RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO: CONSIDERAÇÕES SOBRE CRÍTICA TEXTUAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA O ENSINO, A PESQUISA, A PRESERVAÇÃO E A DIVULGAÇÃO DA LITERATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA
Por: carol1012- • 18/11/2019 • Trabalho acadêmico • 681 Palavras (3 Páginas) • 411 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA- CAMPUS-IX
ACADÊMICA: CAROLINE MOREIRA
PROF: ALAN BRASILEIRO
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO: CONSIDERAÇÕES SOBRE CRÍTICA TEXTUAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA O ENSINO, A PESQUISA, A PRESERVAÇÃO E A DIVULGAÇÃO DA LITERATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA .
Ceila Maria FERREIRA Laboratório de Ecdótica da Universidade Federal Fluminense (UFF/LABEC) file:///C:/Users/cliente/Downloads/52303-202322-1-SM.pdf
O artigo traz em si algumas considerações sobre a importância da crítica textual para a literatura. O autor apresenta como exemplos o corpus de preparação da edição crítica de Papéis Avulsos, coletânea de contos de Machado de Assis, e do corpus de preparação da edição crítica com viés genético das narrativas de viagens de Eça de Queirós.
Neste sentido, observa-se que a edição critica é capaz de levar o leitor a viajar no tempo e conhecer marcas de temporalidades diversas que somadas são e serão contribuições bastante significativas para o estudo de um texto ou de textos que compõem a história da transmissão e da leitura de obras que fazem parte ou que poderão fazer parte do patrimônio cultural da humanidade.
O artigo relata que no inicio dos anos 50 foi criada, no Brasil, pela portaria número 483, do então Ministério da Educação e da Cultura do governo Juscelino Kubitschek, a Comissão Machado de Assis com a “finalidade de elaborar o texto definitivo das Obras de Machado de Assis”, conforme podemos ler em Assis (1977: 5), passamos a compreendê-la e a aceitá-la sem maiores surpresas, resistências ou hesitações
Machado de Assis é praticamente uma unanimidade entre o público leitor no Brasil, sendo que muitos o consideram como o maior escritor brasileiro de todos os tempos, bem como Eça de Queiros. Nesse sentido, é muito importante que a obra de Machado de Assis e a de Eça de Queirós tenham passado ou passem pelos filtros da Crítica Textual.
O autor critica as edições criticas da obra de Machado de Assis por não ser fiel ao original e fala sobre a mudança, a de pai a pão, que altera substancialmente o sentido presente no texto machadiano
O artigo também faz referencia a leitura, por exemplo, de “O Segredo do Bonzo” que tem como subtítulo, “capítulo inédito de Fernão Mendes Pinto”, e da leitura de um dos mais famosos contos machadianos que é “O Alienista”, que não só integra como abre Papéis Avulsos.
Neste sentido que é importante a fidelidade à obra uma vez que existem citações de outras obras presentes nos contos que trazem algumas modificações realizadas pelo próprio Machado de Assis. E cabe ao critico é respeitar isso, uma vez que o possível “erro” autoral tem uma função de produção de sentido no texto desse competentíssimo escritor que é Machado de Assis.
Partindo desse pressuposto, o artigo deixa clara a dificuldade para a elaboração de um texto critico, assim como a de comentários. Enquanto por outro lado o seu conhecimento, por intermédio de sua transmissão, contribui para que o trabalho do autor seja ainda mais valorizado pelos críticos literários.
Portanto, as edições criticas contribuem para, a pesquisa, a preservação e a divulgação da obra desses grandes escritores da literatura em língua portuguesa, pois a Crítica Textual, a partir de edições críticas, é possível que o publico tenha acesso a um estudo da história da transmissão dos textos das obras que estão escritas em suas páginas, assim como o acompanhamento sobre sua materialidade e no que tange aos sentidos que vão sendo transmitidos à medida que os textos que compõem a tradição daquelas obras vão sendo publicados e lidos.
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