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Resenha crítica da Obra: José Matias e Atividade de leitura e releitura da obra

Por:   •  17/4/2018  •  Resenha  •  586 Palavras (3 Páginas)  •  1.418 Visualizações

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JOSÉ MATIAS.

Referência: ÉÇA DE QUEIROZ, José Maria.  José Matias e outros contos. Coleção Textos Básicos da Literatura Caminhos da Universidade. 1 ed. Editora Itatiaia: Rio de Janeiro. 2006.

        Esta resenha objetiva-se a discorrer sobre o uso do conto José Matias, de Éça de Queiroz, no letramento literário para alunos do segundo ano do ensino médio. O processo de letramento literário abordado nesta resenha baseia-se na sequência expandida de Rildo Cosson ¹. A sequência é composta por 3 momentos, estes são, respectivamente, a primeira leitura, contextualização e segunda leitura. O presente texto é composto por um breve resumo do conto e, em seguida, a exposição de cada etapa da sequência.

O conto José Matias de Éça de Queiroz situa-se no ano de 1891 e tem como personagens principais:

  • O narrador-personagem – Amigo de Matias.
  • José Matias – Protagonista.
  • Elisa – Objeto de amor e devoção de José.

A narrativa é construída em tom irônico, uma das maiores características do autor, onde a vida de José Matias é contada, em seu funeral, por seu amigo – o narrador-personagem – ao leitor. O conto gira em torno de um amor impossível entre José Matias e Elisa e tem 3 ápices. Destes o primeiro dá-se quando José apaixona-se perdidamente por Elisa, à época casada. O segundo, quando Elisa fica viúva e Matias não se casa com ela, pois ele a tem como um ser sacro e inviolável. E o último acontece quando Elisa casa novamente e José Matias, desgostoso com o fato, vira alcoólatra e morre de tristeza.

Para a primeira leitura, a turma será dividida em 3 grupos e cada um destes lerá um dos momentos ápices e farão suas pesquisas linguísticas sobre o texto para que a compreensão deste seja plena. A seguir, cada grupo contará, oralmente, sua parte do conto seguida da exposição da opinião dos alunos sobre o personagem de José Matias, Elisa e do narrador.

As contextualizações que feitas são crítica, estilística e poética, respectivamente. Na primeira etapa de contextualização será abordada a análise da obra feita por Consuelo M. Loureiro², que afirma:

“...Eça ressuscita um dos mitos capitais da literatura ocidental, de origem na poesia provençal do século XII. Essencialmente, ele escreve uma versão moderna de amor cortês. Todos os elementos principais que denotam o carácter especial do amor cortês aparecem neste conto escrito, aliás, na época em que prevaleciam os conceitos intelectuais contrários do naturalismo e do positivismo. ”

A partir desta instala-se a discussão sobre o embasamento dessa crítica e como é possível fazer tal afirmação. O que desemboca na segunda etapa, que trata dos movimentos criticados – no caso, trovadorismo e o ultrarromantismo – e o movimento em que o autor participa – realismo. Estabelece-se então as diferentes visões de cada movimento e suas diferentes abordagens do personagem de José Matias, visando a compreensão do motivo pelo qual a ironia é construída por todo o texto. E, então, a contextualização final, que tem como fim tratar da construção da ironia através dos elementos formais, dos personagens e da narrativa do texto.

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