A Educação de Jovens e Adultos
Por: 123242 • 22/7/2020 • Resenha • 1.463 Palavras (6 Páginas) • 128 Visualizações
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO IBITURUNA - ISEIB
NOME: ANA LÚCIA DOS SANTOS AREIAS
CURSO: COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
DATA: 21/08/2017
RESENHA CRÍTICA
BASES SOCIOANTROPOLÓGICAS DOS DESCENDENTES AFRICANOS E POVOS INDÍGENAS
O Módulo das Bases Socioantropológicas dos Descendentes Africanos e Povos Indígenas, contem sete unidades, bem distribuídas, facilitando a assimilação do educando em relação aos conteúdos a serem estudados. O material se apresenta de forma acadêmica e científica. Apresentando uma compilação com ideias de vários autores, incluindo os clássicos, não se tratando, portanto, de uma redação original.
A Antropologia vem se evoluindo e encontrando seu espaço e lugar nas ciências. Os objetivos principais da Antropologia é estudar o homem como ser biológico, social e cultural.
Na 1ª Unidade - “Entendendo a Antropologia” e seus subtemas, conceitos e ramificações, dos primórdios da Antropologia ao século XIX.
Segundo Queiroz, a melhor maneira de conhecer Antropologia é traçando a sua história, não sendo uma ciência exata, tendo um campo de atuação muito vasto.
A Antropologia está especializada em áreas científicas que se divide em: Antropologia física – estuda o homem sob o seu aspecto biológico e Antropologia social e cultural – tem relações estreitas com a etnologia e com a sociologia (COLLEYN, 2005,p.48). Outras ramificações: Linguística, Pré-história, Psicológica. A finalidade da antropologia é fornecer maior número possível de estudos dos seres humanos, sendo que cada um é produto de sua experiência cultural. (p.10).
Na 2ª Unidade – “Formação do Sujeito Brasileiro – As Nossas Raízes”, nessa unidade o autor trata da formação do sujeito brasileiro, sob o ponto de partida da constituição da sociedade brasileira, embasado na obra de BUARQUE DE HOLANDA (1995) e outras leituras da sociologia clássica (p.11). O autor faz uma comparação com os brasileiros em relação aos povos norte americano, citando como “primos ricos” a qual o brasileiro dá mais valor do que os da nossa própria cultura. E segundo o autor, os brasileiros deixam de lado os seus antepassados, sua raiz imigrante e africana (p.13). Este capítulo trata de assuntos ligados ao racismo, as práticas discriminatórias e outros. No subitem 2.1 – A nossa formação étnico-racial, segundo DAMATTA (1986,p.37), no Brasil o processo de miscigenação para os pensadores era visto como algo totalmente revoltante (p. 18). Citam vários teóricos, Buckle, Couty e Agassiz e tantos outros, tinham em suas observações pavor a miscigenação. Para eles a concepção de um sujeito por diferentes raças resultaria em fracasso (p.19).
Na 3ª Unidade – Migrações – Foco no Brasil – A formação populacional brasileira advém das cinco fontes migratórias: os nativos, os portugueses, os negros, a imigração europeia e os imigrantes oriundos de várias origens. Composição étnica: brancos, negros, indígenas, pardos, mulatos, caboclos e cafuzos (p.24-26). No subitem - Movimentos migratórios e a xenofobia, são questionados os motivos das migrações, que podem ser motivados por questões econômicas, a fatores de atração, entre outros. E o elo com a globalização, com consequências positivas, ou negativas como é o caso da xenofobia. No subitem – Imigrantes – a apostila faz um apanhado geral da história da imigração de cidadãos de diversos países, e os movimentos migratórios para o Brasil. Os motivos que levaram esses povos a se deslocarem de seus países de origem e se imigrarem nos estados brasileiros. Começando com o Japão, Árabe, China, Espanha, Itália, Portugal, Coreia, Lituânia, Rússia, Colombianos, Bolivianos e Haitianos. Locais, cidades e bairros que se estalaram, atividades exercidas e como vivem até os dias de hoje. No subitem – Migrações brasileiras – os motivos que levaram esses brasileiros a se deslocarem de um estado para outro.
Na 4ª Unidade – Etnia, Raça e Multiculturalismo, começando no subitem – Classificação de cor raça do IBGE, apresenta a classificação do (IBGE-2006) que acontece de acordo com a cor ou raça e a divisão por categorias: brancos, pardos, pretos, amarelos e indígenas. A composição de cor e raça é verificada pela autodeclaração. A apostila apresenta a porcentagem de cor e raça e as regiões que estão espalhados nos territórios brasileiros de acordo com o CENSO do ano. BRANCOS: consideram-se brancos os descendentes diretos ou indiretos ou predominantes de europeus e de outros povos de cor branca. PARDOS: são pessoas que se declaram mulatas (canção)s, caboclas, cafuzas, mamelucas ou mestiças de negro com pessoa de outra raça. NEGROS: consideram se negros todos os descendentes dos povos africanos trazidos para o Brasil e que têm o fenótipo caracterizado africano. POVOS INDÍGENAS: consideram-se índios todos os descendentes puros dos povos autóctones do Brasil e/ou que vivem no ambiente cultural tradicional dos mesmos. AMARELOS – de origem asiática (p.38-41). No subitem - Etnia e raça – Segundo Silva e Silva (2006), o conceito de etnia vem ganhando espaço cada vez mais nas ciências sociais a partir das crescentes críticas ao conceito de raça. O terno Etnia criado por Vancher de Lapouge, antropólogo, elaborando esse conceito para se referir às características não abarcadas pela raça. Em definição etnia sendo um agrupamento humano baseados em laços culturais compartilhados, diferenciando do conceito de raça. Segue varias definições, exemplificando grupos e como se identificam com a etnia. Raça e etnia são dois conceitos relativos a âmbitos distintos. Raça refere-se ai âmbito biológico e Etnia ao âmbito cultural (p.42-43). O subitem – Multiculturalismo: definições e surgimento, segundo Chiappini (2001) o multiculturalismo pode ser entendido de várias maneiras. As múltiplas misturas raciais e culturais, migrações, estudos antropológicos e as consequências do processo de globalização, são questionados por vários teóricos(p.43-46). No Subitem - O Currículo, etnia e diversidade cultural : o racismo, ideologias raciais e a Lei Federal nº 10.639/03 , que altera a LDB nº 9.394/96, tornando obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana , no âmbito do currículo e estabelecimentos de ensino público e privado. Sendo assim torna-se importante conhecer e valorizar a história do povo brasileiro. O currículo possui varias definições em que estão sendo tratados neste subitem e a maneira que deve ser elaborado, ao incluir questões étnico-raciais, reconhecendo as diferenças, nas relações culturais e sociais. A falar da diversidade étnica, cultural e escolar, dá visibilidade ás diferenças dos sujeitos. A escola deve assumir a diversidade e posicionar-se contra as diversas formas de dominação, exclusão e discriminação (p.47-49).
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