Tcc Sobre Leitura

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A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA A FORMAÇÃO DE UM LEITOR CRÍTICO

WITKOWSKI, Sabrina de Lima – SÃO MATEUS DO SUL

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Jaine dos Santos Floriano

1. RESUMO

1. O presente trabalho de conclusão de curso objetivou instigar a importância da leitura nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ressaltando a relevância dessa abordagem como condição essencial para a formação de leitores críticos e produtivos. A leitura faz parte da nossa vida, desde antes de iniciarmos nossa trajetória escolar, já líamos o mundo à nossa volta por meio de desenhos, embalagens, revistas, rótulos, livros, etc, ou ouvíamos alguém lendo para nós. Com a fase de formação escolar, a leitura se torna imprescindível para ensinar e aprender. Dessa forma, neste trabalho busca-se refletir sobre o que é a leitura, quais são suas finalidades, como podemos ler e o que é preciso para ser um leitor competente.  A leitura e a escrita perpassam todas as disciplinas do currículo escolar e, sobretudo, estão empregadas em diferentes contextos e com inúmeras finalidades na nossa sociedade. Por isso, precisamos compreender como funciona a linguagem e o que temos que fazer para sermos competentes ao escrever, ler e interpretar os mais variados textos que estão à nossa volta, como um leitor crítico. Esta pesquisa foi realizada sob caráter qualitativo com objetivo exploratório, por meio de pesquisa bibliográfica. O resultado esperado é conscientizar a classe docente do papel preponderante que desempenha as políticas públicas na educação brasileira, bem como seu progresso na área da leitura e produção textual e o uso das tecnologias educacionais como ferramenta didática no ensino aprendizagem.

Palavras-chave: leitura; leitores críticos; pesquisas; livros; sociedade.

1. INTRODUÇÃO

A necessidade de ler está posta entre todos, haja vista que propicia a aquisição de informação em relação a qualquer contexto e área do conhecimento, assim como pode constituir-se em fonte de entretenimento. Precisamos analisar se de fato estamos conseguindo, por meio de nossas atividades docentes, aproximar os leitores dos diferentes gêneros textuais a ponto de torná-los familiares. A reflexão sobre o modo como a escola e seus professores têm letrado seus alunos, percebendo as possibilidades de transformação que um bom trabalho pedagógico pode trazer para o processo de aprender a ler, levando em consideração a importância da leitura no seu cotidiano.

O ato de ler é antes de tudo compreender o que se lê, por isso, não basta decodificar sinais e signos. Assim o indivíduo pode ser considerado leitor a partir do momento que passa a compreender o que lê.

O ato de ler é um processo abrangente e complexo; é um processo de compreensão, de intelecção de mundo que envolve uma característica essencial e singular ao homem: a sua capacidade simbólica e de interação com o outro pela mediação de palavras. O ato de ler não pode se caracterizar como uma atividade passiva. (BRANDÃO; MICHELETTI, 2002, p. 9).

A instituição de ensino, ao formar leitores, prepara-os ao exercício cada vez mais pleno da cidadania, pois ela instrui, educa, nutre a imaginação, ensina a olhar o mundo e as pessoas de maneira diferenciada, instrumentaliza a visão crítica e permite que o sujeito construa sua história e perceba-se como integrante social.

A conscientização do docente em sua prática é de fundamental importância para se obter um resultado satisfatório. Nem sempre trabalhar com os gêneros textuais tem sido tarefa fácil. Exige sim um preparo e uma qualificação para que se possa deixar claro aos alunos qual é a ideia principal de cada gênero ali citado. Ele deve tornar suas aulas atrativas e prazerosas, levando sempre em conta a dimensão do gênero que está trabalhando.

  A importância que a leitura tem na alfabetização para a formação do sujeito é indiscutível, pois várias pesquisas apontam que os estudantes brasileiros possuem deficiências nessa área. A leitura é uma das competências mais importantes a serem trabalhadas nas séries iniciais, e os meios para despertar o hábito de ler entre as crianças é um desafio para os educadores. Dentro da visão dos Parâmetros Curriculares Nacionais, instrumento norteador de apoio às práticas pedagógicas, na seção de prática de leitura, tem a seguinte definição para a leitura:

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita, etc. (BRASIL, 1997, p. 69).

Dentro desse processo nota-se que o aluno constrói conhecimento e torna-se um leitor crítico.

Segundo Paulo Freire (1989), a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. Aprendemos a ler o mundo antes mesmo de decodificar os sinais gráficos das letras. Assim, ler o mundo é tão importante quanto ler a palavra. A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. Assim, as palavras do povo vinham através da leitura do mundo.

 O ato de ler implica na percepção crítica, interpretação e "reescrita" do lido. Segundo Soares (1985), essas concepções possuem principalmente duas formas de encarar a questão:

 

A primeira define a alfabetização como um processo mecânico: a codificação da linguagem oral na linguagem escrita e a decodificação da linguagem escrita em linguagem oral (leitura). Uma segunda visão do processo de alfabetização o entende como apreensão e compreensão do mundo. (SOARES, 1985, p. 53)

Depois voltavam a eles, inseridas no que se chamou de codificações, que são representações da realidade. No fundo, esse conjunto de representações de situações concretas possibilitava aos grupos populares uma "leitura da leitura" anterior do mundo, antes da leitura da palavra.