A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE TRES À QUATRO ANOS

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE TRES  À QUATRO ANOS

Ana Paula da Costa

Prof. Orientadora Albani Mendes Felisbino

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Licenciatura em Pedagogia (PED 0747)

28/06/2016

RESUMO

Este trabalho discute a música como ferramenta pedagógica na educação infantil teve como seu problemas entender a importância que o ensino da música pode proporcionar ás crianças da educação infantil. O objetivo geral foi analisar as contribuições que o ensino da música pode proporcionar no desenvolvimento das crianças na faixa etária entre três a quatro anos de idade em escolas; sugerindo bons métodos a serem utilizados, conduzindo a compreensão da importância de cantar em grupo, a introdução da música proporcionando uma aprendizagem mais prazerosa, onde  veremos neste trabalho de pesquisa, o ritmo, a melodia e a harmonia musical desenvolvem na criança reações extremamente indispensáveis para o desenvolvimento físico, emocional e intelectual da criança. Contudo não podemos esquecer-nos da importância da formação continuada em busca de resultados mais assertivos para a mudança da realidade de introdução musical nas escolas.

Palavras- chave: Importância. Música. Criança.

1 INTRODUÇÃO

 A música possui um papel muito importante na educação da criança, ela exprime em formas sonoras capazes de transmitir sensações, emoções e pensamentos. A música encontra-se presente no nosso cotidiano, e é ainda no ventre materno que temos as primeiras experiências musicais, assim como a mãe carinhosamente canta calmamente para seu bebê.

Esse artigo tem como objetivo mostrar a música como elementos contribuintes para o desenvolvimento da inteligência e a integração do ser.

A música é um meio de expressão e forma de conhecimento acessível aos bebês e crianças, inclusive aquelas que apresentam necessidades especiais. A linguagem musical é um excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio e da autoestima, bem como, do próprio conhecimento individual de si mesmo.

Todo trabalho concretizado com música busca atuar de forma que as crianças desenvolvam suas capacidades auditivas, proporcionando a percepção e discriminação dos eventos sonoros diversos, das fontes de som e produções musicais; brincar com a música, imitar, inventar, enfim, estimula à criança a capacidade de expressão e interação no meio social em que vive.

Nas séries iniciais do processo educacional, as crianças começarão, por intermédio da música, a interagir com a diversidade rítmica, gestual, expressão corporal. Tudo isso motivará ela a criar formas de notação musical com a orientação dos professores, estimulando a criatividade e capacidade de resolução de problemas através de saídas alternativas.

2   A MÚSICA NO BRASIL

        No Brasil a música se formou-se principalmente, a partir da fusão de elementos eurpeus e africanos. A maio

Para França (1953,p7):

O coral Gregoriano mágico instrumento de conversão de que se

utilizou o jesuíta José de Anchieta, aquela magnífica figura de

evangelizador. E com ele os jesuítas Aspicuelta Navarro e Manuel de

Nóbrega. Este dizia que: ‘com a música e a harmonia, atrevo-me a

atrair para mim todos os indígenas da América’.

        Foi através da música que os jesuítas conseguiram manter uma relação mais próxima com os índios e catequizá-los.

        Sendo assim mais uma vez foi utilizado a influencia da música apenas para fins religiosos e nunca com a intenção de educação e ensino.

        Os africanos trazidos como escravos ao Brasil foram fundamentais para a formação da nossa música popular brasileira. No final do século XIX e inicio do século XX em 1988 com o fim da escravidão, houve uma grande vinda de imigrantes europeus, para trabalhar nas lavouras de algodão e café, eles chegaram trazendo com eles diversos ritmos de sua terra natal.

        Em se tratando do ensino da música, do descobrimento até meados do século XX, não existia um interesse educativo, e sim uma necessidade de inserção a fé cristã pelos padres Jesuítas ou como manifestações culturais.

        Somente em 1854, por decreto real é regulamentado o ensino de música no Brasil, mas mesmo assim não havia uma formação apropriada aos professores fazendo com que a música fosse utilizada apenas como meio de controlar os alunos.

        Quando nos referimos a história da Educação no Brasil não conseguimos pensar em uma educação musical apropriada aos moldes que esse trabalho a sugere, pois a educação de crianças de zero a seis anos de idade era vista como um trabalho de cunho totalmente assistencialista. No meio do ensino público, o atendimento as crianças nesta faixa etária de idade, começa a existir em 1899, com a fundação neste mesmo ano do Instituto de Proteção e Assistência a Infância no Brasil (KRAMER 2003).

        Cuidar das crianças naquele momento no Brasil era visto como algo pouco importante para a sociedade, permanecendo assim por muitos anos, havendo poucas mudanças, que acabaram acontecendo gradualmente.

        O objetivo em utilizar a música naquele cenário era o de manter as crianças controladas em sala de aula e não se pensava- se ainda em explorar os aspectos musicais na perspectiva pedagógica.

        Apenas com a nova LDBEN (Brasil, 1996), instituída como lei nº 9.394, contemplaria- se o ensino de artes no seu art.26, desta forma: “componente curricular obrigatório, nos diversos níveis a

Educação Básica, de forma que promova desenvolvimento cultural dos alunos”.

        Neste momento a música passa a ser uma expressão possível na educação infantil, por fazer parte da educação básica. Foi aberta legalmente então, a construção de uma metodologia para trabalhar a música na educação infantil.

        Em 1998, publicou-se pelo Ministério da Educação (MEC) o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil – RCNEI (Brasil, 1998). Este documento enfatiza a importância da música na Educação Infantil, e trazendo orientações, conteúdos e objetivos para serem trabalhados pelos professores.