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Portfólio Primeiro Semestre Unipar 2020

Por:   •  8/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.790 Palavras (8 Páginas)  •  156 Visualizações

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SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        3

2        DESENVOLVIMENTO        4

3  CONCLUSÃO        8

REFERÊNCIAS        9

  1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo abordar a temática “Lazer, Aprendizagem, Inclusão e Acessibilidade de crianças com deficiência”, relacionando com as principais disciplinas estudadas no vigente semestre.

Serão abordados e investigados os diversos fatores históricos, sociais e culturais que dificultam a inclusão das crianças com deficiência na vida escolar e no meio social, para esse trabalho usaremos autores como kishimoto e vygostski, autores que consolidaram as pesquisas relacionadas ao desenvolvimento psicológico, físico e mental das crianças.

Este trabalho visa também solucionar a situação-problema (SP) proposta, que tem por objetivo construir um texto sobre o projeto que justifique sua importância para a garantia dos direitos à educação, saúde e lazer das crianças com deficiência. Esse texto será divulgado para a comunidade, com o intuito de sensibilizá-la para o tema. Criado pela figura hipotética de “Amanda” o projeto visa através de uma parceria da escola em que leciona  para que os espaços públicos da escola e do parque sejam adaptados para que ocorra a inclusão de todas as crianças que os freqüentam, assim como para a promoção de atividades diversas que ampliem as experiências motoras, cognitivas e sensoriais das crianças.


  1. DESENVOLVIMENTO

Para entender a situação atual devemos observar nossa história e analisarmos os fatos ocorridos desde os tempos mais remotos, desde os primórdios da sociedade as pessoas com deficiência sofrem com as mais perversas formas de preconceito, um exemplo disso ocorreu na Grécia Antiga, o culto ao corpo, à perfeição e aos ideais atléticos levavam os deficientes a serem sacrificados ou escondidos. Em Esparta e Atenas crianças com deficiências física, sensorial e mental eram consideradas subumanas, o que legitimava sua eliminação e abandono. Tal prática era coerente com os ideais atléticos, de beleza e classistas que serviam de base à organização sócio-cultural desses dois locais. Em Esparta eram lançados do alto dos rochedos e em Atenas eram rejeitados e abandonados nas praças públicas ou nos campos. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2008, p.7)

No Brasil o processo de inclusão social das crianças com deficiência se iniciou com a Lei de número 4.024 de 1961 – Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, sendo a (LDBEN) a garantia para o direito à educação em escolas regulares para crianças com deficiência ou superdotadas.

Porém, como nem tudo relacionada a educação das crianças com deficiência é algo contínuo, em 1970 tivemos um retrocesso na política inclusiva com a Lei n° 5.692/71 que então defendia o tratamento especializado para alunos com necessidades especiais, em outras palavras a lei reforçava a segregação de alunos em salas espaciais.

Embora hoje em dia tenhamos evoluída drasticamente na inclusão dessa parcela populacional na sociedade, ainda existem diversos desafios a serem superados, e tudo começa nos primeiros anos de vida dessas pessoas, a infância é um  período crucial no nosso desenvolvimento, mesmo que fazendo coisas básicas como brincar ou estudar, que são direitos garantidos no Estatuto da criança e do adolescente (ECA), mas o que fazer se esses direitos não são garantidos ? Um estudo da plataforma QEdu, realizado a partir de dados do Censo Escolar 2016 mostra que Apenas 26% das escolas públicas são acessíveis a pessoas com deficiência pouco mais de um quarto das 37.593 unidades da rede pública do país tem dependências acessíveis. Nas particulares, o número sobe para 35%. Obviamente esses números estão longe do ideal, mas já revelam um crescimento comparado com aos anos anteriores.

Os fatos apresentados mostram como tem sido difícil a inclusão ao longo de toda história da humanidade, segundo vygostski “Na ausência do outro, o homem não se constrói homem” a interação humana é algo que está em nossa natureza, e infelizmente pessoas que são privadas dos direitos básicos de lazer, educação e convivência sofrem um enorme dano em seu desenvolvimento pessoal desde os primeiros anos de vida.

Os fatores para esse fenômeno são diversos pois as instituições de ensino e a maioria dos espaços coletivos (parques, áreas de lazer e recreação em geral) têm que lidar com a eliminação de várias barreiras, desde as arquitetônicas até as comunicacionais e atitudinais, a falta de arquitetura afeta um dos direitos mais básicos que é o de ir e vir, e já inicia a segregação, o descaso da parte do governo também é visível e também por parte de boa parcela da sociedade, a falta de empatia e o preconceito agravam ainda mais a situação, todos esses fatores reforçam a fala de vygostski e exemplificam a dimensão desse problema.

Brincar é a ferramenta primária de construção do ser humano em seus primeiros anos de vida, mas na situação atual de nossa sociedade muitas crianças são negligenciadas nessa questão, Segundo Velasco (1996, p. 78) brincando a criança desenvolve suas capacidades físicas, verbais ou intelectuais. Quando a criança não brinca, ela deixa de estimular, e até mesmo de desenvolver as capacidades inatas podendo vir a ser um adulto inseguro, medroso e agressivo, Já quando brinca a vontade tem maiores possibilidades de se tornar um adulto equilibrado, consciente e afetuoso.

Ainda, segundo Oliveira (2002, p. 160) Ao brincar, a criança passa a compreender as características dos objetos, seu funcionamento, os elementos da natureza e os acontecimentos sociais. Ao mesmo tempo, ao tomar o papel do outro na brincadeira, começa a perceber as diferenças perspectivas de uma situação, o que lhe facilita a elaboração do diálogo interior característicos de seu pensamento verbal.

(...) ainda que se possa comparar a relação brinquedo-desenvolvimento à relação instrução-desenvolvimento, o brinquedo proporciona um campo muito mais amplo para as mudanças quanto a necessidades e consciência. A ação na esfera imaginativa, em uma situação imaginária, a criação de propósitos voluntários e a formação de planos de vida reais e impulsos volitivos aparecem ao longo do brinquedo, fazendo do mesmo o ponto mais elevado do desenvolvimento pré-escolar. A criança avança essencialmente através da atividade lúdica. Somente nesse sentido pode-se considerar o brinquedo como uma atividade condutora que determina a evolução da criança. (VYGOTSKY 1991, p. 226-227).

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