A Educação Lúdica

CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO

TATIANA CRISTINA DE CARVALHO

RA 8058134

EDUCAÇÃO LÚDICA

Revivendo a Infância

Batatais - São Paulo

2019

Com um mundo acelerado em informações e tecnologias, talvez nos falte tempo para recordar da nossa infância. Talvez nos falte tempo e talvez nos falte aquele sentimento que outrora fora tão doce e ingênuo. É certo que não se faz mais crianças como antigamente, nem sonhos, nem brincadeiras. A cada geração, perde-se mais da pureza e da inocência; do significado de uma roda de amigos; de troca de papeis de cartas; de joelhos esfolados; de piquenique na calçada; de quem sobe primeiro na árvore; de quem consegue andar com o salto da mãe, da tia, da irmã; do pique esconde; do pega-pega; da conversa olhada nos olhos; do abraço apertado; das relações de afetividades que se criava e não se desfazia, porque a amizade era sincera, não perecível; não haviam rótulos, não haviam interesses e objeções. Não era sobre quem tem mais, nem de quem vai, mas de vamos todos – eram todos por todos! Ah, que triste pensar que os meus filhos não poderão ter essas lembranças; que não saberão o que é subir no pé de manga ou de carambola e saborear da fruta tirada ali fresquinha e sem lavar mesmo, porque naquela época... ah, naquela época podia, não havia ganância, não havia agrotóxicos.

Como foi saudável a minha infância. O aperto de mão era quente, mas não por segurar por tanto tempo um aparelho celular; as roupas eram bonitas, mas não por serem de marca; a casa tinha alegria, mas não por contar quantos carros tinham na garagem; as pessoas eram ricas, mas não por suas contas bancárias. Eu amei a minha infância, eu brinquei de acordo com cada etapa cronológica, eu soube o que era brincar e sobretudo ser criança. O brincar amadurece, desenvolve e transforma. A minha infância me fez ser quem eu sou hoje, sensível, sonhadora e uma criança que não cresceu; que nunca cresce...!

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