A ALEGORIA DA CAVERNA
Por: 36046161827 • 27/5/2015 • Resenha • 1.300 Palavras (6 Páginas) • 568 Visualizações
ALEGORIA DA CAVERNA
O Mito ou Alegoria da caverna é uma passagem do livro do filósofo grego Platão ‘’ A República’’. Platão acreditava que existiam dois mundos, um novo mundo além da ilusão, um mundo dos sentidos e um mundo das idéias. É considerada uma das mais importantes alegorias da história da filosofia. Através dessa metáfora é possível conhecer uma importante teoria: Como, através do conhecimento é possível captar a existência do mundo sensível (conhecido através dos sentidos) e do mundo inteligível (conhecido através da razão).
No texto os prisioneiros são os seres humanos, que vivem a vida toda acorrentados em uma caverna. Eles só enxergavam sombras do mundo real, porque viviam no escuro, que para eles ‘’aquele era o mundo’’, não conheciam as coisas verdadeiras e reais.
Ao ser liberto da caverna, o prisioneiro sai dela e enxerga com dificuldade, pois seus olhos doem pela luz forte do sol, mas ele fica maravilhado com as cores e luzes que vê, quando volta para falar com seus colegas sobre essa maravilha, eles não acreditam , e se ele ficasse insistindo , os presos até o matariam.
Essa história mostra pessoas que não querem enxergar a realidade, fazem fantasias, vive no ‘’mundo’’ delas sem explorar novos horizontes, sem explorar a verdade realmente. Quando o prisioneiro se liberta da ‘’caverna’’ e descobre o mundo real, seus olhos doem e ele tem uma dificuldade para enxergar, mas consegue; e dali ele vê o sol que passa a ser uma verdade para ele, que é difícil de ver, mas que existe e é gratificante. Platão também nos ensina o que devemos aprender. Aprender a ver não só o que as pessoas que tem o poder nos mostram, mas ver além das coisas concretas, mostrar a realidade do homem que não tem conhecimento, o saber, o entender.
Quando o prisioneiro que saiu da caverna e viu o sol pela primeira vez volta para contar aos demais que ficaram presos o que tinha visto, ninguém acreditou nele, porque esses preferiam acreditar em suas próprias ‘’realidades’’, então com tudo isso o prisioneiro liberto acabou sendo visto como um louco pelos outros prisioneiros, quando na verdade ele foi inteligente em querer avisar os demais e mostrar a real liberdade.
As sombras projetadas na parede são as aparências captadas por meio de sentido e tomada como reais ou mundo sensível. As coisas naturais e o mundo fora da caverna que os prisioneiros não vêem é o mundo inteligível, no qual a idéia é de bem estar representada pelo sol.
Um dos prisioneiros consegue se libertar das correntes e sair da caverna, conhecendo o mundo real, esse prisioneiro que se libertou e que quis libertar os demais para o mundo real representa o Filósofo.
Os seres humanos têm uma visão distorcida da realidade. No mito somos nós os prisioneiros que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante toda a nossa vida. A caverna simboliza também o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da ‘’caverna’’.
Somente aqueles capazes de superar o medo e a dor de mover seus músculos para se livrarem das correntes, poderão contemplar a beleza no mundo inteligível com olhos inutilizados. Platão nos mostra com seu mito a pluralidade de pensamentos, a visão da natureza humana, a teoria das idéias e o doloroso processo mediante o qual nós humanos chegamos ao conhecimento, em uma visão mais ampla e filosófica das idéias.
Os símbolos: os prisioneiros representam o homem na medida em que ele vive inserido no mundo sensível e seus valores, o conhecimento de si mesmos como sombras faz referência a identificação da realidade humana com o corpo. A liberação do prisioneiro é o descobrimento de um mundo verdadeiro, o mundo das idéias. Quando o prisioneiro é libertado, reconhece os objetos na caverna, sobe ao mundo exterior e reconhece os objetos do mundo exterior. O filósofo libera moral e intelectualmente sua alma das suas limitações e correntes do corpo do mundo sensível e acende ao mundo inteligível, essa é a prática da dialética e da filosofia.
Quando se reconhece a si mesmos no mundo exterior por meio da prática da filosofia, começam a identificar a realidade humana com a alma.
O destino do homem não é no mundo físico e sim no absoluto e divino mundo das idéias, pelo que é necessário a dialética e filosofia para o cumprimento deste destino.
Quando o prisioneiro volta a caverna, significa que o filósofo não pode se limitar a uma mera contemplação das idéias e tem a obrigação moral de ajudar a ‘’libertar’’ as demais pessoas .
Quanto ao assassinato que não aconteceu do prisioneiro que se libertou e que voltou para contar para os demais, Platão demonstra o processo de morte de Sócrates e de todos aqueles que insistem em mostrar a verdade aos homens.
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