Resumo História e Estórias
Por: Amanda Kaneko • 20/10/2015 • Resenha • 717 Palavras (3 Páginas) • 298 Visualizações
AMANDA YURI KANEKO PONTES
FICHAMENTO:
Literatura Infantil Brasileira: Histórias e Histórias
CORNÉLIO PROCÓPIO, PARANÁ
2015
LAJOLO, M., ZILBERMAN, R. Era uma vez um livro; Escrever para crianças e fazer literatura; N a república velha, a formação de um gênero novo. In: Literatura Infantil Brasileira: Histórias e Histórias. São Paulo: Editora Ática, 2007. p. 8-44.
O livro Literatura Infantil Brasileira: Histórias e Histórias, as autoras Marisa Lajolo e Regina Zilberman abordam sobre a literatura nacional, em todo seu trajeto histórico e social, com foco na literatura infantil, que é consideravelmente nova comparando-se com a literatura não-infantil.
No início do texto, as autoras começam com a questão do que tem sido feito ao longo dos anos pela literatura infantil. É realizado um balanço, historicamente falando, sobre essa literatura. Ao longo do capítulo, há um contraponto entre literatura infantil e literatura não-infantil, o texto indica a hipótese de que no diálogo entre as duas faces da literatura, a particularidade de cada uma pode ajudar a destacar o que a tradição crítica, teórica e histórica não leva em conta na outra.
Na história da literatura infantil europeia, existem muitas obras que são consideradas clássicos infantis atualmente, porém, originalmente não havia uma determinação quanto ao público alvo. As autoras ressaltam importância da ilustração na literatura infantil, com a intenção de reforçar a história e atração que o livro pode exercer nas crianças leitoras.
No segundo capítulo, Lajolo e Zilberman contextualizam as primeiras obras infantis que apareceram no mundo e que veio a se desenvolver no Brasil mais tarde. Foi no século XVIII que começou a surgir as primeiras obras dirigidas para público infantil. As autoras dissertam sobre o que estava acontecendo no mundo, como a revolução industrial no século XVIII, a urbanização desigual e o crescimento da burguesia, onde a criança passa a ter um novo papel na sociedade e provocou o aparecimento de brinquedos industrializados e livros. É a partir do século XVIII que a escola passa a ser obrigatória para as crianças.
Apesar dos primeiros livros de literatura infantil terem aparecido na França, a disseminação dessa literatura aconteceu na Inglaterra no século XVIII, pois ocorre o aperfeiçoamento da tipografia, ampliação na produção de livros, iniciando assim, o laço entre escola e literatura.
Nesta época, a literatura infantil era de caráter educativo, pois o autor passava para o jovem leitor uma projeção da realidade histórica, ele transmitia o mundo que o adulto queria que a criança visse. Era uma leitura escapista, onde o ambiente representado era perfeito e distante da realidade. Poucas obras publicadas no século XVIII perduraram depois desse período.
Em 1812, os irmãos Grimm publicam uma coleção de contos de fadas e é a partir disso que os tipos de livros que melhor agradam as crianças foram definidos, como histórias fantásticas e aventuras.
As primeiras obras infantis são traduzidas com a chegada da família real em 1808. É nesse período que surgem os primeiros escritores infantis. Essa literatura só teve um sistema regular e independente, com a proximidade da Proclamação da República.
As autoras dizem que um novo modelo social começou a se impor no Brasil a partir do século XIX, acarretando em campanhas pela escola e alfabetização, que não media esforços em abastecer o Brasil com literatura infantil nacional. Então, jornalistas, intelectuais e professores iniciaram a produção de obras infantis, para consolidar o Brasil como um país moderno. Em 1880 as traduções e adaptações de obras infantis começam a se multiplicar no Brasil.
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