Sinais Diacíticos
Por: Carlos Almeida • 26/3/2019 • Dissertação • 1.177 Palavras (5 Páginas) • 317 Visualizações
Aluno: Carlos de Almeida Bergamo 3ª série
Colégio: Centro de Ensino Terezinha Krautz COC
Professor: Charles de Miranda Jr.
Disciplina: Português
Sinais Diacríticos
Palhoça
2019
Introdução
O presente trabalho aborda os sinais diacríticos, que são sinais gráficos como os acentos, empregados em algumas letras para auxiliar a representação de uma variação fonética. Sinais esses que indicam uma alteração no som de algumas vogais bem como a pronuncia de certas palavras.
Também será vista a origem desses sinais como razões que lhe dão justificativa o uso.
O tema foi escolhido por se tratar de uma área do português muito densa, havendo discussões se ela tornar a escrita mais coesa e coerente ou se é apenas um estorvo para a mesma.
É importante salientar nesse meio, que todo acento gráfico é um sinal diacrítico, mas nem todo sinal é um acento gráfico.
Origem e usos
A palavra diacrítico vem do grego: diakritikós,ḗ,ón 'capaz de distinguir, de separar'. Sendo as justificativas para se fazer uso de diacríticos nos sistemas de escrita:
Economia: nos sistemas ideogrâmicos, uma vez que numerosos grafemas são apresentados, os diacríticos conseguem auxiliar na redução desses grafemas. Ao partir de um sinal base pode-se gerar vários grafemas, somente pelo acréscimo de diacríticos a base. De forma que um mesmo diacrítico pode ser combinado a vários sinais base, isso gera uma notável economia ao dado sistema
Eliminar ambiguidades: por um grafema representar vários itens, existem ocasiões em que para entender qual item foi representado se usa o diacrítico para a eliminação da ambiguidade
Discussões
Sobre sua utilidade, há uma grande discussão com dois grandes extremos, em que de um lado o uso dos diacríticos deve ser dado em toda situação aplicável, ou seja, qualquer vogal levaria o diacrítico, e do outro lado o oposto se aplicaria, a abolição total dos diacríticos deve ser feita.
Por um lado, ao se abolir os diacríticos teríamos uma aproximação com a língua inglesa pôr a mesma não fazer uso de diacríticos em sua ortográfica, por outro em casos em que há uma hipotética necessidade de evitar a ambiguidade ou quando se nota que o leitor terá dificuldades para saber o valor do fonema, se perderia esse indicativo.
Na questão educativa notasse que há muitas regras e um aprendizado cansativo dos sinais diacríticos, o que acaba por desencadear um pequeno grupo do qual possui seu domínio integral.
De fato, os diacríticos podem ser eliminados sem perca alguma para a escrita, já que apenas observando o contexto já se tem o que é preciso para determinar a o valor do fonema representado. E como vemos na ortografia inglesa, não há usos de acentos, til, cedilha ou trema e seu funcionamento é muito bom. Mais além ainda ao verificarmos sistemas de escritas como hebraico e árabe, sequer há vogais sendo utilizadas nos mesmos. Por isso a hipotética necessidade de guiar o leitor em algumas situações é falha. As numerosas regras e exceções também tornam o modelo falho, se por um lado quem lê é orientado, do outro quem escreve não tem orientação alguma e precisa ter conhecimento no idioma para fazer o uso dos diacríticos corretamente. De maneira o mesmo que lê também escreve, então por que se preocupar na orientação de quem já tem competência no idioma?
Diacríticos não fúteis em os idiomas, mas no modelo de ortografia portuguesa são dispensáveis. E claro, como em toda sociedade o acordo ortográfico é construído de maneira coletiva e suprimi-lo por decisão própria terá suas implicações no meio social.
Sinais Diacríticos e sua colocação no português
São sinais diacríticos: Acento agudo, acento grave, acento circunflexo, til, apostrofo, como também o hífen. Existem em outras línguas sinais como mácron ( ¯ ), bráquia ( ˘ ), caron ( ˇ ), trema ( ¨ ) já foi utilizado em nossa língua, mas abolido definitivamente em 2009, onde seu uso passou a ser facultativo, exceto em palavras estrangeiras e suas dvertentes - tais quais "mülleriano" e "hübneriano".
Crase ( ` ) Dentro da nossa ortografia, a crase é utilizada para indicar a contração da preposição a com o artigo a ou então, com o demonstrativo aquele. De maneira fonológica, essa contração pode se realizar de três formas: como uma duplicação condensada da vogal /á/, como uma realização alongada da vogal ou simplesmente usando /á/ sem nenhum traço especial. Ex: Refiro-me à aluna; Vou à igreja; Sempre vamos à praia no verão
O uso do A craseado, assim se denomina o grafema À, é regido por numerosas regras em nossa ortografia. Poucos as dominam integralmente.
Trema ( ¨ ) Em nossa ortografia, o trema é usado com u. Basicamente, ü representa /w/ e ocorre depois de g e q. Ex: Lingüística e Eloqüência. O emprego do trema é dado para indicar a presença de /w/ em contextos que, supostamente, o leitor não o pronunciaria.
Apóstrofo ( ' ) Ilustra a supressão de uma vogal. Pode ser observado em palavras compostas, expressões e poesias. Ex: caixa-d'água, pau-d'água, etc. Usado para indicar a supressão de um fonema (geralmente de uma vogal). Ex: mãe-d’água. Pau-d’alho, pingo d’ouro etc.;
...