Resumo CÂMARA, Joaquim Mattoso. História e estrutura da língua portuguesa. Padrão-Livraria Editora, 1975.
Por: Nattiele Vieira • 14/9/2019 • Abstract • 528 Palavras (3 Páginas) • 1.203 Visualizações
Resumo: CÂMARA, Joaquim Mattoso. História e estrutura da língua portuguesa. Padrão-Livraria Editora, 1975.
O texto começa falando sobre língua e como o uso dessa palavra normalmente ocorre. Segundo Mattoso, o homem comum normalmente emprega o termo “língua” de uma maneira “intuitiva e não-refletida” (p.9).
Como a linguagem possui uma enorme variedade, tenta-se fazer uma diferenciação no espaço. Essa diferenciação cria o problema de distinguir entre língua e dialeto. A língua, desta forma, seria uma estrutura ideal.
Se uma língua em um mesmo espaço já sofre variações, uma língua em espaços distantes, com níveis econômicos distintos, histórico diferente, entre outros fatores que os difere, esta tende a sofrer ainda mais variações. Um exemplo é o inglês americano e o inglês britânico bem como o nosso português e o português europeu. Essas variações chegam a um empasse, ora pensa-se em duas línguas distintas, ora vê-se somente uma língua.
Existem alguns fatores como história cultural, política e movimentos da população que contribuem para cristalizar as variações e criar dialetações.
Línguas como italiano, francês, espanhol e português são resultado da evolução do latim. O latim se expandiu pela Europa muito rapidamente devido às conquistas militares.
Na segunda guerra púnica, o latim foi implantado na península ibérica
(séc II a.C.). Os romenos dividiram o território em grandes zonas administrativas e militares.
Haviam dois povos: os ibéricos e os celtas. A Lusitânia ficava no território que hoje corresponde à Portugal.
A cidade de roma, no séc III a.C. já apresentava uma grande importância, consequentemente, houve uma organização social. Esta organização favoreceu a dicotomia do uso linguístico: o uso “elegante”, que era falado pelos patrícios; e outro “indisciplinado e desleixado”, que teve sua utilização marcada pela plebe.
Os patrícios, aos poucos, começaram a usar o latim vulgar e a aceitar melhor o uso plebeu.
A dialetação regional foi intensa no léxico e à Lusitânia não chegou muitas mudanças léxicas. O português e o espanhol conservaram, por exemplo, o verbo latino comedere (comer), enquanto outras línguas não o utilizam.
Portugal descobre o Brasil e começa o processo de colonização começando ao norte e depois, indo para o sul. Os nativos eram afugentados, eliminados ou escravizados.
Os jesuítas estudaram o dialeto tupinambá, o descreveram normativamente e o ensinaram. Assim, se estabeleceu a língua geral tupi, ao lado do português.
Iniciou-se o tráfico dos negros africanos como escravos para o Brasil. Com a chegada dos africanos ao Brasil, o português sofreu algumas influências e deu origem ao português crioulo.
As migrações portuguesas intensificaram e o bilinguismo português/tupi foi praticamente extinto, tornando assim o português a língua oficial do país.
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