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Produção Textual Língua Portuguesa

Por:   •  13/10/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.905 Palavras (8 Páginas)  •  184 Visualizações

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ANHANGUERA EDUCACIONAL

ANHANGUERA CAMPO BOM

LICENCIATURA LETRAS PORTUGUÊS E INGLÊS

TANARA FORELL

A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS
OU COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO

CAMPO BOM

2019

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        2

2 O CONTEXTO HISTÓRICO E POLÍTICO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL        3

3 A EDUCACÃO DE JOVENS E ADULTOS NA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCACÃO NACIONAL        5

4 O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO AVALIATIVO DA EJA, BEM COMO SUA METODOLOGIA DE ENSINO        6

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS        7

REFERÊNCIAS        8

1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho, será observada a trajetória da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Serão descritos todos os fatores históricos, políticos e sociais que contribuíram para esta modalidade de ensino se tornar indispensável na formação do aluno.

Serão relatadas as mudanças significativas e de suma importância nesta modalidade educacional, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9394.96 (BRASIL, 1996).

As metodologias utilizadas no processo de ensino e aprendizagem também serão mostradas neste texto, denotando a importância do papel do professor, bem como da escola como um todo, na formação do educando desta modalidade. Quais as práticas pedagógicas se aplicam em sala de aula, tornando o ambiente escolar propício para a expressão das experiências de vida que cada aluno possui, valorizando sua bagagem cultural.

Por fim, refletiremos como será o processo de avaliação do educando jovem e adulto, repensando nas metodologias utilizadas no processo de ensino e aprendizagem nesta formação pedagógica, onde o aluno é o ponto de referência para a prática docente, fazendo com que a escola possibilite uma profissionalização deste indivíduo e que esteja voltada principalmente para o campo do trabalho.


2 O CONTEXTO HISTÓRICO E POLÍTICO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL

Desde o período colonial, percebe-se que a educação no Brasil voltava-se às crianças, bem como aos índios e adultos. Com a Companhia Missionária de Jesus, os jesuítas catequizaram e alfabetizaram os índios na linguagem portuguesa. Quando os jesuítas saem do Brasil, em 1759, o Império toma a responsabilidade de continuar a educação no país. Surge o chamado elitismo, onde a alfabetização era designada apenas às famílias mais abastadas, com mais poder aquisitivo, geralmente filhos de colonizadores (brancos e homens), excluindo as etnias negras e indígenas.

Com o Ato Constitucional de 1834, as províncias se responsabilizaram pela instrução de toda a população, incluindo jovens e adultos. O conceito de ensinar  torna-se um ato de caridade, onde os letrados ensinavam os analfabetos e desajustados.

Muito tempo se passou e com a chegada do século XX a ideia de acabar com o analfabetismo toma grande mobilização, na qual serão destacadas as principais mudanças:

Em 1920, o analfabetismo chega a 72% no Brasil. Em 1934 é criado o Plano Nacional da Educação, onde o ensino primário integral e gratuito agregou-se aos adultos. Em 1938, surge o INEP (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos) onde suas pesquisas e estudos levaram  a fundar em 1942 o Fundo Nacional do Ensino Primário, com a finalidade de incluir e ampliar o supletivo para adolescentes e adultos.

Uma das considerações para a erradicação do analfabetismo em massa, foi a pressão que a ONU e a UNESCO – criada  após o fim da Segunda Guerra Mundial -  usaram , mostrando a preocupação em ter mais pessoas formadas, do que na qualidade do ensino.

Em 1952, surge a Campanha Nacional de Educação Rural (CNER), voltado â população do meio rural.

Em 1958, no governo de Juscelino Kubischek, surge o Congresso de Educação de Adultos, onde surge uma nova discussão aos métodos pedagógicos, levando a conhecer o  nome que virá a ser um dos grandes mestres da educação de jovens e adultos: Paulo Freire.Com o segundo Congresso de Educação de Adultos, surge o PNAA (Plano Nacional de Alfabetização, liderado por ele.

Com o início do Período Militar em 1965, cria-se o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) com a finalidade de controlar a população, centralizar suas atuações em supervisionar a pedagogia e elaborar os materiais didáticos.

Com a redemocratização do país, em 1985, no governo de José Sarney surge a Fundação Educar, nos mesmos critérios do MOBRAL, mas sem o apoio financeiro suficiente para mantê-lo.

No governo de Fernando Collor, em 1990, termina a Fundação Educar e é criado o PNAC (Plano Nacional de Alfabetização e Cidadania), com o intuito de reduzir em 70% o analfabetismo em 5 anos. Este Plano destinava recursos a projetos para a alfabetização de crianças e adultos, como também à formação de alfabetizadores, elaborados pelas universidades. O governo não interferia nos projetos.

Fernando Henrique Cardoso, em 1996, cria o PAS (Programa Alfabetização Solidária), onde destinava alfabetizar jovens e adultos de cidades mais pobres, com baixo índice de desenvolvimento humano. Cabia à sociedade civil arcar com a responsabilidade do Programa que era gerido pelo Estado.

Já no governo de Luís Inácio Lula da Silva, em 2003, o MEC cria o Programa Brasil Alfabetizado, onde destina recursos a organizações da sociedade civil, organismos públicos estaduais, municipais e instituições de ensino superior para desenvolverem seus projetos de alfabetização. Prevê ainda, o incentivo â leitura por meio da distribuição de livros aos recém – alfabetizados (VÓVIO, 2004, p. 23).

Como se pode ver, apesar de a Constituição definir que a educação é um direito de todos, os programas criados, apesar de resolver em parte o problema do analfabetismo de jovens e adultos, apresentam muitos fragmentos em suas concepções, tanto pedagógicas, quanto metodológicas. Há um resultado de ineficácia do Estado em garantir a permanência do aluno na escola através de políticas públicas inovadoras.


3 A EDUCACÃO DE JOVENS E ADULTOS NA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCACÃO NACIONAL

Contemplando a Constituição Federal, garantida pelo artigo 208, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional assegura a oferta do atendimento da modalidade nos artigos 4º e 5º:

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