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 A Educação de Jovens e Adultos

Por:   •  22/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.155 Palavras (9 Páginas)  •  195 Visualizações

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SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO        3

2-DESENVOLVIOMENTO        4

3-CONCLUSÃO        8

4-REFERÊNCIAS        10


  1. INTRODUÇÃO

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade da Educação que se destina primordialmente a proporcionar o acesso ou continuidade no processo de escolarização nos mais diversos níveis (Ensino Fundamental e Médio) na idade considerada ideal para frequência, permanência e conclusão.

Os sistemas de ensino devem proporcionar aos alunos frequentadores da modalidade oportunidades educacionais apropriadas para o aluno da Educação de Jovens e Adultos levando em consideração as características peculiares deste alunado. Além disso, deve ser viabilizada o acesso e permanência do aluno trabalhador nesta modalidade.

O presente trabalho se justifica na necessidade de elucidar diversas características pertinentes acerca da Educação de Jovens e Adultos. Durante todo processo histórico no qual a Educação brasileira passou, a Educação de Jovens e Adultos sempre foi colocada em segundo plano. Apresentado o objetivo geral: Compreender a importância da Educação de Jovens e Adultos no processo educativo em território brasileiro.

Em território brasileiro, a história da Educação de Jovens e Adultos é marcada por diversos programas que se destinam para a escolarização básica deste grupo social, particularmente, os programas de combate ao analfabetismo. Esses programas mencionados anteriormente incentivavam principalmente a aprendizagem em leitura e escrita, onde os jovens e adultos tidos como “analfabetos” pudessem ter seu direito ao voto.

Com a pretensão de erradicar o analfabetismo no Brasil, em 1915 foi criada a Liga Brasileira contra o analfabetismo. Existiam na época intensas discussões para que se estabilize a situação do intenso analfabetismo que se instalava no Brasil. O analfabeto era visto como algo que impedia o desenvolvimento do Brasil, e para isso era necessário que o analfabeto precisasse ser escolarizado para que contribuísse para o desenvolvimento do Brasil.

Assim se faz pertinente discutir a Educação de Jovens e Adultos no Brasil, além de realizar importantes colocações acerca da função social da Escola, diante do processo de escolarização da população analfabeta e com pouca escolaridade, os desafios e possibilidades para a efetivação do direito à Educação de Jovens e Adultos, dentre outras colocações importantes a serem destacadas.


  1. DESENVOLVIMENTO

Durante o transcorrer da história da Educação de Jovens e Adultos em território brasileiro é marcada por uma grande trajetória de ações. As ações voltadas para a Educação de Jovens e Adultos sempre se pautaram basicamente no processo de aprendizagem da leitura e da escrita. Acerca do discorrido Almeida e Corso (2015) apontam:

A história da Educação de Jovens e Adultos - EJA - no Brasil é permeada pela trajetória de ações e programas destinados à Educação Básica e, em particular, aos programas de alfabetização para o combate ao analfabetismo. Em algumas ações, para o público jovem e adultos, embora não se constitua o objetivo principal, é possível identificar também o incentivo à profissionalização, ainda que de forma tímida. Por um lado, incentivou-se a aprendizagem da leitura e escrita, para que os jovens e os adultos pudessem exercer o seu “direito” de voto; por outro lado, o estímulo à alfabetização veio acompanhado das novas exigências econômicas pela aprendizagem dos elementos básicos rudimentares da cultura letrada. (ALMEIDA; CORSO 2015, p.1285)

A trajetória da Educação de Jovens e Adultos em território brasileiro é marcada por diversos programas que se destinam para a escolarização básica deste grupo social, particularmente, os programas de combate ao analfabetismo. Esses programas mencionados anteriormente incentivavam principalmente a aprendizagem em leitura e escrita, onde os jovens e adultos tidos como “analfabetos” pudessem ter seu direito ao voto.

É importante que seja ressaltada que essas ações voltadas para a Educação de Jovens e Adultos para a aprendizagem em leitura e escrita (alfabetização) foram incentivadas devido a uma nova exigência imposta por fatores econômicos. Vale ressaltar que a Educação de Jovens e Adultos é possível identificar também incentivos à profissionalização, ou seja, a capacitação profissional.

A primeira escola que tinha como intenção a alfabetização de analfabetos, especialmente, trabalhadores, surgiu ainda no século XIX. Acerca do mencionado Benite (2010) aponta:

Em 1854 surgiu a primeira escola noturna no Brasil cujo intuito era de alfabetizar os trabalhadores analfabetos, expandindo-se muito rapidamente. Até 1874 já existiam 117 escolas, sendo que as mesmas possuíam fins específicos, como por exemplo: no Pará para a alfabetização de indígenas e no Maranhão para esclarecer colonos de seus direitos e deveres (BENITE et al 2010, p.594)

A primeira escola, com a intenção de alfabetizar trabalhadores sem escolaridade surgiu em 1854. Seu foco era principalmente a alfabetização, tais escolas entraram em expansão com muita agilidade pelo interior do Brasil tanto que em 1874 já existiam 117 escolas. Vale ressaltar que algumas dessas escolas para a alfabetização tinham finalidades específicas, no caso do estado do Pará estas escolas tinham a função de alfabetizar indígenas. No estado do Maranhão essas escolas preparavam os colonos para o conhecimento de seus direitos e deveres.

Avançando um pouco no processo histórico, no início do século XX, são promovidas diversas mobilizações sociais para a erradicação do analfabetismo no Brasil. Acerca do apontado Strelhow (2010) ressalta:

Com o início do século XX houve uma grande mobilização social que pretendia exterminar este mal, o analfabetismo. Começou-se assim, a culpar as pessoas analfabetas da situação de subdesenvolvimento do Brasil. Em 1915 foi criada a Liga Brasileira contra o Analfabetismo que pretendia lutar contra a ignorância para estabilizar a grandeza das instituições republicanas. Na Associação Brasileira de Educação (ABE), as discussões giravam em torno de uma luta contra esta calamidade pública que tinha se instalado. O analfabetismo era considerado uma praga que deveria ser exterminada. No âmago destas discussões estava presente a idéia de que as pessoas que não eram alfabetizadas deveriam procurar se alfabetizar. Era necessário tornar a pessoa analfabeta um ser produtivo que contribuísse para o desenvolvimento do país. (STRELHOW 2010, p.52)

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