RESUMO LIVRO INTRODUÇÃO À ENGENHARIA

RESUMO

BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. V. Introdução à engenharia: conceitos, ferramentas e comportamentos. 2. ed. Santa Catarina: UFSC, 2011.

No capítulo Origens da profissão, do livro Introdução à Engenharia: Conceitos, ferramentas e comportamentos, os autores Bazzo e Paraíba apresentam um resgate histórico de fatos marcantes da história da engenharia, ocorridos até o início do século 20, e evidenciam a força da profissão, mostrando sua relevância dentro da sociedade. Na história da evolução social, os autores ressaltam a capacidade do ser humano de dar forma a objetos naturais e a empregá-los para determinados fins. Essa habilidade tem sido entendida, segundo Bazzo e Paraíba, como uma das grandes responsáveis pelo estágio de desenvolvimento da engenharia, experimentado atualmente. Porém, esse diferencial do ser humano, frente a outros animais, surgiu desde os períodos Paleolítico e Neolítico, com a invenção da pedra lascada, concha, alavanca, domesticação de animais, agricultura, dentre outras técnicas primitivas. Ao longo dos séculos, novas técnicas, invenções e descobertas foram feitas, os conhecimentos foram se acumulando, mas tudo isso acontecia apenas por força da experiência prática de vários artesãos que transmitiam suas técnicas, ainda empíricas, para as novas gerações. Esse empirismo só veio mudar no século 18, com a expansão dos conhecimentos científicos e a sua aplicação a problemas práticos. Isso resultou no surgimento do engenheiro e de uma engenharia mais estruturada. E foi neste mesmo século que se estabeleceu um marco divisório entre duas engenharias: a engenharia do passado e a engenharia moderna. De acordo com Bazzo e Paraíba, a primeira foi aquela caracterizada pelos grandes esforços do homem no sentido de criar e aperfeiçoar artefatos que aproveitassem os recursos naturais, tendo como característica básica o empirismo, a segunda é aquela que se caracteriza por uma forte aplicação de conhecimentos científicos à solução de problemas. A tecnologia, tal como é hoje entendida, só apareceu há cerca de quatrocentos anos, mas tomou corpo apenas com a Revolução industrial, quando se notou que tudo o que era construído pelos homens podia sê-lo usando os princípios básicos das ciências. A partir de então, houve muitos marcos históricos importantes repletos de fracassos e sucessos que contribuíram para a formação de uma engenharia mais sólida. Com o tempo, surgiram as primeiras escolas de engenharia, que treinavam os alunos para técnicas e processos, diferente das escolas atuais, que tem como preocupação maior formar e educar, para fornecer ao futuro profissional embasamento teórico consistente. No Brasil, o desenvolvimento da engenharia manteve-se por muito tempo atrasado. Isso se deve ao fato de a economia ter sido baseada na escravidão, não sendo de interesse da monarquia a instalação de indústria na sua colônia. A primeira escola de engenharia brasileira, a Academia Real Militar, foi criada em 1810. De lá pra cá, muitas outras escolas foram implantadas, o que representa, hoje, algumas centenas de curso no país, que formam centenas de engenheiros que contribuem para a concretização, evolução e formação da sociedade.

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