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Um Diálogo entre Einstein e Freud: Por que a guerra?

Por:   •  5/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.145 Palavras (5 Páginas)  •  245 Visualizações

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Trabalho Final

        A obra Um diálogo entre Einstein e Freud: Por que a guerra? Apresenta duas cartas trocas entre os dois grandes estudiosos. A primeira apresentada é a de Einstein, na qual ele levanta questionamentos a respeito de como seria possível acabar com as guerras no mundo. A segunda é a resposta de Freud, nela ele reponde os pontos colocados por Einstein e algumas formas indiretas que, na opinião dele, seriam formas de dar fim às guerras.

        Freud introduz seu raciocínio explicando que os seres humanos resolvem seus conflitos de poder através da violência, visto que essa é a “lei” que impera no mundo animal e os humanos estão incluídos nessa esfera. Logo depois, ele mostra como essa violência evolui através do tempo, pois antes se usava da força bruta, ou seja, a força muscular, então quando o homem aprendeu a fazer armas ele passou a usá-las e mais tarde, a intelectualidade passou a ser uma forma de dominar o outro.

        Em seguida ele mostra que a violência, ou seja, o desejo de obter poder, é inerente ao ser humano e que para se manter em uma posição privilegiada de poder é preciso que se crie uma comunidade na qual existam leis e autoridades que façam as mesmas serem cumpridas.

        Dessa forma, podemos ver que para Freud as guerras são causadas pela necessidade que o ser humano possui de estar em uma posição de poder e pelo fato de ser intrínseco a ele fazer uso da força, seja ela muscular, bélica ou intelectual, para chegar a tal posição. Seu ponto de vista se prova correto, pois todas as guerras que ocorreram e ocorrem durante a história da humanidade tem como principal objetivo conseguir alguma forma de poder seja econômico, político ou religioso, por exemplo.

                Esse interesse conflito não ocorre apenas entre comunidades diferentes, mas pode acontecer também dentro de um mesmo grupo. Um exemplo disso é a luta entre a polícia e os traficantes nas favelas do Rio de Janeiro, ambos estão lutando para ter o poder naquela área e poder “comandá-la”. Outro exemplo interessante é o fato de o Estado não prover uma educação de qualidade para os alunos de escola pública principalmente, isso seria uma forma de subjugá-los através da intelectualidade. Se os alunos não têm uma formação que os ensine a pensar a respeito do que acontece no dia a dia da política, economia e outros âmbitos importantes, essas pessoas não estarão aptas a questionar seus governantes, dessa forma as pessoas que estão no poder permanecerão nessa posição.  

        Assim, ele também explica que é utópica uma sociedade na qual todos os indivíduos tenham igualdade de força, pois as desigualdades estão presentes em todas as comunidades e a forma de justiça exprime essas diferenças. Ele mostra esse fato quando diz que algumas pessoas que detém o poder se colocam acima das proibições e leis criadas, como é o caso de governos autoritários, reis absolutistas ou mesmo de políticos dos dias de hoje que participam de esquemas de corrupção. Além disso, tais pessoas não são julgadas como um membro comum da sociedade e muitas vezes acabam saindo impunes de seus atos. Dessa forma, os membros que não estão nessa posição de poder se agrupam e fazem esforços para que a justiça seja igual para todos.

        O psicanalista também acredita que quando os seres humanos são incitados à guerra eles possuem inúmeros motivos para aceitarem participar dela.  Eles podem ser bons, ruins, declarados ou não, mas entre eles está o desejo de destruição e agressão.

        Para Freud, a guerra só acabará se todos os países, em conjunto, criarem uma instância máxima de poder que possa resolver os conflitos de forma pacífica e sem o uso da violência. Mas criá-la apenas não é suficiente, é necessário dotá-la de poder, visto que mesmo com a criação da Liga das Nações a mesma não tinha força suficiente para fazer seu papel, pois não foi dado o poder necessário a ela. Dessa forma, ela acabou não servindo bem ao seu propósito e as guerras continuaram acontecendo mesmo após a sua criação. Atualmente temos a Organização das Nações Unidas, que ainda tem seu poder limitado e por isso não consegue atuar como uma forma de evitar todas as guerras.

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