OS FILMES HISTÓRICOS E O ENSINO DE HISTÓRIA: DIÁLOGOS E CONTROVÉRSIAS
Por: FLAVISLPS • 27/10/2019 • Abstract • 457 Palavras (2 Páginas) • 225 Visualizações
Flaviana Lopes Ribeiro de Oliveira – História/2019 - 1º semestre
FILMES HISTÓRICOS E O ENSINO DE HISTÓRIA: DIÁLOGOS E CONTROVÉRSIAS
Vitória Azevedo da Fonseca
Resumo:
A autora do artigo “Filmes históricos o ensino de história: diálogos e controvérsias” traz reflexões acerca dos filmes com temáticas históricas e a utilização destes no ensino da História como disciplina. Vitória da Fonseca, perpassa sobre análises de diferentes autores e suas posições em relação as tradições histográficas e a temática dos filmes como representações e memórias de um passado. Consoante a isso, a autora discorre sobre o papel dos filmes históricos, as contribuições que eles podem oferecer para o processo de aprendizagem e a fuga de uma avaliação apenas no campo do mito ou verdade, diante das informações contidas nas produções cinematográficas.
A autora perpassa por diferentes abordagens teóricas, dentre essas está a de Marc Ferro. O historiador, propõe analisar os filmes históricos como um conjunto de características, cenários e realidades, observando todo o complexo da construção dos audiovisuais como documento e as visões históricas para a produção dos filmes. Além de Ferro, Vitória Azevedo da Fonseca menciona a perspectiva do historiador Robert Rosenstone, que defende a ideia de uma análise feita a partir do diálogo do filme como material documental e o discurso histórico. Para ele, os filmes conseguem dialogar com o passado e o presente, percorrendo diferentes temporalidades e também com seu público. O público espera reconhecer as representações presentes nos filmes, com a forma de uma “memória histórica”. A autora acrescenta que a observação das temporalidades históricas e os diálogos que são estabelecidos na elaboração dos filmes, pode ampliar as possibilidades didáticas para o conhecimento a respeito dos passados que são representados.
Vitória da Fonseca aponta a possibilidade de um filme abordar conteúdos precedentes a partir de conhecimentos e leituras de outras obras e fazer uma adaptação, ou “transposição, tradução, transmutação” de uma realidade histórica a partir dos diálogos e narrativas. O que para a autora aumenta a possibilidade de recursos didáticos para o estudo, não com o objetivo de considerar ou desconsiderar os casos como verdadeiros, mas para analisar esses discursos como algo que se aproxima das tradições historiográficas e do leque de possibilidade de interpretações. Para a autora, os filmes são interpretações históricas com particularidades, com uma compreensão que vai além dos dados históricos que são apresentados, é necessário entender o corpo geral, o que compõe a obra, as questões de montagens, os personagens e os espelhos do filme.
A autora conclui sua proposta como sendo os filmes históricos, um mecanismo de diversificar o processo de aprendizagem, utilizando como suporte os textos teóricos escritos e o campo audiovisual, ajudando a compreensão dos acontecimentos históricos. Não como uma realidade imutável, mas uma comunicação entre diferentes perspectivas para serem analisadas e compreendidas.
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