A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Por: Fabiola Priscila Miranda Galindo • 24/5/2018 • Trabalho acadêmico • 2.455 Palavras (10 Páginas) • 361 Visualizações
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................3
2 FATORES HISTÓRICOS E SOCIAIS DO EJA.......................................................4
2.1 Função social da escola no ensino da EJA..........................................................6
2.2 Contribuições de Paulo freire para o ensino de jovens e adultos..........................7
3 PROJETO PARA O ASILO DO IDOSO................................................................9
4 CONCLUSÃO.....................................................................................................11
REFERÊNCIAS 11
- INTRODUÇÃO
O Presente trabalho tem como temática: A Escolarização de Jovens e Adultos foi realizada a partir de bibliográficas e da vivência pedagógica ao longo das aulas das disciplinas estudadas, tendo como intuito descrever como surgiu este projeto de alfabetização conhecido pela sigla EJA no Brasil, trazendo uma breve abordagem sobre sua trajetória histórica, política e social a cerca desta, onde a educação dos jovens e adultos passa a ser um direito e não um ato de solidariedade, observando também os preconceitos advindos do meio social das pessoas ditas “analfabetas”, e ao mesmo tempo explanar quais os desafios que os docentes virão enfrentar ou enfrentarão para lhe dá com estes discentes, proporcionando assim uma abordagem histórica e social para os futuros professores que atuarão com este público.
- FATORES HISTÓRICOS E SOCIAIS DO EJA
A Educação de Jovens e adultos é uma modalidade de educação diferenciada por ter pessoas fora da idade escolar, porém com vivência de mundo que não se têm na alfabetização de crianças em alfabetização regular. A Educação de começou com os jesuítas na época colonial que começaram por alfabetizar as crianças, porém os índios adultos foram também submetidos a esta alfabetização, porém com a saída dos Jesuítas em 1759, a educação ficou a cargo do império que só educava as pessoas que eram de pessoas brancas e do sexo masculino excluindo os demais. Após isso a Constituição imperial de 1824, criou uma lei para ofertar educação primária para todos, no entanto ficou apenas no papel. Segundo Bastos e Stephanou: Havia uma grande discussão em todo o Império de como inserir as chamadas camadas inferiores (homens e mulheres pobres livres, negros e negras escravos, livres e libertos) nos processos de formação formais. E a partir do Ato Constitucional de 1834, ficou sob a responsabilidade das províncias a instrução primaria e secundária de todas as pessoas, mas que foi designada especialmente para jovens e adultos. É importante ressaltar que a educação de jovens e adultos era carregada de um princípio missionário e caridoso. O letramento destas pessoas era um ato de caridade das pessoas letradas às pessoas perigosas e degeneradas. “Era preciso ‘iluminar’ as mentes que viviam nas trevas da ignorância para que houvesse progresso” (STEPHANOU; BASTOS (orgs), 2005, p. 261). Sendo assim, a educação de Jovens e adultos não era dito como direito mais sim como um ato de caridade. A partir daí acreditava-se que toda pessoa analfabeta era burra e incapaz de pensar por si próprio. A Lei Saraiva em 1881, sancionou assim que só teriam direito ao voto as pessoas alfabetizadas excluindo os demais, inclusive as pessoas que tinham renda mais eram analfabetas, fazendo assim que apenas uma pequena minoria votasse. No início do século XX, as pessoas acreditavam que o analfabetismo era algo a ser combatido, porque atrapalhavam o desenvolvimento do país, sendo assim surgiu a idéia de alfabetizar as pessoas analfabetas para que elas não atrapalhassem este desenvolvimento.
Nesse período, entre a Proclamação da República e o início da década de 20, a democracia brasileira vai se fortalecendo “segundo os desígnios dos setores vinculados à burguesia agrário-comercial dos centros produtores da região centro-sul, onde a burguesia paulista detinha uma posição hegemônica” (MANFREDI, 1981, p.28). Na década de 20, há uma revolução na política brasileira articulada pela classe média urbana e setores da própria classe dominante que não tinham interesse no comércio do café. Com a vitória da Aliança Liberal (Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba) em 1929, a política brasileira se encontrava num “vazio de poder, porque havia um colapso no poder da burguesia cafeeira e uma incapacidade das demais frações para assumi-lo” (FAUSTO. 1972 p. 112). Na década de 40 é que começa a fase dos movimentos sociais ligados a educação, em 1934 foi criado o plano nacional de educação prevendo a alfabetização primária de Jovens e adultos, 1938 INEP foi criado o que contribuiu efetivamente por meio das suas pesquisas e estudos, e a partir daí este movimento contra o analfabetismo foi criando força em 1942 surgiu o Fundo Nacional do Ensino Primário incluindo o supletivo para Jovens e adultos. E, assim foram surgindo outros programas, ONGs e leis que regulamentam esse processo de alfabetização para este público. A Constituição Federal do Brasil de 1988 incorporou como princípio que toda e qualquer educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CF. Art. 205). Retomado pelo Artigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96, este princípio abriga o conjunto das pessoas e dos educandos como um universo de referência sem limitações. Assim, a Educação de Jovens e Adultos e Idosos, modalidade estratégica do esforço da Nação em prol de uma igualdade de acesso à educação como bem social, participa deste princípio e sob esta luz deve ser considerada. Constituição Federal de 1988, que em seu artigo 208, assegura a educação de jovens e adultos como um direito de todos:
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