TRADUTOR DE BIBLIOTECA E MERCADO DE TRABALHO
Projeto de pesquisa: TRADUTOR DE BIBLIOTECA E MERCADO DE TRABALHO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Daayane • 10/9/2014 • Projeto de pesquisa • 931 Palavras (4 Páginas) • 375 Visualizações
O INTERPRETE DE LIBRAS E O MERCADO DE TRABALHO
11/03/2014 //POR INSTITUTO SINGULARIDADES
O avanço da sociedade brasileira para inclusão e conquistas dos direitos da comunidade surda fortaleceu uma demanda já antiga de maior mediação entre falantes e não falantes da língua de sinais brasileira (libras). Hoje, com profissionais e estudantes participando ativamente da construção econômica do país e com incentivos governamentais para formação de profissionais especializados em Tradução e Interpretação de libras há uma nova gama de oportunidades de carreira.
O Instituto Singularidades conversou com Vinicius Nascimento, coordenador do curso de Tradução e Interpretação de Libras/Português do Instituto sobre a realidade para formação dos interpretes de libras e do mercado de trabalho desse profissional.
Instituto Singularidades (IS) – Qual a relevância social do profissional especializado em Libras?
Vinicius Nascimento (VN) – O deslocamento sócio-histórico da comunidade surda brasileira tem culminado em um intenso e significativo processo de inclusão social e que vem instaurando demanda de mediação entre falantes e não falantes da língua de sinais brasileira (libras). Essa mediação, realizada por Tradutores Intérpretes de Libras/Português (doravante TILSP), cresce à medida que os surdos avançam na conquista de seus direitos e cumprimento de seus deveres. Sendo assim, a atuação do TILSP está diretamente ligada aos avanços sociais da comunidade surda, que são, em primeira instância, os principais usuários dos seus serviços. A relevância social desse trabalho está justamente na possibilidade de oferecer aos surdos o acesso na produção, circulação e recepção de discursos que são produzidos nas diferentes esferas da vida cotidiana, pois diferente das práticas de interpretação de línguas orais, prestigiadas, valorizadas e, predominantemente, encontradas em grandes conferências internacionais, a interpretação das línguas de sinais, bem como a de línguas utilizadas por outras minorias linguísticas, relaciona-se diretamente ao exercício da cidadania, isto é, sem a interpretação da língua de sinais os surdos – tal como as outras comunidades linguisticamente minoritárias – pouco terão – ou realmente não terão – acesso aos direitos básicos no que tange à compreensão e expressão de informações necessárias para a livre circulação e sobrevivência na sociedade majoritária.
(IS) – Há algum incentivo governamental para a formação dessas pessoas?
(VN) – O Decreto 5.626/05, que regulamenta a Lei de Libras 10.436/02, é um marco histórico do ponto de vista dos incentivos e do fomento da promoção de formação de TILSP. Fundamentados nessa legislação a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com o Ministério da Educação criou o curso de bacharelado em Letras/Libras na modalidade à distância atendendo, na primeira formação realizada, quinze polos em todo o Brasil. No ano de 2012 formaram-se os primeiros bacharéis em Tradução e Interpretação de Libras/Português somando-se em, aproximadamente, 400 os profissionais habilitados para atender a população surda brasileira em todo o território nacional. O número é ainda muito reduzido se pensarmos na demanda de nove milhões de surdos existentes em nosso país. No entanto, o curso de Letras/Libras foi um passo adiante em relação ao que se tinha de formação anterior a ele. O Decreto permite, também, a formação de Intérpretes por meio de cursos de Educação Profissional e Extensão universitária e ai que entra, então, o nosso curso do Singularidades como especialização e extensão. Um outro incentivo foi a organização do exame nacional de proficiência em Libras (PROLIBRAS) tanto para o ensino como para a tradução dessa língua.
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