TEMPO E ESPAÇO NA EDUCAÇÃO NA CRECHE MUNICIPAL CONSUELO RIOS DE SOUZA
Por: Xena432 • 17/6/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 1.307 Palavras (6 Páginas) • 550 Visualizações
TEMPO E ESPAÇO NA EDUCAÇÃO NA CRECHE MUNICIPAL CONSUELO RIOS DE SOUZA
Resumo
O presente portfólio apresenta algumas considerações sobre a questão da organização do tempo e do espaço no âmbito escolar, nas escolas organizadas em ciclos de aprendizagem. Os referenciais são trazidos por alguns autores, considerados de relevância.Este portfólio tem o objetivo de discorrer sobre o tempo e espaço no âmbito escolar, tendo como material de estudo as disciplinas estudas em sala de aula, uma entrevista com uma pedagoga, e um mapa conceitual que mostra a importância da harmonia deste tempo no meio pedagógico. Foram seguidas as referências bibliográficas indicadas pela Uninter a fim de aprofundar melhor sobre este tema.
Palavras – chave: Tempo. Espaço. Aprendizado.
Atualmente a sociedade vive em constante mudança, não é diferente no âmbito escolar, onde a educação vive em constante desenvolvimento, movimento e transição. Este portfólio aprofunda-se no estudo do tempo e espaço no ambiente escolar, que mudanças podem alavancar o movimento educacional? É possível mudar essa mesmice formal que é a educação atual para uma educação transdisciplinar? Como isso poderia ocorrer? Ilda Ribeiro da Silva se formou em pedagogia, tem 29 anos e trabalha na Creche Municipal Consuelo Rios Castilho de Souza, em entrevista acha extremamente importante a educação em que o professor saiba harmonizar o tempo e o espaço na sala de aula, ela acredita que com essa junção tudo flui melhor, até mesmo o aprendizado dos alunos, pois, o tempo não fica corrido tendo que atropelar o que se deve ensinar. A rotina na escola ordena o tempo-espaço e seu uso, definindo a hora e o lugar das atividades pedagógicas, o ritmo dos professores e dos alunos. Desde a fila no pátio, o soar da sirene até a sequência das matérias, as repetições dos exercícios são reguladoras dos movimentos da escola. Essa cadência constitui uma tradição histórica e cultural praticada na escola há muito tempo.
Sobre o tempo na Modernidade, Marques (2001, p. 35) afirma que:
O tempo é concebido de forma linear, onde os eventos constituem uma sucessão de acontecimentos cronologicamente ordenados. A relação entre o "era" (passado), o "não é mais" (presente) e o "vir a ser" (futuro) obedece, assim, a uma sucessão linear de mudanças.
Pode-se pensar, então, que sendo a escola parte constitutiva do todo social, ela refletirá todas as mudanças ocorridas nas concepções que significam a vida, transformando-se internamente e promovendo mudanças na ilimitada realidade do extramuro escolar. Paulo Freire (1993, p. 10) nos incita a pensar esse movimento na/para a escola: “O tempo que levamos dizendo que para haver alegria na escola é preciso primeiro mudar radicalmente o mundo é o tempo que perdemos para começar a inventar e a viver a alegria”
Ilda diz que discorda do formalismo cartesiano praticamente imposto nas escolas atuais, para ela essa rigorosidade atrapalha na hora de inovar dentro da sala de aula, não se deve formalizar radicalmente um ensino que se está em evolução, a modernidade impõe que seja feita uma mudança no ensino, o mesmo não vêm acompanhando esta modernidade quanto deveria, os alunos ainda cobram uma rotina por não vivenciarem outros métodos de ensino.
Ainda prevalece o modelo antigo de aprendizagem no qual existe a informação dada pelo professor e a assimilação pelo aluno. A aprendizagem escolar depende de uma interação complexa entre alunos, professores, conteúdos, tarefas e do próprio contexto educacional. Como na escola o aprendizado é um resultado desejável, é o próprio objetivo do processo escolar, a intervenção é um processo pedagógico privilegiado. O professor tem o papel explícito de intervir e provocar nos alunos avanços que não correriam espontaneamente. (FRISON, 2000 p. 129)
Sobre a interferência do tempo ou a falta dele no ensino em sala de aula Ilda remete isso somente como às vezes, pois, nem sempre uma atividade dura a aula toda e nem sempre uma atividade dá para ser concluída em só um horário de aula. Isso depende muito de como o ´professor harmoniza o tempo e o espaço em questão. Sobre a questão que solicita uma sugestão para a educação sair dessa mesmice, Ilda se expressa de forma muito sucinta sobre a realidade da educação em nosso país, mostrando que esse movimento é na realidade muito difícil de ocorrer devido a educação no Brasil ser um mecanismo de controle social.
Do ponto de vista cognitivo, Bassedas et al. (1996) consideram que cabe ao professor o papel de orientação e ajuda com o objetivo de possibilitar aos alunos a aprendizagem de determinados conteúdos. O professor desempenha papel fundamental na organização de atividades e na formulação de situações que propiciem aos alunos oportunidades de aprendizagem de forma significativa. Do ponto de vista afetivo, estes autores consideram que o professor representa confiança para o aluno, poder social, intelectual e um modelo (possível) a seguir, além da conseqüente motivação do desejo de saber. Ressaltam, ainda, que a importância da qualidade do vínculo afetivo entre o professor e seus alunos exerce grande influência sobre o relacionamento que crianças e jovens estabelecem entre si.
Segundo a opinião de Ilda sobre o tempo, de nada ele serve se o mesmo não for otimizado, não adianta ter tempo de sobra e o mesmo ser ocioso, sem preenchimento, o tempo deve ser usado de forma bem otimizada, aproveitando cada momento para se ensinar e aprender, ele é uma ferramenta que deve ser em prol de uma educação melhor, mas sendo mal utilizado ele vira apenas um vilão, pois, não se aproveita ele de forma a acrescentar positivamente na educação.
A realidade vivida na atual educação
Está ligada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, no Capítulo II (da Educação Básica), no artigo 23 dispõe sobre a forma de organização da educação básica, citando no texto que esta poderá se organizar em séries, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios. Das formas citadas, a mais conhecida e até o ano de 1999, adotada pela também pela creche entrevistada.
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