Resenha: Ofício do Historiador
Por: Maria Eduarda Mendes • 7/5/2019 • Resenha • 686 Palavras (3 Páginas) • 262 Visualizações
Universidade Federal de São João del Rei - Leitura e Produção de Texto[pic 2]
Data:06/05/2019
Professor: Cláudio M. Carmo
Maria Eduarda Mendes Bezerra Pinheiro
MATOS, Júlia. A perspectiva histórica: condições, perspectivas e a formação profissional do historiador. Disponível em:
O artigo A perspectiva histórica: condições, perspectivas e a formação profissional do historiador, publicado em 2015 pelo editor Rio Grande: Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Escrito por Júlia Matos, formada em História Licenciatura pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, atualmente, encontra-se como Professora de História da Universidade Federal do Rio Grande - FURG e coordenadora do Laboratório Independente de pesquisa em Ensino de Ciências Humanas -LABEC, o capítulo, através da citação de diversos autores -como Marc Bloch, historiador francês e um dos principais fundadores da escola dos Anales- discorre de forma clara e objetiva sobre maneiras de compreender e produzir pesquisas históricas. A autora denomina o que é história e expõe seus métodos de estudo, orientando, desta forma, os profissionais desta área de ensino de forma prática.
Divido em tópicos, o texto disserta sobre a subjetividade do historiador em relação à suas pesquisas. Já que, estes profissionais, através de suas escolhas, carga intelectual e estudos direcionados, compreendem e desenvolvem seus trabalhos de formas diferentes. Além disso, comenta sobre as dificuldades já e ainda enfrentadas pela História, como em qual território esta devia atuar e que documentos poderiam ou não serem levados em consideração ao se realizar uma investigação sobre determinado assunto ou fato já ocorrido, desta forma, Júlia Matos concorda com Marc Bloch, citando uma de suas famosas frases, que diz que história é o estudo do homem no tempo.
É importante ressaltar os passos demonstrados de maneira direta no decorrer do artigo, no qual a escritora, revelando a problemática dos estudos históricos, como o pleno conhecimento do profissional em relação ao seu objeto de estudo e quais métodos este utilizará, numera coerentemente pontos importantes do “fazer histórico” que são, respectivamente, reconhecimento da subjetividade da história, ética do profissional com a pesquisa e a especialização do historiador.
Ainda nesse contexto, percebe-se a relevância da analise temporal, ou seja, a compreensão de que o tempo é primordial para interpretar qualquer fenômeno ocorrido, já que é este que os explica. Segundo a autora, os eventos históricos não
podem ser explicados e compreendidos fora do tempo, pois o paradigma é entender que o tempo é contínuo, mas está em eterna mudança. Sendo assim, para entender-se a sociedade no qual os homens estavam inseridos, ou ainda a ressignificação que a linguagem sofre ao longo do tempo, a noção de passado, presente e futuro devem manter-se interligadas. Ademais, concordando com Bloch, a professora relata que mais importante do que a origem dos acontecimentos, são suas causas e consequências sequentes, ou seja, o que os levou a acontecer e os impactos que serão desencadeados a partir de seu ocorrido.
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