Romantismo No Brasil - Presença Feminina
Monografias: Romantismo No Brasil - Presença Feminina. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Chidori • 7/9/2014 • 718 Palavras (3 Páginas) • 321 Visualizações
Romantismo brasileiro
Com a independência do Brasil, em 1822, os artistas e intelectuais empenharam-se em estabelecer uma identidade cultural para o país, pois procuravam definir o que era ser brasileiro naquele momento. Os escritores redescobriam o país, explorando a nação em três frentes: a selva, o campo e a cidade, espaços que dariam origem , respectivamente ao romance indianista, regional e urbano.
O romantismo brasileiro encontrou no índio a autenticidade nas expressões; não era preciso importar o mito do “bom selvagem” de Rousseau, pois estava vivo nas matas brasileiras, identificadas como o “paraíso perdido” que nem mesmo os brasileiros conheciam. O Romance indianista celebrava a pureza e a inocência. Do índio quanto a formação mestiça da raça brasileira.
Com a chama acesa para fazer brilhar uma literatura que não mais se apoiaria em modelos europeus a produção literária não se deteve aos nativos, passou a observar do Oiapoque ao Chuí as diferenças étnicas, linguísticas, sociais e culturais; o romance regionalista teve de abrir, sozinho, seus próprios caminhos. Portanto era uma experiência totalmente nova, que requereria dos escritores pesquisa e senso de observação da realidade presente; o resultado foi a grande conquista da autonomia cultural brasileira em relação às estrangeiras.
Após esse avanço, o romantismo direcionou-se a burguesia, tratando das particularidades da vida cotidiana dessa classe: era o romance urbano que amadureceu o próprio romance como gênero, ao mesmo tempo, que solidificou o Romantismo e preparou os caminhos para movimentos literários vindouros. Os escritores retratavam nas obras o estilo de vida de seu público leitor, que deliciava-se ao ver seu mundo retratado nos livros, por essa razão o romance urbano foi o mais lido durante o romantismo.
A presença feminina
Na poesia da primeira geração o amor é angelical, cortês, a mulher é uma musa cortejada, porém casta; nota-se a presença do excesso de contemplação e a escassez de ações, como é visto no poema abaixo, de Golçaves Dias:
“Dizei vós, ó meus amigos,
Se vos perguntam por mi,
Que eu vivo só da lembrança
De uns olhos cor de esperança
De uns olhos verdes que vi!
Que ai de mi!
Nem já sei quel fiquei sendo
Depois que os vi”
Na segunda geração romântica a sensualidade, apesar de fortemente reprimida, transita sutilmente nos textos. O eu lírico sente inferior e por isso não é digno de tocá-la, as musas são quase sempre inalcançáveis. Observa-se em Álvares de Azevedo.
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! O seio palpitando...
Negros
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