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Resumo Livro Meu Pé de Laranja Lima

Por:   •  12/7/2019  •  Resenha  •  2.903 Palavras (12 Páginas)  •  2.762 Visualizações

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APRESENTAÇÃO DO LIVRO:

SOBRE O AUTOR:

José Mauro de Vasconcelos, nasceu em Bangu, no Rio de Janeiro, no dia 26 de fevereiro de 1920. Filho de imigrante português foi criado pelos tios, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Com 15 anos voltou para o Rio de Janeiro onde trabalhou em diversos empregos para se sustentar, foi carregador de bananas numa fazenda no litoral do estado, foi instrutor de boxe e operário. Mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como garçom de boate. Iniciou o curso de Medicina, mas abandonou a universidade. Recebeu uma bolsa para estudar na Espanha, mas também não se adaptou à vida acadêmica.

Quando cresceu e se tornou adulto, José Mauro de Vasconcelos se aventurou junto aos irmãos Villas-Boas, em uma viagem pelos rios da região do Araguaia. O resultado foi seu primeiro livro “Banana Brava”. 

Teve uma vida produtiva literária farta, seus livros foram reeditados inúmeras vezes, traduzidos para o exterior e alguns ganharam adaptação para o audiovisual. Em 1968, publicou o seu maior sucesso de público e crítica: Meu Pé de Laranja Lima.

Eu fiquei intrigada pelo fato que ele teve uma vida acadêmica farta, apesar de não seguir e não gostar, pelas oportunidades que ele teve, aparenta que ele era estudioso, e mesmo assim conseguia ter uma imaginação imensa e criar ótimos romances, e por isso, pesquisei o seu método de escrita.

Ele tinha métodos originais. De início, José escolhia os cenários onde se movimentarão seus personagens. Transportava-se então para o local, onde realizava estudos minuciosos.

Em seguida, José Mauro dava asas à sua fantasia e, na imaginação, construía todo o romance, determinando até mesmo as frases da dialogação. Tinha uma memória que, durante longo tempo, lhe permitia lembrar dos mínimos detalhes do cenário estudado.

Então, aqui tem uma citação aonde ele descreve como escreve os seus livros:

“Escrevo meus livros em poucos dias. Mas em compensação passo anos ruminando ideias. Escrevo tudo a máquina. Faço um capítulo inteiro e depois é que releio o que escrevi. Escrevo a qualquer hora, de dia ou de noite. Quando estou escrevendo entro em transe. Só paro de bater nas teclas da máquina quando os dedos doem. Só aí percebo quanto trabalhei. Sou um cara capaz de varar dias escrevendo até a exaustão”.

Além de ter vivido para a escrita, José Mauro também trabalhou como ator. Faleceu no dia 24 de julho de 1984, aos 64 anos, na cidade de São Paulo.

        Apesar de que o livro “Meu pé de laranja lima” tenha sido um grande sucesso, traduzido para mais de 30 línguas e com milhões de vendas, não encontrei na internet algo falando sobre ele ter ganhado algum prêmio referente as escritas dele, somente encontrei prêmios de obras do cinema e televisão. E isso acaba até sendo esquisito, pois, é um autor que grande parte dos brasileiros já devem ter lido em algum momento da vida algum de seus livros.

        Seus prêmios foram:

Prêmio Saci como melhor ator.

Prêmio Governador do Estado como melhor ator.

Prêmio de melhor ator pela Prefeitura.

        Ele tem diversos livros, alguns foram para cinema e televisão, as suas obras literárias são... (ler do slide)

        Destes diversos livros citados, há suas obras principais, as mais famosas, como são muitos livros, optei por apenas mostras a capa dos livros mais famosos... (mostrar no slide)

        Como citado anteriormente, ele também foi ator, e seus trabalhos do cinema e Tv, foram:

  • O meu pé de laranja lima (1970).
  • Modelo 19 (1950).
  • O Canto do Mar (1953).
  • Garganta do Diabo (1960).
  • A Ilha (1963).
  • Mulheres & Milhões (1961).

Como essa obra teve um grande sucesso, tiveram algumas adaptações para TV e cinema, sendo elas: (ESTÁ NOS SLIDES TAMBÉM)

  • Rede Tupi, 1970

A primeira adaptação do livro para a TV. Roteiro de Ivani Ribeiro e direção de Carlos Zara.

  • Rede Bandeirantes, 1980

Dez anos mais tarde, a Band aproveitou o texto de Ivani Ribeiro e levou ao ar a segunda adaptação do livro. Foi dirigido por Edson Braga.

  • Rede Bandeirantes, 1998

Depois do sucesso da primeira edição, a Band decidiu fazer uma nova versão. O primeiro capítulo foi ao ar no dia 7 de dezembro de 1998.

  • Filme Meu pé de laranja lima

Em 1970, Aurélio Teixeira dirigiu a primeira adaptação cinematográfica de O meu pé de laranja lima.

E em 2013 Marcos Bernstein dirigiu uma nova adaptação do filme. Este filme está disponível no YouTube e qualquer um pode assistir, se alguém tiver interesse, eu coloquei aqui o link do filme.

Essa obra retrata a infância de uma forma diferente e mostra também que a pobreza era muito presente na vida do protagonista, no caso o menino Zezé, então eu fiquei um pouco intrigada com isso e achei interessante acrescentar o contexto histórico no Brasil, para que possamos entender porque  o autor fez aquele modo de vida do menino, pois, hoje em dia muitas coisas são diferentes.

No Brasil vivíamos tempos duros durante as décadas de 1960 e 1970. A ditadura militar, implantada em 1964, era responsável por manter uma cultura repressora, que perpetuava o medo e a censura. Felizmente a criação de José Mauro de Vasconcelos não sofreu qualquer tipo de restrição. Por focar no universo infantil e não abordar propriamente nenhuma questão política, a obra passou pelos censores sem apresentar qualquer tipo de problema.

Não se sabe ao certo se o desejo de mergulhar no universo da infância surgiu de um desejo de mergulhar no universo autobiográfico ou se a escolha foi uma necessidade para fugir da censura, que na época não se preocupava tanto com o universo infantil. Contudo, em minha opinião, como José Mauro de Vasconcelos foi criado durante os anos vinte e foi de lá que extraiu as experiências para escrever o livro, e a realidade do país na época era de renovação, de liberdade e de denúncia dos problemas sociais, acho que o livro acaba sendo autobiográfico indiretamente. De toda forma, vemos no cotidiano do protagonista de José Mauro, como o menino sofria repressões (não pelo governo, mas dentro da própria casa, pelo pai ou pelos irmãos). As formas de repressão eram tanto físicas quanto psicológicas, essa citação demonstra isso:

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