida que trabalhamos no contexto em estudo.
2.5 - Não se deve separar o que se pensa do que se escreve. Temos que encontrar um equilíbrio entre esses dois contextos.
O sofrimento do primeiro trabalho
3.1 - O começo da redação, para os iniciantes, pode ser a parte mais complicada do trabalho. Mas depois que se inicia, quando as ideias começam a ser transcritas, ganha-se ritmo e autoconfiança.
3.2 - Já sabemos que os primeiros parágrafos devem ser os bem elaborados, pois é a porta de entrada para que o leitor entre no mundo do autor. Por isso a razão de serem os mais difíceis.
3.3 - É importante que se inicie logo, mesmo que depois seja preciso descartar alguma coisa. É necessário que as ideias comecem a se expostas, não adianta esperar ter tudo pronto, todas as ideias devidamente organizadas, isso é impossível.
3.4 - Ocorre com muitos escritores iniciantes o medo de escrever, que os paralisa. Mas quando as ideias vão se organizando, até o que a princípio estava obscuro sobre o que se quer dizer, se desenvolve naturalmente.
3.5 - Ou também pode ocorrer de se já ter algo bem claro do que irá ser dito, mas ao longo da escrita vai-se mudando as certezas. As ideias mudam, os julgamentos sobre o assunto se tornam mais seguros.
3.6 - Não importa o tema que está sendo elaborado, à medida que trabalhamos no assunto, mais informações e mais ideias vão surgindo ao longo do processo.
3.7 – Ao terminar o trabalho é preciso voltar ao início e descartar o que parecer desnecessário, incoerente. Ou até mesmo seja o caso de refazê-los.
3.8 - Acontece que as revisões podem demorar mais tempo do que o que foi investido para fazê-lo. Mas é preciso esse polimento na forma para que o resultado final agrade ao leitor.
As Arapucas estilísticas
4.1 - Autores iniciantes são vítimas de armadilhas devido a más leituras que fizeram durante a sua formação. Não dá pra evitar. Mas persistir tropeçando nos mesmos erros, não é inteligente.
4.2 - A princípio, deve-se evitar os clichês, o que todos já viram e estão cansados de saber. As palavras da moda, palavras vagas, jargões, palavras ideologicamente carregadas, podem até ter seu lugar certo, mas tendem a ser usadas sem cuidado algum.
4.3 - É preciso também evitar palavras vagas e obscuras, é sempre recomendável usar termos que o leitor possa entender e imaginar corretamente.
4.4 - O bom artesanato da linguagem consiste em dizer o máximo, com o máximo de clareza e com o mínimo de palavras.
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