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Uma Descrição Sobre Gramatica

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Por:   •  8/4/2014  •  Seminário  •  1.903 Palavras (8 Páginas)  •  229 Visualizações

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O CAFÉ ME faz bem. Encontro o termostato, e a casa finalmente começa a esquentar mais

ou menos na hora do almoço. Mamãe e Kel foram à empresa de serviços públicos para

passar tudo para o nome dela, e eu fiquei encarregada de esvaziar o resto das caixas, sem

contar as que ainda estão no jipe. Desempacoto mais algumas coisas e decido que está mais

do que na hora de tomar um banho. Já devo estar completando três dias de visual riponga.

Saio do chuveiro e me enrolo numa toalha, jogando o cabelo para a frente enquanto

penteio e uso o secador. Quando já está seco, aponto o secador para o espelho embaçado,

formando uma área circular e limpa, e posso me maquiar um pouco. Percebo que meu

bronzeado começou a desaparecer. Aqui não vai rolar muito essa história de pegar um

bronze, então é melhor eu me acostumar a ficar com a pele mais pálida.

Penteio o cabelo, prendo-o para trás num rabo de cavalo, e passo um pouco de gloss e de

rímel. Não faço questão de blush, pois, pelo jeito, não preciso mais dele. O clima e meus

breves encontros com Will já deixam minhas bochechas coradas o tempo inteiro.

Mamãe e Kel chegam e saem de novo enquanto estou no banho. Acho um bilhete

avisando que ela e Kel estavam seguindo a amiga dela, Brenda, até a cidade para devolver o

caminhão de mudança. Havia três notas de vinte dólares no balcão, junto das chaves do carro

e de uma lista de compras. Pego tudo e vou até o jipe; desta vez, consigo chegar até ele.

Ao engatar a ré, percebo que não faço a mínima ideia de para onde ir. Não sei nada

sobre a cidade; não sei nem se é para virar à direita ou à esquerda na minha própria rua. O

irmãozinho de Will está no jardim deles, então paro o carro perto do meio-fio e abaixo a

janela do passageiro.

— Ei, vem aqui um instante! — grito para ele.

Ele olha para mim e hesita. Talvez achasse que eu fosse virar um zumbi de novo. Ele

caminha em direção ao carro, mas para a 1 metro da janela.

— Como faço para chegar ao mercado mais próximo? — pergunto a ele.

— É sério? Eu só tenho 9 anos — diz ele, revirando os olhos.

Tudo bem. Estou vendo que as semelhanças com o irmão são apenas físicas.

— Bem, obrigada por nada — digo. — E, afinal, qual é o seu nome?

Ele sorri para mim maliciosamente.

— Darth Vader! — grita, rindo enquanto corre na direção oposta.

Darth Vader? Tudo bem, entendi. Ele está zoando as pantufas que eu estava usando de

manhã. Não é nada de mais. O que há de mais é o fato de que Will devia estar falando de

mim para ele. É inevitável ficar tentando imaginar a conversa dos dois e o que Will acha de

mim. Se é que ele acha alguma coisa. Por algum motivo, tenho pensado mais nele do que

gostaria. Fico me perguntando qual a idade dele, em que vai se formar, se é ou não solteiro.

Ainda bem que não deixei nenhum namorado no Texas. Não namoro ninguém há quase

um ano. Com o colégio, o emprego em meio período e a ajuda que dava a Kel nos treinos

esportivos, não sobrava muito tempo para garotos. Agora percebo que vou ter de me adaptar:

deixei de ser uma pessoa sem nenhum tempo livre para ser uma que não tem absolutamente

nada o que fazer.

Pego o GPS no porta-luvas.

— Não é uma boa ideia.

Olho para cima e vejo que Will está se aproximando do meu carro. Faço o máximo para

conter o sorriso que tenta tomar conta do meu rosto.

— O que não é uma boa ideia? — digo, ao colocar o GPS no apoio e ligá-lo.

Ele cruza os braços e se apoia na janela do carro.

— Há muitas construções. Vai terminar se perdendo com isso.

Estou prestes a responder quando Brenda e minha mãe chegam. Brenda abaixa a janela

do motorista, e minha mãe se inclina no assento.

— Não se esqueça do sabão em pó, não lembro se coloquei na lista. E xarope para tosse.

Acho que vou gripar — diz ela, pela janela.

Kel sai do banco de trás, corre até o irmão de Will e o convida para ver nossa casa.

— Posso? — pergunta o irmão de Will para ele.

— Claro — diz Will, abrindo a porta de passageiro do meu carro. — Eu volto daqui a

pouco, Caulder. Vou com Lay ken até o mercado.

Vai? Lanço um olhar na direção dele, que está colocando o cinto.

— Não sou muito bom em dar direções. Se incomoda se eu for com você?

— Acho que não — digo, rindo.

Olho para Brenda e minha mãe, mas elas já estão estacionando na entrada da casa. Dou

partida no carro e fico prestando atenção às direções que Will dá para sairmos do bairro.

— E, então, seu irmãozinho se chama Caulder? — digo, tentando puxar papo sem muita

vontade.

— Pois é. Depois que nasci, meus pais tentaram ter mais um filho durante anos.

Terminaram tendo Caulder

...

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