TCC literatura infantil
Por: Carlosgloria • 12/10/2018 • Exam • 3.221 Palavras (13 Páginas) • 324 Visualizações
OBJETIVO GERAL
O propósito deste trabalho é mostrar aos professores que eles podem utilizar a literatura em sala de aula de forma prazerosa e lúdica, usando contos diversos e revelando na literatura uma ferramenta eficaz para alfabetizar, formar leitores críticos e construir aprendizado, bem como contribuir no desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança.
Pretendo destacar a importância de a criança ser inserida no mundo literário, sendo este um importante colaborador para a formação de um indivíduo crítico e atuante, buscando evidenciar como a literatura pode contribuir no desenvolvimento da criança como leitora, detectando aspectos relevantes que comprovem a importância da Literatura Infantil inserida nos anos iniciais do Ensino Fundamental e apontando alternativas metodológicas para o desenvolvimento e incentivo à leitura.
Acredito que esse trabalho possa servir para a reflexão dos professores acerca de sua prática em sala de aula, podendo repensar seus conceitos de leitura, propondo a partir desse projeto, atividades de leitura diferenciadas e prazerosa para os alunos. O hábito de ler deve ser estimulado desde a infância para que as crianças aprendam que ler é algo importante e prazeroso, pois o tornará um adulto culto, dinâmico e perspicaz.
INTRODUÇÃO
A literatura nasceu da necessidade que o homem sentiu de procurar explicar os fatos que aconteciam à sua volta. Primeiro oralmente, e conservando suas histórias na memória, posteriormente, em forma escrita. Desde sempre, entre os fatos narrados e o público, se interpôs um narrador.
“Tanto as crianças de outrora como as de hoje e o homem primitivo se sentem presos de encantamento ao ouvir as histórias maravilhosas que começavam com as palavras mágicas ‘antigamente’ e ‘era uma vez...’” (GOES, 2010, p.95)
Contos de fadas que, em geral, tratam-se de velhas lendas do folclore de tempos primitivos, e que lembram, às vezes, um sonho, possuem qualidades que despertam a imaginação. Foi assim que a literatura foi trazida ao ambiente infantil, por meio dos contos dos irmãos Grimm, que deram uma significação perfeita à Literatura Infantil, mas não necessariamente foram inventados por ou para crianças. Foi Perrault, com “Contos da Mamãe Gansa”, que introduziu e consagrou o maravilhoso na Literatura Infantil.
As primeiras obras destinadas ao público infantil apareceram no mercado livreiro na primeira metade do século XVIII. Esses primeiros materiais eram preferencialmente voltados para a escola do que para o entretenimento, e essa tradição perdurou por vários séculos.
O entretenimento para crianças veio por meio de livros escritos para adultos, como A Vida e As Estranhas e Surpreendentes Aventuras de Robinson Crusoé, de Daniel Defoe, e As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift.
A fantasia para crianças na primeira metade do século XX parece vir mais significativamente das canetas de autores ingleses: L. Frank Baum e O Mágico de Oz (1900); J. M. Barry com Peter Pan; O Ursinho Pooh (1926), escrito por A. A. Milne para seu filho; O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint- Exupéry (inicialmente para adultos e traduzido do francês em 1943); As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis.
“O livro para crianças é uma conquista moderna, já a Literatura Infantil, tem sua origem na idade oral do mito; amas de leite, rapsodos e educadores transmitiam de viva voz à infância, primeiro na Grécia, depois em Roma, as tradições dos seus antepassados, fábulas, lendas heroicas ou religiosas e aventuras extraordinárias. No Oriente a literatura desse tipo se confunde com a popular e a folclórica: apólogos e lendas de conteúdo heroico civil e religioso.”. (GOES, 2010, p. 95)
“Mitos, fábulas, lendas-teogonias, aventuras, poesia, teatro, festas populares, jogos, representações várias ocupam no passado o lugar reservado hoje ao livro infantil” (Cecília Meireles in GOES, p. 161)
O fascínio provocado pela literatura leva milhares de leitores a “consumir” romances desde o século XIX.
CAPITULO I
LEITURA E INCENTIVO
Levando-se em conta a importância que a formação do leitor e a utilização da literatura infanto-juvenil têm assumido a partir das últimas décadas do século XX, tornou-se fundamental a inclusão da leitura e da literatura, como parte indissociável da análise da representação do ensino.
Aprender a ler não é uma atividade natural, para a qual se capacita sozinho. Há importantes mediadores, dentre os quais, o professor é figura fundamental na história de cada um dos alunos. Cabe a ele também o papel de desenvolver no aluno o gosto pela leitura a partir de uma aproximação afetiva e significativa com os livros, a outra parte cabe aos pais e/ou familiares da criança. Os pais têm papel fundamental na construção do habito da leitura, pois contar e ler histórias para uma criança, contribui decisivamente para o desenvolvimento da linguagem falada e para a aprendizagem escrita, além de estimular a curiosidade.
Até que aprenda por si mesma, é pela voz de alguém que lê em voz alta que a criança vai usufruir do tesouro que lhe cabe por direito. As histórias contadas possibilitam o alimento para o imaginário infantil e por elas a criança pode se expressar e captar significados segundo seus interesses. Com a leitura pode-se ir a épocas nas quais não se pode mais viver, pode-se ir a lugares distantes e inatingíveis, entra-se em contato com pessoas que nunca serão conhecidas, e isso desde a mais tenra idade. A criança estimulada desde cedo poderá beneficiar-se com leituras diversificadas e tornar-se um leitor atuante e interessado por temas variados. Se os pais são leitores e o fazem de forma espontânea na frente de uma criança nessa fase, a possibilidade dessa criança se tornar leitor como reflexo desse habito é bem grande.
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