SOMOS AS NETAS DA BRUXAS QUE NÃO CONSEGUIRAM QUEIMAR” AS SUPREMAS SACERDOTISAS DA LITERATURA
Por: Fabiane Silva • 3/7/2017 • Projeto de pesquisa • 3.094 Palavras (13 Páginas) • 260 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR
FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS
“SOMOS AS NETAS DA BRUXAS QUE NÃO CONSEGUIRAM QUEIMAR”
AS SUPREMAS SACERDOTISAS DA LITERATURA
POR
FABIANE APARECIDA DA SILVA
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NOVA IGUAÇU, RJ
JUNHO, 2016
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR
FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS
“SOMOS AS NETAS DA BRUXAS QUE NÃO CONSEGUIRAM QUEIMAR” ¹
AS SUPREMAS SACERDOTISAS DA LITERATURA
POR
FABIANE APARECIDA DA SILVA
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NOVA IGUAÇU, RJ
JUNHO, 2016
Nota
¹ Frese de domínio público usada como grito de ordem em marchas e mobilizações feministas.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 04
1 TEMA 05
1.1 Delimitação do tema 05
2 OBJETIVOS 05
2.1 Objetivos específicos 05
3 JUSTIFICATIVA 06
4 PROBLEMAS 06
5 HIPÓTESES BÁSICAS 07
5.1 Hipóteses secundárias 07
6 METODOLOGIA 08
7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 09
8 CRONOGRAMA 11
9 BIBLIOGRAFIA 11
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INTRODUÇÃO
No princípio era o caos. O mundo estava cercado de medos e mistérios. A natureza seguia seu fluxo implacável à revelia das vontades humanas. A mulher de alguma forma estava associada a esta fúria indomável. Neste mundo, que ignorava o universo masculino, a figura da mulher era concebida com louvor, como aquela que pode gerar a vida e fazê-la florescer.
A natureza tinha na mulher o seu reflexo. Era a partir da Terra, a Deusa-Mãe, que a natureza comandava a vida. Foi a Terra o principal elemento de culto das antigas civilizações, sendo muitas vezes cultuada como aquela que gera novos seres, era do mais profundo de suas raízes que a vida brotava. A mulher é venerada, neste momento, como aquela que gera a vida em confluência com a natureza, a mulher perpetua a espécie. Sem ela, a Deusa-Mãe, nada se cria tampouco renasce.
A arqueóloga Marija Gimbutas considera importante ressaltar que “a Deusa era a Mãe mais-do-que-humana. Se for usado o termo Grande Mãe, deve ser entendido como a Grande Mãe Universal cujos poderes se difundem por toda a natureza, por toda a vida humana, por todo o mundo animal, por toda a vegetação”. (1998: 54). Não é possível negar que a mulher teve grande participação nas culturas pagãs de outrora. Foram elas fonte que jorrava fertilidade e abundância às colheitas. Há uma questão, porém, ou várias, que nos fazem refletir sobre toda influência feminina nessas antigas culturas.
Nesse sentido, se faz necessária uma volta ao passado distante onde essas mulheres eram altamente cultuadas como deusas para entender sua grande importância não somente para a sociedade onde estava introduzida como também para a Literatura que dela foi produzida.
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TEMA
Somos as netas das bruxas que não conseguiram queimar: As Supremas Sacerdotisas da Literatura.
DELIMITAÇÃO DO TEMA
A estigmatização das sacerdotisas da Deusa e sua personificação enquanto bruxas na Literatura universal.
OBJETIVOS GERAIS
Analisar, dentro da perspectiva literária, como se deu o processo de demonização da mulher na figura de bruxa.
Objetivos específicos
- Identificar a origem dos antigos cultos à Deusa
- Analisar o período histórico onde tais cultos estavam inseridos
- Abordar literaturas que trazem a imagem da mulher como feiticeira
- Apontar as principais idiossincrasias que levaram milhares de mulheres à fogueira
- Discutir os conceitos de matrilinhagem, matrifocalidade e matrilocalidade
- Compreender a luta feminista pela análise crítica literária
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JUSTIFICATIVA
Sabendo que durante séculos a trajetória feminina tem sido usurpada da história das sociedades, esta pesquisa se propõe a analisar, a partir da saga intitulada As Brumas de Avalon, romance da escritora norte-americana Marion Bradley Zimmer, como se deu tal extinção bem como a estigmatização da mulher e sua personificação enquanto bruxa.
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