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Resenha do texto "Filosofia da Linguagem Ordinária", de Kanavillil Rajagopalan

Por:   •  14/5/2015  •  Resenha  •  407 Palavras (2 Páginas)  •  1.040 Visualizações

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O texto aborda a Filosofia da Linguagem Ordinária (FLO) desde o seu surgimento até a sua aplicação nos dias atuais.

Segundo Rajagopalan, a Filosofia da Linguagem Ordinária originou-se na Inglaterra entre os períodos de 1940 e 1960, tendo como seus pensadores centrais J. L. Austin e Ludwig Wittgenstein. Tais pensadores, diferentemente de seus antecessores e contemporâneos que consideravam pressupor uma linguagem logicamente perfeita para depois comparar o quanto a linguagem diária se afasta da primeira, insistiam em analisar a linguagem utilizada no dia a dia. O autor também apresenta outras denominações da FLO, assim como outros filósofos que compartilharam ideias comuns referentes à natureza da linguagem e as formas de se conceber a filosofia.

Kanavillil Rajagopalan afirma que a filosofia, em sua tradição, não ocupa-se com as palavras, mas sim com uma análise conceitual. Nesse caso, as palavras são meios de corporificar os conceitos, muitas vezes de forma enganosa. Já a filosofia linguística coloca a linguagem no centro de seus questionamentos, afastando-se da prática tradicional de compreender a linguagem como um terceiro elemento entre a realidade material e a substância pensante.

No texto, são apresentadas teorias como, por exemplo a de Wittgenstein que, em Philosophical Investigations, argumentou que há uma perfeita ordem na linguagem ordinária e que o quebra-cabeças que os linguistas e filósofos procuravam resolver eram resultado do não entendimento das sutilezas da linguagem de todo dia. E a de Gilbert Ryle que, em Systematically Misleading Expressions, fez críticas à análise detalhista da linguagem ordinária como modo de se fazer filosofia, argumentando que tal abordagem deveria esclarecer problemas por impedir os maus usos da linguagem.

O autor informa, ainda, que a Filosofia da Linguagem Ordinária foi muito estudada e levantou inúmeros questionamentos, uns contra e outros a favor da mesma. Outros filósofos escreveram ensaios que causaram danos à FLO. Entretanto, muitas ideias desenvolvidas continuam a reverberar nos dias atuais, nas mais diversas disciplinas, proporcionando estudos produtivos para a FLO durante um longo tempo, ainda que representada em outras formas que encontram inspiração em seus conceitos.

Desse modo, o texto é esclarecedor quanto ao surgimento da Filosofia da Linguagem Ordinária, as teorias dos filósofos e a sua reverberação nos dias atuais, contribuindo, assim, para a compreensão do assunto tratado.

Referência Bibliográfica:

RAJAGOPALAN, Kanavillil. "Filosofia da Linguagem Ordinária: breve histórico e influências atuais". In: A nova pragmática: frases e feições de um fazer. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

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