TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Sirio Possenti

Artigo: Sirio Possenti. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/5/2014  •  1.514 Palavras (7 Páginas)  •  600 Visualizações

Página 1 de 7

RESUMO DE: Porque não ensinar gramática na escola

O papel da escola é ensina a língua padrão, e não aprender ou aprender e não usar o dialeto padrão tem a ver em grande parte comum valores sociais predominantes e com estratégias escolares.

Possenti apresenta duas justificativas, primeira, o menos favorecido tem muito a ganhar, pois aumentaria as capacidades de escrita e interpretação textual, servindo, assim a suas ideologias e demais funções e a segunda justificativa é a capacidade cognitiva que todos têm para o aprendizado.

A escola teria como instrumento para esse aprendizado, incentivar alunos a produzir e ler variados tipos de textos, pois através da produção e leitura textual constante é que esse aluno conseguiria atingir patamares essenciais para seu desenvolvimento intelectual.

Digamos que para a melhoria do ensino é necessário uma revolução, uma mudança na concepção de língua, perceber a diferença entre falar e escrever. A maioria dos atuais liguistas aceita que o falar é fundamental e que a linguagem escrita é secundária e derivada, pois, as linguagens escritas resultam da transferência da fala para um meio secundário, ou seja, visual. Saber distinguir os processos de aprendizagem é tarefa fundamental para um professor de línguas, para não cair na didática tradicional explorando apenas reflexos condicionados não dando chances para a criatividade e evolução do aluno

Em relação somente ao campo do conhecimento, esse ser humano aprende e reconhece a língua com muito mais facilidade do que possamos compreender, Possenti diz “A língua não se aprende por exercícios, mas por próprias significativas”. Citando como exemplo uma criança, por volta de dois a três anos, que aprende basicamente através da experiência, pode se dizer então, que o processo para a aquisição do conhecimento muitas vezes não depende apenas de questões de repetição, e sim, de hipóteses, comparações e deduções, que se utiliza da criatividade. Quando se fala de linguagem, não se refere apenas da língua padrão, mas a língua como unidade comunicativa.

Para afirmar a concordância com o capítulo acima sintetizado é necessário que se entenda por criatividade, a capacidade que as pessoas tem de construir e de entender, na língua-mãe, número indefinido de sentenças que jamais ouviram e que, talvez jamais tenham sido enunciadas.

Essa tese apresenta a língua como estrutura complexa do processo gramatical produtivo. Assim não há como dizer que há língua mais fácil ou difícil, melhor ou pior, há apenas línguas diferentes e que todas línguas e dialetos tem uma estrutura complexa, então ao utilizar uma língua ou dialeto diferente, uma pessoa não pode ser considerada pior ou melhor, apenas diferente.

A variedade lingüística demonstra que apesar de diferentes falares devido questões geográficas etc, comprovam que uma pessoa aprende e sabe falar, então, logo sabem sua língua ou outras línguas a qual vivenciam. Desta forma a definição de falar errado é muito mais complexa do que se possa imaginar.

Devido a língua possuir uma variedade, ela não é uniforme, sofre alterações constantes, pois não há povo ou nação que fale de uma mesma forma. A língua, então funciona como um reflexo da sociedade, tendo fatores externos e internos que a condicionam, fatores externos como: a geografia, a idade, a classe social, o sexo, a profissão e etc.

Como fatores internos, pode-se citar o fato da própria limitação da língua, algumas condições que a própria língua impõe aos falantes, restringindo inclusive erros, devido a necessidade de estrutura para compreensão da fala e com isso da comunicação e a variedade fonética dos fatores.

Há outro fundamento da língua como estrutura, ela não é imutável, a língua através do processo do tempo se transforma, se recria, novos termos serão acrescidos e outros perderão espaço e apesar de a forma padrão, geralmente, ser considerados a mais antiga da língua deve se considerar sem preconceitos os novos termos e palavras e refletir sobre novas concepções do padrão.

Como a função da escola como já foi dito é ensinar língua padrão, é considerado fundamental o aprendizado da forma escrita, logo que o pressuposto do conhecimento da fala do indivíduo já tenha. O ensino deve ser feito de maneira progressiva, sendo somente reforçar problemas efetivos e se possível verificar com professor do ensino anterior formas alternativas para dado problema.

Antes mesmo de existira gramática, já se escrevia e foi baseada nos escritos de filósofos gregos é que surgiram as primeiras gramáticas, então a gramática é baseada na escrita e não o contrário. Conhecer uma língua é uma coisa, conhecer gramática é outra.

O papel da escola como forma de ensinar língua padrão não significa que o ensino da gramática seja mais relevante que a literatura, a interpretação de textos, a variedade lingüística, etc, pois refletir sobre língua não requer somente conhecimentos gramáticos.

CONCLUSÃO

O papel da escola como instrumento para desenvolvimento dos recursos de comunicação do aluno, a língua como ferramenta de comunicação, sua variedade e suas concepções e o aluno como ser capaz de conhecer e aprender.

Achamos um pouco extremista esta idéia, pois, os exemplos usados(como padrão) pelo autor são perfeitos para a escrita padrão, porém acreditamos que os termos citados(hoje coloquial) possam ser usados naturalmente em qualquer variedade de língua sem sê-los considerados “erros”, porém, concordamos quando o autor defende a hipótese de não ensinar as formas raras e arcaicais, pois cremos que tais formas não contribuam de maneira direta no falar e escrever atual. Achamos que pessoas de diferentes classes sociais, regiões do país falam tudo errado, mas não percebemos que na maioria dos casos falam exatamente como nós, a diferença está nas características da fala que apesar de serem poucas, chamam mais a nossa atenção; uma prova disto é a diferença de pronúncia. O que se passa nesse capítulo é a tentativa de provar que mesmo os que falam errado não erram tudo e sim o que falta é o domínio da língua padrão. As semelhanças

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.3 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com