Resenha livro professora sim tia não
Por: Marlon Guedes • 23/3/2016 • Resenha • 1.857 Palavras (8 Páginas) • 3.124 Visualizações
RESENHA DO LIVRO PROFESSORA SIM TIA NÃO
Cartas a quem ousa ensinar
Introdução
O livro de Paulo Freire, mostra profunda preocupação com a compreensão do leitor, compromisso ético-político, e com as práticas pedagógicas, a obra defende uma escola democrática para um espaço de construção do conhecimento.
Primeiras Palavras
Professora – tia: a armadilha
Professora sim, tia não
Neste capítulo é feito referências a duas obras, Pedagogia da esperança e Pedagogia do Oprimido com a intenção de rever as críticas e formar um novo livro, com novas referências e pensamentos.
Como já diz o título professora sim, tia não, tem a função de fazer-nos refletir sobre a função da professora e da tia, não se misturando como se a professora tivesse a função de ser tia de seus alunos, como o ato de ensinar fosse mais leve fugindo das responsabilidades e colocando o papel de tia.
De acordo com Freire ensinar envolve certa tarefa, certa atuação no seu cumprimento, enquanto que ser tia é viver apenas uma relação de parentesco. A tentativa de reduzir a professora á condição de tia é uma maneira de adocicar a vida da professora. Ele afirma também que não é possível ser professora sem lutar por seus direitos para que seus direitos e deveres possam ser mais bem cumpridos.
É preciso ter ousadia ao querer ensinar nas condições que conhecemos,
“A tentativa de reduzir a professora à condição de tia é uma espécie de armadilha em que, tentam dar a ilusão de uma vida adocicada da professora, o que se tenta é amaciar a sua capacidade de luta ou entretê-la no exercício de tarefas fundamentais.”
Primeira carta
Ensinar – aprender Leitura do mundo – leitura da palavra
Do ensinar – aprender, que o educador deve ter competência pra ensinar e passar pro aluno o que sabe, tem que buscar sempre se atualizar, rever novas tecnologias e o mundo em geral, ser crítico quanto suas próprias práticas educacionais também. Ensinar não pode ser somente a transferência de ideias e conhecimento do professor ao aluno.
Segunda carta
Não deixe que o medo do difícil paralise você
O medo que surge diante de alguma dificuldade causando insegurança, não deve ser ignorado; é preciso, entretanto, que não desista e não se deixe paralisar, é preciso enfrentar a situação. Freire fala sobre estudar, que é um ato que requer disciplina e determinação, entretanto também pode gerar medo conforme a sensação de incapacidade de compreensão toma conta do leitor.
Ler e querer acreditar que entendeu sem ter entendido, pode ser uma grande ameaça aos estudos sérios. E é o que vem acontecendo nas escolas, fazendo com que os alunos se tornem passivos ao texto, desestimulando a boa leitura crítica.
Terceira carta
“Vim fazer o curso do magistério porque não tive outra possibilidade”
A importância e a seriedade da prática educativa . Quando nos propomos a participar da formação de crianças, jovens e adultos participamos também do seu sucesso ou fracasso. Portanto o professor, deve ter convicção ao fazer a sua escolha, deve reconhecer a dignidade e importância de sua tarefa. Porém esse reconhecimento precisa partir também da sociedade, para que a mesma possa exigir uma educação de qualidade. “Vale lembrar que problemas ligados à educação, não são só problemas pedagógicos, são problemas políticos, éticos tanto quanto os problemas financeiros.”
Quarta carta
Das qualidades indispensáveis ao melhor desempenho de professoras e professores progressistas
A primeira qualidade indispensável aos professores progressistas é a humildade, a qual exige empatias, respeito a sí mesmo e aos outros. Sem humildade dificilmente ouviremos com respeito pessoas que consideramos distantes do nosso nível de competência. Como também a amorosidade – não só aos alunos mas a própria profissão, Temos também a tolerância – virtude que nos ensina a conviver com o diferente .
A coragem para comandar e educar nossos medos, bem como a segurança, também são qualidades apontadas. Não se pode esquecer, ainda, da competência, da capacidade de decisão, da eticidade, da alegria de viver e jamais esquecendo do Equilíbrio entre a paciência e a impaciência – a paciência sozinha pode levar à acomodação; a impaciência, por sua vez, a um ativismo irresponsável.
Quinta carta
O Primeiro dia de aula
É normal surgir sentimentos de insegurança, timidez e até medo. Mas é preciso assumir para assim vencer. O professor deve estar sempre atento, para que com o tempo na classe, possa identificar cada aluno, as diferentes necessidades e diferentes histórias de vida. É preciso ganhar a confiança dos educandos e, para isso deve-se permitir que eles se vejam respeitados, inclusive frente ao que é imposto como realidade e que muitas vezes se distancia da verdadeira vida que o mesmo leva.
Sexta carta
Relações entre a educadora e os educandos
Os laços entre a educadora e os educandos envolvem a questão da aprendizagem, do processo do conhecer – ensinar – aprender, da autoridade, da liberdade, da leitura, da escrita, das virtudes da educadora, da identidade cultural dos educandos e do respeito devido a ela.
A prática educativa é um desastre quando deixa de existir uma relação coerente entre o que a educadora diz e o que ela faz. Por exemplo: “O que se pode esperar para a formação dos alunos de uma professora que protesta contra as restrições a sua liberdade por parte da direção escolar, mas ao mesmo tempo interfere a liberdade dos educandos?”
Diante dessa contradição o educando tende a não acreditar no que a mesma diz. Acaba esperando o próximo deslize. E como afirma Paulo Freire: “Se esta coisa que está sendo proclamada mas, ao mesmo tempo, tão fortemente negada na prática, fosse realmente boa, ela não seria apenas dita mas vivida” (p.76).
Sétima
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