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Trabalho O Memorial Descritivo Romantismo

Por:   •  1/3/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.310 Palavras (6 Páginas)  •  104 Visualizações

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                                            UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE  

                                            ILA- INSTITUTO DE LETRAS E ARTES

                                            CURSO: LETRAS PORTUGUÊS

                                            DISCIPLINA: LITERATURA BRASILEIRA

                                            JOICE DIAMANTINA SILVEIRA ALMEIDA - MATRICULA: 147720            

                                                         

                    MEMORIAL DISCRITIVO ROMANTISMO

  Assim começarei a descrever o romantismo, tomarei por timbre e viverei na história. Falar do romantismo, das obras de José de Alencar, Manuel Antônio de Almeida e Maria Firmina dos Reis é flutuar na história e reviver momentos do nosso país, onde até hoje temos feridas abertas e cicatrizes marcadas em nosso peito e face.

   A história de O Guarani, o autor tenta fazer do índio um herói, mas com esmiuçada riqueza de detalhes percebe-se que ele retrata o Brasil como espelho da Europa medieva. Um exemplo significante é o de D. Antônio de Mariz, cuja fortaleza é descrita como sendo uma mistura da arquitetura colonial brasileira com a de um castelo medieval. Além disso, a relação dele com seus empregados é igual a de um feudal com seus vassalos. O amor de Peri e Ceci lidera esse romantismo, que é o índio que se dedica inteiramente a sua amada e no final tem um ato heroico, mas tendo que praticar a religião da família nobre para então ter sua amada entregue para tal ato. A impressão que sinto ao ler é que, mesmo o escritor fazendo do índio um herói ele mostra que para a miscigenação do branco com o índio, o indígena é que teve que ceder. Importante nesta obra também é a filha bastarda do pai de Ceci, está traz uma beleza diferente ao qual me parece ressaltar a beleza da mulher brasileira, há uma trama em que se coloca uma comparação entre as duas pontuando as diferenças de beleza. Uma preciosidade nessas obras indianistas de José de Alencar é tentar escrever o português mais puro, falado aqui no Brasil, faz do índio um símbolo de força brasileira, dono desse país ou dessas terras. Obras como essas nos falam das dificuldades, batalhas e tristezas vivenciadas pelos povos brasileiros ou que foram trazidos para cá, como o navio negreiro, a comercialização de seres humanos, as chibatas, os troncos, a dor do corpo e da alma causadas por senhores que se diziam superiores por terem a cor da pele branca, destilavam seus ódios através das mãos de seus capangas, ódio esse causado por terem a pele negra.

   Hoje me pego a pensar, que seres humanos são esses, onde estava a capacidade de raciocínio tinham prazer em ver a morte e a dor dos negros além de serem escravos precisavam ser chicoteados e amarrados até a morte. E as mulheres muitas vezes serviam como objeto de prazer dos senhores e depois eram descartadas com lixos. Tivemos a sorte de um dia uma mulher de coragem decidir escrever, uma obra que pontuou essa triste realidade do navio negreiro, Maria Firmina dos Reis. Primeira escritora negra, sua obra literária Úrsula, relata a escravidão sob o ponto de vista dos escravos, dando a eles voz para que pudessem relatar suas memórias não só da sua terra natal, mas da travessia até chegar ao Brasil, a violência a que os escravos eram submetidos em tal travessia e em terras brasileiras. Os principais personagens Túlio, Susana e Antero são três persoangens negros, que questionam, agem e acima de tudo: traçam uma identidade do Brasil. Uma das principais contribuições do romance de Maria Firmina dos Reis é problematizar a formação identitária no Brasil ao focalizar personalidade silenciados historicamente.

  O que é triste em saber, séculos se passaram e ainda temos o racismo, o preconceito, o machismo muito presente em nosso país e no mundo. Seres humanos ainda são discriminados pela cor da pele, a chibata ainda é levantada ferindo ou abrindo a ferida de pessoas quando são impedidas de seus direitos por sua cor de pele ou origem. Que país é esse que fala tanto em igualdade e o que temos é brutalidade e ignorância, o Brasil é um dos países com mais miscigenação e suas histórias ainda continuam sendo de dor e intolerância. O poder da política que hoje é a nobreza nessa país, são os mais cruéis e sujos, a guerra por esse poder é real, mas a mudança essa é balela, cada um que chega lá pensa no seu bolso, em campanha levanta bandeira dos povos mais sofridos, mas na prática, são os primeiros a chicotear e omitir leis e políticas igualitária. Desde modo vamos incluindo Memórias de um Sargento de Milícias, que é uma obra literária de Manuel Antonio de Almeida que retrata bem isso. O major Vidigal que ao ver pessoas nas esquinas ou em grupos baixava o cassetete sem nem se quer saber quem eram ou que faziam, se valia apenas de sua patente, era temido e não respeitado o poder imperava a força braçal. Ele era a justiça, a condenação tudo era a sua vontade.  Além de o major Vidigal, ser um típico mantenedor da ordem, transgride o código moral ao libertar e promover Leonardo em troca dos favores amorosos de Maria Regalada.

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