A Carta de Anitta Malfat Respondendo a Crítica Feita por Monteiro Lobato

Prezado Sr. Lobato,

Espero que esta carta o encontre bem. Estou escrevendo para responder às suas recentes críticas à minha arte em seu artigo intitulado "Paranóia ou Café?" publicado no jornal Estadão.

Antes de tudo, deixe-me enfatizar que valorizo sua opinião e sua contribuição para o cenário cultural do Brasil. Entretanto, sinto-me obrigado a abordar alguns dos pontos que você levantou em seu artigo, os quais, creio, se baseiam em mal-entendidos e equívocos.

Você afirmou que meus quadros são "doentes" e "degenerados", e que eles são influenciados por movimentos artísticos estrangeiros, como o Cubismo e o Futurismo. Embora seja verdade que fui inspirado por estes movimentos, também incorporei elementos da cultura e do folclore brasileiros ao meu trabalho. Por exemplo, em minha pintura "A Negra", retratei uma mulher negra de maneira digna, celebrando sua beleza e força. Esta é uma homenagem direta à nossa rica herança africana, e é um tema que I am passionate about exploring through my art.

However, I was surprised and disappointed to read Monteiro Lobato's criticism of my work in his article "Paranóia ou Mistificação." In it, he refers to my paintings as "aesthetic rubbish" and goes so far as to call me a "mentally sick" artist.

I must admit that I was hurt by Lobato's harsh words, but I also understand that not everyone will appreciate my artistic vision. It is inevitable that some people will dislike my work or find it incomprehensible.

But what I take issue with is Lobato's accusation that my art is responsible for "debilitating the spirit of our youth." This is an unfair and unfounded claim, and it reflects a narrow-minded view of what art and creativity can do for society.

My art is not meant to "debilitate" anyone. On the contrary, it is meant to inspire and challenge people to see the world in new and exciting ways. Prezado Monteiro Lobato,

Recebi sua crítica em relação à minha exposição de arte e gostaria de lhe agradecer por ter dedicado seu tempo para analisar meu trabalho. No entanto, gostaria de esclarecer alguns pontos que foram mal interpretados.

Primeiramente, gostaria de afirmar que o principal objetivo da minha arte não é agradar ao gosto geral da sociedade, como você parece sugerir. Acredito que a arte deve ser uma forma de expressão livre e autêntica, sem se preocupar com as convenções estabelecidas pela sociedade. Isso significa que alguns podem gostar do meu trabalho, enquanto outros podem não apreciá-lo.

Em segundo lugar, sua crítica parece sugerir que minha arte se baseia na cópia de influências estrangeiras. Gostaria de destacar que, embora eu tenha estudado em Paris e