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Por:   •  2/3/2015  •  1.082 Palavras (5 Páginas)  •  502 Visualizações

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ESTUDANDO: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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Introdução

1. RETROSPECTIVA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL

A educação de jovens e adultos é necessariamente considerada como parte integrante da história da educação no país, como uma das arenas mais importantes aonde vem se empreendendo esforços para a democratização do acesso ao conhecimento. Nesse sentido se faz necessário iniciar o presente curso fazendo uma revisão histórica das políticas educacionais que marcaram o seu desenvolvimento, discorrendo sobre os principais fatos que ocorreram nas décadas , a começar pela de 30 , até os dias atuais.

1.1. As Políticas Educacionais voltadas para a Educação de Jovens e Adultos

A educação básica de adultos começou a delimitar seu lugar na história da educação no Brasil a partir da década 30, quando finalmente começa a se consolidar um sistema público de educação elementar no país. Neste período a sociedade brasileira passava por grandes transformações, associada ao processo de industrialização e concentração populacional em centros urbanos, a oferta do ensino básico gratuito estendia-se consideravelmente, abrangendo setores sociais cada vez mais diversos.

A ampliação da educação elementar foi impulsionada pelo governo federal, mais precisamente a partir da experiência encabeçada por Anísio Teixeira, segundo explica PAIVA(1987, p. 172)

...a educação de adultos começa assumir importância desde o início dos anos vinte (20), embora englobada no problema mais geral da difusão do ensino elementar. A primeira manifestação importante que anuncia o desvinculamento da educação elementar é o Convênio Estatístico de 1931 no qual se inclui a categoria ensino supletivo. Por outro lado, a experiência do Distrito Federal chamou atenção para importância desse campo de atuação educativa.

A partir dessa experiência o Governo Federal passou a traçar diretrizes educacionais para todo o país, determinando as responsabilidades dos estados e municípios. Tal movimento inclui esforços articulados nacionalmente de extensão do ensino elementar aos adultos, especialmente nos anos 40.

Com o fim da ditadura de Vargas em 1945, o país vivia a efervescência política da redemocratização. A segunda guerra mundial recém terminara e a ONU - Organização das Nações Unidas – alertava para a urgência de integrar os povos visando à paz e a democracia. Tudo isso contribuiu para que a educação de adultos ganhasse destaque dentro da preocupação geral com a educação elementar comum. Era urgente a necessidade de aumentar as bases eleitorais para a sustentação do governo central, integrar as massas populacionais de imigração recente e também aumentar a produção. Esse fato está de acordo com a afirmação de VIEIRA(1987, p. 77):

... a educação em cada fase da evolução histórica é sempre um produto cultural da sociedade, reflete os interesses nela dominantes, o que (para a sociedade onde há diversas classes) significa: preponderantemente os interesses daqueles que tem a direção da comunidade.

Nesse período a educação de adultos define sua identidade tomando a forma de uma campanha nacional de massa, a Campanha de Alfabetização de Adolescentes Adultos - CAAA, lançada em 1947. Pretendia-se, numa primeira etapa, uma ação extensiva que previa a alfabetização em três meses, e mais a condensação do curso primário em dois períodos de sete meses. Conforme PAIVA(1987, p. 189-190), seguiria depois uma “ação em profundidade”, voltada à capacitação profissional e ao desenvolvimento comunitário. Nos primeiros anos , sob a direção do professor Lourenço Filho, a campanha conseguiu resultados significativos, articulando e ampliando os serviços já existentes e estendendo-os às diversas regiões do país. Num certo período de tempo, foram criadas várias escolas

supletivas, mobilizando esforços das várias esferas administrativas de profissionais e voluntários. O clima de entusiasmo começou a diminuir na década de 50, iniciativas voltadas à ação comunitária em zonas rurais, tentadas através da Campanha Nacional de Educação Rural – CNER, não tiveram o mesmo sucesso e a campanha se extinguiu no final da década, caracterizando-se fundamentalmente pelo seu aspecto extensivo. Ainda assim, sobreviveu uma rede de ensino

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