A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Por: lulu14 • 19/10/2017 • Trabalho acadêmico • 1.709 Palavras (7 Páginas) • 1.120 Visualizações
A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Aluno
Professor- .......
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Graduação - Pedagogia (PED......) –
15/04/2015
RESUMO
Vivemos em uma época marcada por aceleradas transformações, e todo indivíduo deve poder partilhar das riquezas e conhecimentos socialmente produzidos, exercendo plenamente sua cidadania e para tanto deve ter oportunidade de estudar. A educação bem estruturada e pensada como uma modalidade de ensino que atenda a jovens e adultos que não tiveram oportunidade de frequentar a escola na idade adequada, propicia aos mesmos uma educação de qualidade que serve, principalmente, para formá-los como cidadãos. Essa modalidade de ensino, também chamada de EJA contribui e muito para diminuir as desigualdades entre os que permaneceram na escola e os que por algum motivo tiveram que abandona-la. Principalmente no EJA a aprendizagem ocorre através do ensino significativo que acredita que o homem alfabetizado e letrado pode transformar sua realidade, e assim ela é uma possibilidade de liberdade para o aluno. Isto inclui que eles recebam conhecimentos capazes de desenvolver uma consciência maior do seu papel e função no mundo e um aprendizado que lhes propicie viver melhor em todos os sentidos em sociedade. A aprendizagem deve ser um processo continuo, é querer, compartilhar, dar sentido, interpretar, expressar e viver
Palavras-chave: Aprendizagem. EJA. Cidadão.
1 INTRODUÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino com o objetivo de permitir que pessoas adultas, que por algum motivo não tiveram a oportunidade de frequentar a escola na idade certa, possam estudar.
É um lugar onde práticas e reflexões que ultrapassam a simples escolarização se complementam, onde um novo pensar acerca das políticas educacionais e das propostas de inclusão desses educandos deve ser apresentada.
Esta aprendizagem pode e deve ir muito além do ensinar a ler e escrever, pois só alfabetizar não basta, é somente a primeira parte do processo. É preciso garantir um desenvolvimento social justo e igualitário a estes alunos, é preciso letra-los e a abordagem metodológica deve ser desenvolvida abordando conteúdos equivalentes ao das crianças, mas com uma linguagem adulta e que vá ao encontro daquilo que esse público deseja.
A educação é um dos maiores instrumento de mudança, através dela o homem consegue compreender melhor a si mesmo e ao mundo em que vive. A metodologia voltada à formação de cidadãos mostra aos alunos que o estudo faz diferença no seu cotidiano.
O professor do EJA deve integrar os alunos na vida escolar, e usar a experiência deles em sala é muito importante para que eles se sintam mais seguros. Essas são algumas das chaves para o professor abrir as portas da escola àqueles que demoraram tanto para chegar até ela. Ele deve ter um novo olhar sobre a educação, buscar novas abordagens, deixando os alunos se sentirem mais seguros e confiantes e assim mais aptos a aprender. De acordo com Fernández (1991, p.52): “não aprendemos de qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar”. E sabemos que para o aluno o professor é esta pessoa.
2 O ENSINO DE JOVENS E ADULTOS
A Educação de Jovens e Adultos é muito importante, pois é destinada aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. Ela foi regulamentada pelo artigo 37 da Lei de Diretrizes e Bases da educação (a LDB, ou lei nº 9394.3 de 20 de Dezembro de 1996). É um dos segmentos da educação básica que recebem repasse de verbas do Fundeb.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental foram publicadas em três segmentos e estão disponíveis no site do MEC. Já o currículo para o EJA no Ensino Médio utiliza como referência a Base Nacional Comum, que deve ser complementada por uma parte que atenderá a diversidade dos estudantes. Seu principal objetivo é desenvolver o ensino fundamental e médio com qualidade, para as pessoas que não possuem idade escolar e oportunidade. Para PAIVA (1973, p.16):
A educação de jovens e adultos é toda educação destinada àqueles que não tiveram oportunidades educacionais em idade própria ou que a tiveram de forma insuficiente, não conseguindo alfabetizar-se e obter os conhecimentos básicos necessários.
Apesar de durante muito tempo, ter o intuito de apenas superar o atraso daqueles que não sabiam ler e escrever hoje em dia vai muito, além disso, se preocupando para que o aluno tenha um aprendizado significativo considerando todas as experiências vividas pelos alunos. Dentro dessa ótica, Paulo Freire afirmava a importância da educação como um espaço de construção:
A estrutura social é obra dos homens e que, se assim for, a sua transformação será também obra dos homens. Isto significa que a sua tarefa fundamental é a de serem sujeitos e não objetos de transformação, tarefa que lhes exige, durante sua ação sobre a realidade, um aprofundamento da sua tomada de consciência da realidade, objeto de atos contraditórios daqueles que pretendem mantê-la como está e dos que pretendem transformá-la (FREIRE, 2002, p. 48).
Como a maioria dos professores sabem, é grande o esforço dos pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, na tentativa de buscar alternativas para auxiliar e facilitar o processo dinâmico que é a aprendizagem. Mas de nada elas valem sem o seu comprometimento, ele deve estar em constante busca e aprendizado tendo um novo olhar sobre a educação e mediando a aprendizagem de seu aluno, para que esta seja significativa.
Pois um ambiente prazeroso e rico em estímulos é um ambiente onde o aprendizado ocorre. De acordo com Oliveira (2000, p.158):
O ambiente, com ou sem o conhecimento do educador, envia mensagens e, os que aprendem, respondem a elas. A influência do meio através da interação possibilitada por seus elementos é contínua e penetrante. As crianças e ou os usuários dos espaços são os verdadeiros protagonistas da sua aprendizagem, na vivência ativa com outras pessoas e objetos, que possibilita descobertas pessoais num espaço onde será realizado um trabalho individualmente ou em pequenos grupos.
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