A EDUCAÇÃO E SEXUALIDADE

As representações de gênero e de sexualidade constituem homens e mulheres. Nessa perspectiva, não cabe perguntar se uma representação “corresponde” ou não ao real, mas o importante é observar como elas produzem sentidos e quais os efeitos que tais representações estabelecem sobre os sujeitos, ou seja, como eles e elas constroem o “real”. A partir de diferentes discursos e por meio de inúmeros artefatos culturais, as representações são acionadas e reiteradas. Tais representações são constantemente praticadas no ambiente escolar com base nas identidades de gênero e em sexualidades dissidentes. Assim, de que forma devemos (na qualidade de docentes e discentes) articular as diferenças e as interseções entre as identidades de gênero e as sexualidades no ambiente escolar?

A escola é um dos ambientes fundamentais onde as crianças se desenvolvem a partir de suas experiências no meio social, portanto, é necessário que o pedagogo tenha um olhar atento e acolhedor dando oportunidades para que as crianças tenham voz e sejam representadas, para que a barreira do preconceito seja quebrada antes mesmo de existir. Eles devem se sentir livres para se expressarem e demonstrarem entendimentos ou questionamentos. Além disso, a família é um dos pilares nessa construção, é crucial a disposição de entender, acolher e permitir a construção do ser da criança, em desenvolvimento, rompendo o que foi imposto pela sociedade patriarcal.

A sexualidade deve ser entendida a partir da vontade de ser e saber, é necessário dominar o assunto. A escola deve demonstrar apoio às crianças e famílias por permitirem que estes tenham acesso à informação, que tenham a chance de construir seu direcionamento próprio em favor da construção de identidades sexuais e de gênero, por realizar palestras, disponibilizar material educativo ou incluir nas disciplinas das aulas.

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