Texto E Contexto Libras
Artigos Científicos: Texto E Contexto Libras. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: leticiamc00 • 15/10/2013 • 578 Palavras (3 Páginas) • 561 Visualizações
A leitura de um texto se dá primeiramente a partir do processo de decodificação, quando temos contato com o “conteúdo” e buscamos compreendê-lo.
Existem elementos que nos ajudam a interpretar os textos que estão a nossa volta, mas para que se possa compreender bem um texto é necessário identificar o contexto (social, cultural, estético, político) no qual ele está inserido.
Essa identificação vai depender do conhecimento sobre o que está sendo abordado e as conclusões referentes ao texto.
Em determinados textos a informação sobre acontecimentos passados contribui para sua compreensão.
Por isso, quanto mais variado o campo de conhecimento, mais facilidade encontrará o leitor para ler e interpretar textos.
Bronislaw Malinowski (Halliday & Hasan, 1989) advogou uma importante teoria acerca do contexto de uso. Ele precisou de um termo que expressasse todo um ambiente onde seria analisado, incluindo o ambiente verbal e a situação na qual o texto fosse falado. Sendo assim, com algumas apologias, criou o termo context of situation. Pelo contexto de uso, entendemos o ambiente onde o texto está sendo realizado.
Ainda assim, Malinowski precisou de outro tipo de contexto que desse conta não só do que estava acontecendo, mas também de aspectos culturais envolvidos: o contexto cultural. Para ele, esses dois tipos de contexto são fundamentais para se compreender um texto.
Influenciado pela noção de contexto de uso de Malinowski, J. R. Firth criou sua própria teoria linguística (Halliday & Hasan, Ibid). Para ele, o conceito do autor somente adequava-se a textos específicos. Ele precisava de uma descrição de contexto de uso que abordasse diferentes textos como parte de uma ampla teoria lingüística. Dessa maneira, os elementos envolvidos são: os participantes, a ação dos participantes, características da situação e efeitos da ação verbal.
Mais tarde, o antropólogo americano Dell Hymes, em seu trabalho na etnografia da comunicação, propôs outros elementos que também descrevessem o contexto de uso: a forma e conteúdo da mensagem, o cenário, os participantes, o efeito da comunicação, a chave, o meio, o gênero e as normas de interação. O seu trabalho procurava englobar as diferentes maneiras que a língua pudesse ser usada em diferentes culturas.
Para Halliday (1989), o sucesso na comunicação pode ser explicado pela previsão inconsciente, ou seja, quase nunca é surpresa o que queremos dizer em determinadas situações. Essas previsões são feitas a partir do contexto de uso. O tipo de descrição ou interpretação do contexto de uso que vem a ser mais adequada para o linguista é o que caracteriza os termos usados numa interação.
Halliday propôs que a análise do contexto de uso fosse feita a partir de três componentes, correspondendo a três metafunções:
Domínio do discurso: refere-se ao que está acontecendo, à natureza da ação social.
Relações do discurso: refere-se à natureza dos participantes envolvidos na interação.
Modo do discurso: refere-se às funções particulares que são determinadas pela língua na situação observada.
Sendo
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