A Educação de Jovens e Adultos
Por: Natália Borba • 25/1/2018 • Trabalho acadêmico • 1.900 Palavras (8 Páginas) • 240 Visualizações
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- INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como competência expor os conteúdos da área de formação docente, refletindo sobre a prática pedagógica do professor, assim como, refletindo sobre a estratégias e metodologias de ensino adotadas no dia a dia escolar.
A proposta surgiu a partir de uma Situação Geradora de Aprendizagem, onde um professor recém formado assume uma vaga numa escola tradicional e percebe a desmotivação e desinteresse dos alunos desta instituição. Este trabalho terá como tema “A educação física escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA)”.
O tema foi pensado a partir de minhas percepções e estudos acerca do público-alvo da EJA, os indivíduos deste contexto escolar têm suas especificidades, pois em sua maioria trabalham e chegam cansados, no turno da noite para estudar, pois estes geralmente têm um objetivo final a ser alcançado na conclusão de seus estudos, que é crescer profissionalmente e também melhorar as condições de vida para si e seus familiares.
O objetivo deste trabalho, além de ser um requisito para a aprovação da disciplina, é entender esse contexto escolar e suas especificidades através de leituras e reflexões sobre a educação física escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos.
- DESENVOLVIMENTO
Ao falar da Educação de Jovens e Adultos, entramos num contexto escolar histórico, que trás enraigado a luta diária de seus sujeitos que não tiveram acesso à escola em idade adequada. O público deste contexto escolar, muitas vezes, são provenientes das classes mais baixas, trabalhadores de centros urbanos e também de áreas rurais. Outros deles são jovens que possuem uma trajetória de vida marcada pela exclusão, por perdas e falta de esperança em relação aos benefícios que a educação pode proporcionar em nossa sociedade. Segundo a LDB nº 9.394 (BRASIL, 1996), Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional:
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
§ 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular.
§ 1º Os exames a que se referem este artigo realizar-se-ão: I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;
II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
Percebo que as atividades para o público da EJA precisam ser pensadas com a preocupação de não infantilizar os alunos, mesmo eles estando em processo de alfabetização ou finalizando seus estudos na educação básica, pois acredito que devemos considerar a vivência e experiência de vida destes, aproximando seus conhecimentos e a sua cultura para as atividades desenvolvidas na sala de aula. Este também é o pensamento a autora Regina Maria Melo que trata:
Devemos considerar também o fato desses alunos terem, em muitos casos, uma lógica de exclusão configurada a partir de suas incapacidades, fato que se torna cômodo para a escola, pois mascara sua inadequação às necessidades desse tipo de clientela, ou seja, o fato dos alunos não aprenderem, na maioria dos casos, não deve ser visto como falta de capacidade, mas como necessidade de adequação dos métodos para a realidade dos educandos.
Não menos importante é lembrarmos ao trabalhar com educação de jovens e adultos o fato de que os métodos e técnicas utilizados na educação infantil tornam-se inadequados para EJA e um ensino e ambiente infantilizados torna-se um fator preponderante para a evasão dos alunos. (Melo, 2006, p. 21)
A educação também deve ser vista e lembrada como um direito de todos e que está institucionalizada na nossa lei maior, que é nossa constituição, para isso a escola deve ser um ambiente com condições adequadas à aprendizagem, onde todos os alunos devem ser incentivados e ter a percepção de que sempre podemos aprender, independente da idade, classe social ou deficiência.
Acredito que a Educação de Jovens e Adultos deve estar firmada no diálogo, pois essa concepção consiste na prática de troca com os sujeitos escolares, principalmente no compartilhamento de saberes cotidianos que se consolidam na escola e levam sua realidade para a escola e da escola para a vida diária.
Paulo Freire nos deixou o a percepção de prática dialógica, baseada no diálogo e na investigação dos interesses dos alunos, contextualizando a teoria à realidade destes sujeitos, que muitas vezes, são oprimidos pela sociedade. Pois é na educação que estes deveriam se constituir como sujeitos críticos e o educador deve ser o facilitador deste processo, promovendo uma educação libertadora e de acordo com a realidade do aluno. Paulo Freire nos ensina que “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (FREIRE, 2003, p.47)
Desta maneira acredito que a educação deve estar embasada nos conhecimentos para a vida autônoma e crítica do sujeito, fazendo com que o aluno consiga apropriar-se do conhecimento através da mediação do professor e não simplesmente através da mera recepção de conceitos prontos passados do professor para o aluno.
Proposta de trabalho de ensino
Identificação da escola: Escola Municipal de Ensino Básico Professora Maria José.
Período de realização: III trimestre de 2017
Turma: 1° ano do ensino médio.
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