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Por:   •  4/9/2013  •  607 Palavras (3 Páginas)  •  1.879 Visualizações

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Em Designação : a arma secreta, porém incrivelmente poderosa, da mídia em conflitos internacionais, Kanavillil Rajagopalan discorre sobre como a mídia se utiliza do processo de designação, isto é, conceder um nome a um determinado objeto, seja ele real ou imaginário, para influenciar de acordo com suas preferências a opinião pública diante do assunto discutido.

Rajagopalan cita os exemplos da Guerra do Golfo, da guerra contra o Iraque e da guerra no Afeganistão com a finalidade de mostrar que essas guerras deram início a uma nova era, na qual os conflitos são transmititos e comercializados como verdadeiros espetáculos, ou ainda, como programas de televisão com reprises e intervalos comerciais, podendo até serem transmitidos ao vivo para um público planetário. Diante desse quadro, percebe-se, que a mídia controla o fluxo e a transmissão de informação, além de manipular as notícias a favor ou contra quem ela achar mais conveniente.

No quinto e sexto parágrafo Rajagopalan dedica-se a apresentar ao leitor uma breve explicação sobre o que são os nomes. A partir do instante em que um objeto é nomeado, essse deixa de ser exclusivo ou único, visto que o ato de nomeação lhe atribui uma característica, porém a característica de tal objeto pode ser aplicada a outros também. Um exemplo dessa situação é apresentada no texto O nome das coisas de Mário Prata. Prata questiona como um único objeto apresenta várias nomeações, como o que ele deseja comprar, para ele abajur, porém a vendedora só conhecia tal objeto por luminária, ele também questiona, o fato dos nomes dos objetos irem mudando ao longo do tempo.

Rajagopalan sustenta a tese de que a mídia influência a opinião pública a partir da designação, ou nomeação, que ela escolhe para transmitir as notícias. As palavras carecem de neutralidade, a ideia de que as palavras utilizadas pela mídia são escolhidas ao acaso, que elas não são carregadas de outros sentidos além daqueles que presumimos tão inocentemente, é equívoca, já dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade “sob a pele das palavras, há cifras e códigos”. Como existem várias nomeações para uma única palavra, a mídia escolhe cuidadosamente o termo que irá usar para se referir aos acontecimentos, e é no momento da escolha dos termos que ela imprime seu ponto de vista.

Através do exemplo utilizado pelo autor, em que o Presidente Bush, após o 11 de setembro de 2001, “decreta guerra contra o ‘o Eixo do Mal’ [...] Se o outro lado é o ‘Eixo do Mal’, por simples analogia (como também pela lógica da exclusão do meio termo), quem se coloca contra os estados renegados é do Bem.”. Percebe-se que a escolha do termo “Eixo do Mal” não foi ao acaso. Os EUA, país que possui a mídia ao seu lado, escolhe os termos que serão utilizados e consequentemente influencia a opinião pública a considerar quem irá desempenhar o papel de bonzinho e quem irá desempenhar o papel de vilão. Por outro lado, a mídia árabe mostra a mesma situação por outro ponto de vista. Na qual os chamados terroristas ou homens-bombas pelos EUA, são vistos pela imprensa árabe como pessoas que morrem pela sua fé ou soldados.

O autor deixa claro que não tem a intenção de mostrar qual dos lados tem a razão. Mas de demostrar que ambos são questionáveis, a medida que ao escolher os termos a serem empregados estão colocando seu ponto

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