A ANÁLISE CENA FILME TEMPOS MODERNOS
Por: Monica Fernandes • 28/9/2021 • Resenha • 567 Palavras (3 Páginas) • 292 Visualizações
DISCENTE: Mônica F. Fernandes Clacino
DISCIPLINA: Trabalho e Educação
RESUMO DO FILME: TEMPOS MODERNOS
O FILME TEMPOS MODERNOS FOI ESCRITO, PRODUZIDO E DIRIGIDO POR CHARLIE CHAPLIN .
O FILME TEMPOS MODERNOS RETRATA A VIDA URBANA NOS ESTADOS UNIDOS NOS ANOS DE 1930 APÓS A CRISE DE 1929, QUANDO GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO SOFRE UMA DEPRESSÃO PELO DESEMPREGO E FOME.
A HISTÓRIA NARRA À VIDA DE CARLITOS, UM TRABALHADOR COMUM INTERPRETADO POR CHAPLIN QUE TRABALHA NUMA GRANDE FÁBRICA DE LINHA DE MONTAGEM. , ONDE O TRABALHO É TOTALMENTE CANSATIVO, REPETITIVO E ALIENANTE, SUA ÚNICA FUNÇÃO É A DE APERTAR PARAFUSOS. DEVIDO A ESTE TIPO DE TRABALHO ESTRESSANTE, CARLITOS PERDE O CONTROLE E ACHA QUE TUDO QUE SE PARECE COM PARAFUSOS DEVE SER APERTADO E COM ISSO É DEMITIDO E INTERNADO EM UM HOSPITAL.
O FILME É UMA DENÚNCIA DA VIOLÊNCIA DA INDUSTRIALIZAÇÃO, DO PROGRESSO PARA ALGUNS, Á CUSTA DA EXPLORAÇÃO DOS OPERÁRIOS E DO DESCASO DA SOCIEDADE PARA COM OS POBRES DESEMPREGADOS EM GERAL.
ANÁLISE DA CENA
ANALISANDO A CENA DE QUANDO CHAPLIN SAI PARA IR AO BANHEIRO NOTA-SE QUE ALI ERA SUA HORA DE DESCANSO. DURANTE O PERCURSO ELE CAMINHA REPETINDO OS MOVIMENTOS MECANIZADOS E PERCEBE-SE QUE ELE ESTÁ TOTALMENTE ALIENADO AO TRABALHO EXERCIDO NA ESTEIRA.
SEGUNDO BRAVERMAN (2012) O TRABALHO É INALIENÁVEL AO INDIVÍDUO HUMANO E SEGUNDO ANTUNES/PINTO (2017) EVIDENCIA SOBRE O TAYLORISMO UM CONTROLE SOBRE O CORPO E A MENTE DOS TRABALHADORES (ALIENAÇÃO). E CITA QUE FORD SUPEROU TAYLOR AO CRIAR UM ESPAÇO ARTICULADO ENTRE FERRAMENTAS, MÁQUINAS E TRABALHADORES (ESTEIRA).
QUANDO CARLITOS SE APROXIMA DO BANHEIRO VEMOS UM RELÓGIO DE PONTO QUE MARCA 1/2 DIA, DANDO A ENTENDER QUE ALI METADE DA JORNADA DO TRABALHO FOI CUMPRIDA. E ANTES DE ENTRAR, CARLITOS BATE O CARTÃO. ELE ACENDE UM CIGARRO PROVAVELMENTE NO INTUITO DE RELAXAR, MAS DE REPENTE SURGE NA GRANDE TELA O PRESIDENTE DA EMPRESA MANDANDO-O VOLTAR PARA O TRABALHO. ELE SAI E NOVAMENTE MARCA O PONTO, SUBTENDENDO-SE QUE ALÉM DE NÃO TER DIREITO A USUFRUIR DESSE DESCANSO, ESSE HORÁRIO ERA DESCONTADO. O OPERÁRIO TEM DE SER UMA MÁQUINA OPERANDO OUTRA MÁQUINA.
A CENA MOSTRA QUE O TRABALHADOR NÃO ERA RESPEITADO EM NENHUMA SITUAÇÃO, POIS MESMO ESTANDO NO MOMENTO DE DESCANSO E DENTRO DE UM BANHEIRO NÃO TINHA SUA PRIVACIDADE RESPEITADA, ERA CONTROLADO POR CÂMERAS. MOSTRA O QUANTO ESSA RELAÇÃO DE CONTROLE ERA ABUSIVA CONTRA O TRABALHADOR.
BRAVERMAN (2012) CITA EM SEU LIVRO QUE O PAPEL DA ESCOLA DE TAYLOR VOLTA-SE PARA O CONTROLE DOS TRABALHADORES NO QUE DIZ RESPEITO À PRODUÇÃO (CONTROLE DO TRABALHO ALIENADO, SUPERVISÃO, CRONOMETRAGEM, JORNADA DE TRABALHO CONTROLADA); E SOBRE A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO COMO MERCADORIA, ONDE O PROCESSO DE TRABALHO NÃO É MAIS PARA CRIAR VALORES ÚTEIS, SIM PARA CRIAR LUCROS. TAYLOR QUIS DIZER QUE A MÃO DE OBRA É QUE TEM VALOR, NO CASO O TRABALHO EM MASSA, FICANDO BEM CLARO QUE NÃO VALORIZAM O CAPITAL HUMANO, SÓ SE PREOCUPA COM A PRODUÇÃO EM MASSA.
ANTUNES/PINTO (2017) FORD ASSIM COMO TAYLOR CRIOU AS PASTAS DE TRABALHO EM QUE AS ATIVIDADES TINHAM DE SER REALIZADA UNIFORMEMENTE E EM DETERMINADO PERÍODO DE TEMPO (INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO, MONOTONIA, REPETIÇÃO, CONTROLE DO TEMPO).
EMBORA O FILME TENHA SIDO EXIBIDO HÁ 86 ANOS, O CAPITALISMO SELVAGEM, COMO DIZ OS TITÃS EM SUA MÚSICA DE 36 ANOS SE MOSTRAM LATENTES NOS DIAS ATUAIS, MESMO COM TANTA EVOLUÇÃO CONTINUAMOS OS MESMOS OPERÁRIOS REPETITIVOS E NA MESMA ROTINA.
A GERÊNCIA CIENTIFICA DE TAYLOR, AINDA INFLUENCIA E MUITO NA ADMINISTRAÇÃO MODERNA E NA RELACAO DO CONTROLE.
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