Resumo Língua Portuguesa
Por: Júlia Brandão • 30/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.712 Palavras (7 Páginas) • 1.152 Visualizações
Universidade Federal Fluminense
Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas
Língua Portuguesa II - Professora Beatriz Feres
Aluna: Júlia Vaz Brandão
2ª Avaliação
A Língua Portuguesa é rica e grandiosa. Com isso há vários textos em que usam de suas estruturas e expressões para refletir sobre acontecimentos e o cotidiano. Como o "Abraço caudaloso", uma crônica de Gregório Duvivier. Nele podemos observar várias estruturas de uma das ramificações do estudo de nossa língua materna, a sintaxe.
A sintaxe é a parte da gramática que estuda a organização das palavras na frase e das frases do discurso, incluindo as várias possibilidades de combinações que transmitam um significado completo e compreensível. Ela é importante, pois a unidade falada é a oração, não a palavra ou o som, ou seja, o falante fala e o ouvinte ouve orações.
Uma das estruturas estudadas na sintaxe é o sujeito.
Sujeito é o termo da oração que indica o ser a respeito do qual se declara alguma coisa e é também o elemento com o qual o verbo estabelece concordância. Há vários tipos de sujeito: determinado (simples. composto e implícito) e indeterminado.
O sujeito determinado é aquele, que com precisão, pode-se identificar a partir da concordância verbal. Ele tem três possibilidades de classificação: simples, composto e implícito.
O sujeito é classificado como determinado simples quando apresenta apenas um núcleo ligado ao verbo. Como na frase "Algumas palavras são casadas", em que o sujeito é algumas palavras, e seu núcleo é palavras. Nota-se que para determinar se o sujeito é simples ou composto não podemos levar em consideração se o termo está no singular ou plural e sim quantos núcleos é apresentado.
O sujeito é classificado como composto quando apresenta dois ou mais núcleos em sua estrutura. Como na oração "No internato viveram Sophia e Melissa". Em que o sujeito é Sophia e Melissa e este possui dois núcleos Sophia e Melissa.
E há também o sujeito implícito, que é quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser identificado. Que pode ser observado na oração "esperando o rio chegar", em que o sujeito está presente na oração anterior e é caudaloso.
O sujeito indeterminado é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Como na oração "Foi numa conversa com o Antonio Prata".
Mas há também casos em que orações não possuem sujeito, as chamamos de orações sem sujeito ou sujeito inexistente. Como o nome mesmo já sugere oração sem sujeito é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Por exemplo na frase "Choveu lá fora."
Outra estrutura estudada na sintaxe é o predicado.
Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo ou locução verbal. No geral, tudo que se difere do sujeito, com exceção do vocativo, quando ocorrer, numa oração é o predicado. Há três tipos de predicado, o verbal, o nominal e o verbo-nominal.
Para analisar e classificar o predicado, é necessário identificar o seu núcleo e verificar se é um nome ou um verbo. Além disso, devemos considerar se as palavras que formam o predicado referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.
O predicado verbal tem as seguintes caraterísticas: tem um verbo como núcleo, não possui predicativo do sujeito e indica ação. Como pode-se observar no exemplo: "Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado". Nesta oração o predicado é um dia, cansou de ser maltratado, seu núcleo é cansou, que indica uma ação do sujeito caudaloso e o termo um dia é apenas acessório.
Já no predicado nominal o núcleo é sempre um nome, que desempenha a função de predicativo do sujeito - termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. E eles podem ser representados por: adjetivos ou locuções adjetivas; substantivo ou palavra substantivada; pronome substantivo; numeral - O predicativo do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um verbo de ligação. Esses verbos exprimem diferentes circunstâncias relativas ao estado do sujeito, ao mesmo tempo que o ligam ao predicativo.
Pode-se observar também que o predicado nominal indica um estado ou qualidade. Como no exemplo "Amizade entre cronistas é um perigo", em que o predicado é um perigo é constituído de um verbo de ligação é (verbo ser) e o predicativo do sujeito é um perigo.
E por último temos o predicado verbo-nominal, que se caracteriza por obter dois núcleos - um verbo e um nome - possui um predicativo do sujeito ou do objeto e indica uma ação ou atividade do sujeito e uma qualidade.
Analisando o exemplo "Os alunos saíram da aula alegres" afirmamos que o predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo, que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito, que indica o estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processo verbal.
Quando o predicado é nominal classificamos o verbo como de ligação.
O verbo de ligação é aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles certos tipos de relações. Ele pode expressar estado permanente (ser, viver), estado transitório (estar, andar, achar-se, encontrar-se), estado mutatório (ficar, virar, fazer-se, tornar-se), continuidade de estado (continuar, permanecer) e estado aparente (parecer). E o seu complemento é o predicativo do sujeito, já citado acima.
Há também os verbos transitivos.
O verbo transitivo é aquele que vem acompanhado por complemento. O sentido desse verbo transita, isto é, segue adiante, integrando-se aos complementos, para adquirir sentido completo.
Este tipo de verbo pode ser classificado, principalmente, como transitivo direto; transitivo indireto; transitivo relativo entre outros.
Os verbos transitivos diretos ocorrem quando o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem preposição obrigatória. Tal complemento é chamado de objeto direto, que pode ser constituído por um substantivo ou expressão substantivada, pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos e por qualquer pronome substantivo. Como na oração "pra desfazer ledos enganos em prol de encontros mais frondosos". Em que o verbo transitivo direto é desfazer e seu objeto direto é ledos enganos.
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