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Revista Terra Roxa E Outras Terras...

Trabalho Universitário: Revista Terra Roxa E Outras Terras.... Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/7/2014  •  794 Palavras (4 Páginas)  •  2.566 Visualizações

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Com a necessidade de disseminação de ideias recorrentes no período modernista, havia a necessidade de transmiti-las para a população. E nada mais eficaz do que utilizar um dos veículos de comunicação mais dinâmicos da época: a revista.

O jornal literário Terra roxa e outras terras teve sua primeira publica-ção em 20 de janeiro de 1926. Tinha por finalidade disseminar as ideias que afloravam na época sem romper completamente com o passado, dando ênfase à valorização do nacional, daquilo que é do Brasil, desde a sua língua até a sua cultura, conforme veremos abaixo com a Carta de Apresentação da primeira publicação do jornal literário.

Antônio de Alcântara Machado – Diretor do Jornal Literário – estava mobilizando alguns escritores através de cartas para que escrevessem contos para o Jornal. Abaixo uma carta a Prudente de Moraes Neto, convidando-o a fazer parte da equipe de escritores.

Um dos assuntos de maior destaque da revista foi a doação de uma carta do Padre Anchieta ao Museu Paulista. Essa carta foi comprada através de uma subscrição (assinatura), em sacas de café, promovida pela revista. Esta subscrição iniciou a

A carta se encontrava em uma loja de antiguidades de Londres. O objetivo então era resgatar a carta que havia saído do Brasil há 347 anos. Além de ter sido um acontecimento importante na história do jornal, tal fato fazia com que os fazendeiros de café, a elite, participassem simbolicamente na construção de sua imagem e mostrassem a união da classe cafeeira que pretendiam ostentar o poderio econômico e a força da elite.

Outro acontecimento noticiado foi a vinda do líder do futurismo italiano Marinetti ao Brasil, em maio de 1926. Em um artigo extremamente irônico sem assinatura, intitulado “Gostosura da terra”, foram feitas críticas dos intelectuais paulistas ao futurista Marinetti, “Cidade onde não acontece nada de nada, na capital paulista aconteceu Marinetti. Com graves prejuízos materiais e intelectuais”.

O artigo nada mais era que um manifesto anti-marinettiano e ressalta a confusão intelectual que a visita de Marinetti provocou, uma vez que os modernistas buscavam uma independência em relação ao futurismo.

O modernista Mário de Andrade escreve cartas a Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira dizendo o porquê da sua posição contrária em relação ao futurismo marinettiano, diz não ter ido à Conferência porque discordava dos processos de propaganda que ele estava empregando e a forma que ele promovia o futurismo e a sua ligação com este movimento modernista.

Sendo assim, o grupo modernista precisava esforçar-se para desvin-cular sua imagem do futurismo italiano, uma vez que a preocupação dos modernistas era criar um “modernismo brasileiro”, com características próprias e estavam preocupados em definir o caráter nacional, em buscar as “raízes” do próprio país, buscavam o resgate da verdadeira tradição brasileira e o abandono das influências europeias.

A

relação entre Romantismo e Modernismo já foi largamente apontada por variados estudiosos do Modernismo, tanto em âmbito nacional, quanto em âmbito mundial, ou seja, tanto em relação à forma particular como os dois movimentos se realizaram no Brasil, quanto em relação aos conceitos estéticos gerais que os regeram aqui e em outros lugares onde se verificaram.

O Romantismo assim como o Mo-dernismo procurou romper com a excessiva influência europeia na nossa

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