A Aula Argumentação
Por: Felipe Matos • 18/3/2022 • Bibliografia • 2.875 Palavras (12 Páginas) • 69 Visualizações
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Aula
A qualidade de vida e
a saúde da comunidade
escolar
2ª
Sejam todos e todas bem-vindos e bem-vindas!
A segunda aula nos traz um tema de grande relevância, pois trata sobre a
qualidade de vida de todos os envolvidos no ambiente educacional. Professores, alunos, familiares, equipe escolar, estes são os atores que dia a
dia fazem da escola um lugar de vida e de viver bem. Um ótimo estudo a
todos(as), leiam atentamente a aula, consultem, pesquisem arquivos e se
ainda persistirem dúvidas entrem em contato via quadro de avisos na nossa
plataforma CEAD.
Grande abraço,
Profa. Stela Victório Faustino.
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• identificar aspectos da avaliação da saúde e da qualidade de vida no ambiente
educacional;
Objetivos de aprendizagem
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO II - Stela Victório Faustino
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• conhecer como a saúde e a qualidade de vida impactam no processo de ensino
e de aprendizagem;
• identificar possibilidades na atuação multiprofissional;
• abranger a Psicologia da educação enquanto uma área com diversas formas de
atuação.
Seção 1 - Saúde e qualidade de vida na educação
Seção 2 - Atuação em saúde e qualidade de vida na educação
Seção 3 - A teoria sobre a saúde nas escolas
Nos anos próximos a 1980 e 1990, a saúde foi um assunto bastante pensado na
Psicologia escolar, que deu um salto de qualidade ao abandonar o enfoque clínico em favor
do modelo pedagógico. Redirecionaram a atenção do indivíduo, sua doença e dificuldades
dentro da escola para uma concepção mais preventiva e voltada à saúde psicológica. Iniciou-
-se o olhar sistêmico, que incluiu uma visão cultural e histórica da escola e dos fenômenos
educativos. O aluno, anteriormente considerado um indivíduo com problemas, passa a ser
considerado um indivíduo em processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.
Para que novas formas de pensar fossem elaboradas, a Psicologia Escolar passou por
eventos de organização, regulamentação e discussão. Inicialmente, no “Primeiro Congresso
Nacional de Psicologia Escolar”, em Valinhos-SP, foi criada a ABRAPEE (Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional). Também na mesma época houve o XVII Congresso Internacional de Psicologia Escolar - Campinas-SP, juntamente com o II Congresso
Nacional de Psicologia Escolar. Antes mesmo disso, em meados e 1970, com a publicação da
Lei Federal 5.766/71, promulgou-se sobre a criação dos Conselhos de Psicologia e a obrigatoriedade de registro para a atuação como psicólogo e foi nesse momento que muitos pedagogos puderam se registrar e permaneceram na área da Psicologia Escolar, o que nos faz pensar
na relação entre essas duas áreas: Psicologia e Pedagogia.
De acordo com orientações do Conselho Federal de Psicologia (2016, p. 3), algumas
reflexões importantes passaram a nortear pesquisas na área da Psicologia Escolar e Educacional. Principalmente aquelas que apontaram para a busca da relação entre saúde/doença,
prevenção/tratamento, educação/terapia, além do próprio estudo sobre a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação e suas implicações para a atuação psicológica na instituição escolar. Há
Seções de estudo
Seção 01 Saúde e qualidade de vida na educação
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também uma preocupação constante em reavaliar os modos de atuação do psicólogo ou da
psicóloga frente às queixas escolares, implicando repensar seu papel para além da avaliação
e da disciplina, considerando assim uma ampliação no olhar e na prática.
De forma geral, a busca por identidade pessoal e coletiva pode acontecer resultando
da ação do psicólogo, baseado em um modelo de intervenção que pode substituir o poder
social vigente que se caracteriza por forças hegemônicas (de poder) em detrimento das necessidades sociais, dos excluídos que vivem à margem de um sistema onde poucos têm direitos,
à cultura, educação, saúde, habitação, trabalho e descanso.
Há a necessidade de trabalhar um modelo de atuação do psicólogo que esteja mais
próximo ao entendimento do papel do estado na vida em sociedade, das políticas econômicas que concentram o poder político nas mãos daqueles que concentram poder econômico e
atuam na formulação, implantação e avaliação de políticas sociais e públicas que se propõem
a produzir impacto no cotidiano e na vida da população brasileira e, no entanto, acabam por
legitimar os mecanismos de exclusão social, minorando a dor e os problemas de poucos e
deixando de lado a maioria que, a cada dia, nem chega a se beneficiar do direito de melhor
qualidade de vida.
O trabalho do psicólogo escolar/educacional, segundo Manual de práticas da Psicologia escolar e educacional (2019, p. 23), tem como princípio
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