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A Escolarização de Jovens e Adultos Analfabetos ou Com Baixa Escolarização

Por:   •  3/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.291 Palavras (10 Páginas)  •  103 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

LICENCIATURA EM MATEMATICA – 3º SEMESTRE

EMANUEL JAYSON ORIENTE ARAUJO

A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização

EMANUEL JAYSON ORIENTE ARAUJO

A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização

Trabalho apresentado em requisito a produção textual individual relativa ao 3º semestre, portfólio para as disciplinas de:

Metodologia Científica

Maria Luiza Silva Mariano

Educação de Jovens e Adultos

Tatiane Mota Santos Jardim

Fundamentos da Educação

Erica Ramos Moimaz

Educação Formal e Não Formal

Vilze Vidotte Costa

Didática: Planejamento e Avaliação

Mari Clair Moro Nascimento 

Práticas Pedagógicas: Gestão da sala de aula

Heloisa Gomes Bezerra

Da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        4

1 Escolarização de jovens e adultos no Brasil: aspectos históricos, políticos e sociais        5

2 Desafios e as possibilidades para a efetivação do direito à educação de Jovens e Adultos        7

3 O papel da escola e do professor na escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização        8

Considerações Finais        9

REFERÊNCIA        10

INTRODUÇÃO

A Educação de Jovens e Adultos tem uma trajetória histórica de ações descontínuas, marcada por uma diversidade de programas, muitas vezes não caracterizada como escolarização. Nesta produção textual individual buscaremos narrar os desafios e as possibilidades que constituem a efetivação desta modalidade educacional, abrangendo seus aspectos históricos, sociais e políticos na educação brasileira. Além de salientar a função social da escola e o papel do professor ao conduzir o processo avaliativo na aprendizagem dos estudantes que frequentam a EJA.

As abordagens feitas nesta produção textual têm como base os conhecimentos adquiridos nas disciplinas pertencentes ao 3º semestre do curso e licenciatura em Matemática da Universidade Norte do Paraná – UNOPAR. O objetivo é aplicar os conhecimentos visando o aprimoramento das competências e habilidades adquiridas ao longo do semestre.

        

1 Escolarização de jovens e adultos no Brasil: aspectos históricos, políticos e sociais

A educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino amparada por lei e voltada para as pessoas que não tiveram oportunidade de ter acesso ao ensino regular na idade apropriada. Sua trajetória perpassa o próprio desenvolvimento da educação. Quando falamos no processo educacional de jovens e adultos devemos lembrar que este processo se inicia com a chegada dos jesuítas a colônia para realizar a catequização, este período se prolongou por 200 anos. A educação jesuíta não tinha caráter acadêmico, mas sim instrucional como, por exemplo, a orientação ao plantio e cultivo agrário.

Em 1878 foi criado os primeiros cursos noturnos para adultos analfabetos, apenas do sexo masculino. Já na Constituição de 1934, no art. 150 estabelece que a educação é dever do Estado, o qual deve garantir o ensino gratuito e integral a todos, principalmente aos adultos que não puderam concluir seus estudos o ensino regular.

Somente em 1940, ocorreu à ampliação da educação elementar, o que trouxe avanços importantes no ensino de adultos. Com o término da Segunda Guerra Mundial e o fim da Ditadura Vargas em 1945, ocorreu grande efervescência política, era preciso redemocratizar o país. Assim havia a necessidade de aumentar as bases eleitorais, por isso à educação de adultos, virou prioridade governamental.

A década de 40 foi marcada por grandes transformações e iniciativas que possibilitaram avanços significativos na educação e por consequência na EJA.A criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) vem corroborar com a intenção da sociedade capitalista e dos grupos econômicos dominantes: sem educação profissional não haveria desenvolvimento industrial para o país. Vincula-se neste momento a educação de adultos à educação profissional (GADOTTI; ROMÃO, 2006). Nessa fase da história, a educação é considerada como fator de segurança nacional tendo em vista o alto índice de analfabetismo: aproximadamente 50% da população em 1945. Nesse período a estagnação econômica, foi relacionada à falta de educação escolar do seu povo.

Em 1947, aconteceu à primeira “Campanha de educação de adultos”, tal ação previa alfabetização em até três meses. Seguiria a “ação em profundidade”, voltada para a capacitação profissional e desenvolvimento comunitário. Nesse período surgiram inúmeras escolas supletivas, para a população mais carente. Em 1950, ocorreram inúmeras críticas às propostas de educação de adultos, devido suas deficiências administrativas. Essas críticas convergiram para uma nova visão sobre o analfabetismo do país.

Os primeiros alfabetizadores recebiam somente um treinamento de forma aligeirada, as aulas eram realizadas em espaços improvisados, cedidos por igrejas, empresas e outros espaços particulares. No governo de João Goulart o trabalho na EJA fundamentava-se nos conceitos elaborados por Paulo Freire como conscientização, pedagogia do oprimido, educação libertária, círculos de cultura, entre outros. A educação freiriana está voltada para a conscientização de vencer primeiro o analfabetismo político para concomitantemente ler o seu mundo a partir da sua experiência, de sua cultura, de sua história.

Os primeiros programas que marcam a trajetória da escolarização de jovens e adultos são: a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), Campanha Nacional de Educação Rural (CNER) e a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA), estes programas popularizaram o ensino de jovens e adultos com ideais de cunho libertário. Com o golpe militar de 1964, os três programas foram extintos, por serem considerados uma grave ameaça a ordem, e já em 1967 surge o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), concebido com o fim básico de controle político da população, através da centralização das ações e orientações, supervisão pedagógica e produção de materiais didáticos.

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