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VARIAÇÃO LINGUISTICA

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Por:   •  20/3/2014  •  3.244 Palavras (13 Páginas)  •  332 Visualizações

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01 - INTRODUÇÃO

Torna-se importante discutir o tema variações linguísticas, para a conscientização da sociedade em relação ao erro, este, que vem sendo cometido por meio de julgamentos pré - concebidos daqueles se jugam adeptos da norma padrão culta, sobre aqueles que julgam falantes de uma língua inferior, vulgar e até mesmo marginalizada.

Atualmente, é considerada inculta qualquer pessoa que por um motivo ou outro, não posicionam sua FALA nos padrões da norma culta da língua. Vimos aí, o aparecimento de diversos pré-conceitos, referentes á estas pessoas, que no domínio deste, ressaltaremos que estes pré-conceitos são extremamente equivocados, uma vez que, cada um de nós enquanto humanos e provenientes da fala, temos o direito de expressá-la da maneira que acharmos mais conveniente, independentemente de qualquer que seja a situação em que nos encontramos. Porém, é de extrema importância que passemos a tratar essas DIFERENÇAS, como uma possibilidade de criatividade do ser humano e uma individualidade que se transfigura na linguagem, propriamente dita... Ou seja, ter o devido conhecimento, de que a língua é um conjunto de variedades sociais e individuais (eventualmente aparecidas no meio linguístico como variações linguísticas, dialetos e ainda como o idioleto) e não uma variedade correta, que deve ser seguida a risca, não podendo haver variações, no âmbito da língua, esta que em várias ocasiões da fala de qualquer indivíduo, pode ser acompanhada de desvios ou até mesmo gírias.

Aspectos como computadores, videogames, TV, o acesso restrito a leitura no núcleo familiar, e a falta de incentivo, e acima de tudo relações de amizades entre outros afetos com diferentes culturas e regiões, têm ocasionado diversas formas diferentes na maneira oral de se expressar, em que passa a existir múltiplas variações linguísticas no ato da fala do indivíduo e por consequência disso, muitas pessoas podem sofrer dificuldades marcantes, conhecida por muitos como preconceito linguístico.

Sabemos, entretanto, que a língua não é homogênea, e que essa ideia de que “algumas pessoas falam errado”, é um mito que se instala sobre a sociedade, e esse não é um problema linguístico, e sim, um problema político e social, pois as pessoas que julgamos “falar errado”, fazem parte de uma classe social, que em variadas ocasiões é desprestigiada, e varias dessas pessoas não possuem acesso ao meio social de alto poder aquisitivo, e esse fato acaba, levando-os a sofrerem tais preconceitos linguísticos, decorrentes do preconceito social.

O preconceito linguístico ocorre pelo principal fato de várias pessoas se comunicarem de maneira diferente da norma culta da língua, essas pessoas são conhecidas por ter em sua oralidade uma característica diferente daquela que é aceitável pela sociedade, ou seja, elas perante os outros não se encaixam aos padrões de “perfeição” e da “normalidade” existentes em uma sociedade. Assim, a pessoa que se comunica diferentemente de outra, que usa a norma padrão é categorizada como “diferente”, sofrendo com isso muitas vezes preconceito e julgamentos indevidos, essa pessoa acaba ficando em desvantagem em relação aos demais sujeitos, por esse motivo, esse indivíduo é tratado de maneira desigual pela comunidade que o rodeia, a partir de conceitos equivocados tidos pelos que o cercam, como por exemplo, acreditar que a pessoa não tem estudo, é delinquente, entre outros.

Tais relações associadas ao individuo impedem que a sociedade acredite no desenvolvimento potencial e cognitivo desses sujeitos.

Diante desse fato, este artigo tem enquanto relevância acadêmica e social, o intuito de desmistificar estigmas e estereótipos acerca das pessoas que compõem em seu vocabulário diversas variedades linguísticas, que devido ao pouco conhecimento de outras pessoas chegam a ser vistas de maneira negativa, pelo fato de apenas, não seguirem a norma PADRÃO.

Neste sentido, esperamos por meio desse artigo que a família, a escola e a sociedade, possam ressignificarem seus conceitos, acerca da pessoa que possui uma maneira de falar individual, e com isso pretendemos quebrar as barreiras que impedem esses sujeitos de se relacionarem com o mundo enquanto um ser ativo, interativo e com potencialidades a serem desenvolvidas, sejam elas quais forem.

APORTE TEÓRICO-METODOLÓGICO

Para trabalhar esta parte da pesquisa que trata do suporte teórico faz-se necessário falar primeiramente sobre a linguagem, sobre língua e fala e ainda destacar a importância que o processo de evolução da linguagem, teve para a formação das diversas variações da língua.

Com o devido conhecimento teórico podemos descrever os principais motivos para a formação do idioleto na fala de uma pessoa e o frequente uso das diferentes manifestações de variedades linguísticas, estas que se encontram no corpus desse artigo; há ainda neste, os dados do perfil do informante selecionado para a pesquisa, das normas utilizadas para a transcrição da entrevista, e o principal objetivo que pretendemos alcançar com a apresentação deste tema.

LINGUAGEM HUMANA

A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social. Ela é crucial a todos os seres humanos, seja da maneira que for, podendo ser encontrada por meio de sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). A linguagem é um fenômeno social, pois surge da necessidade de interação entre os homens, entretanto, ela não se apresenta pronta, o homem a constrói pela interação verbal, colocando o conteúdo em cada palavra.

“A linguagem tem um lado individual e um lado social, sendo impossível conceber um sem o outro.” (Saussure,1997)

Segundo Oliveira (1999, p. 42), “é a necessidade de comunicação que impulsiona, inicialmente, o desenvolvimento da linguagem”.

A linguagem humana pode produzir uma quase infinita variedade de pensamentos, uma pessoa sendo ainda criança, rapidamente se constata a manifestação de sua capacidade de fala, partindo inicialmente de sentenças de uma ou duas palavras, atingindo posteriormente expressões complexas com muitas palavras.

O ato da fala é notado por meio de uma língua, no entanto essa língua pode ser encontrada em vários idiomas; no português, por exemplo, são encontrados diversos dialetos, variadas formas de

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