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A IMPORTÂNCIA DA ADAPTAÇÃO ESCOLAR NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Por:   •  20/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.147 Palavras (9 Páginas)  •  258 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA ADAPTAÇÃO ESCOLAR NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Acadêmico:  Fernanda Martins

Orientadora: Prof.ª Esp. Nádia Maria Alcântara Pontes

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Licenciatura em Ciências Biológicas-(BID 0312)

26/09/2015

RESUMO

Este estudo aborda o tema “A importância da adaptação escolar no desenvolvimento da criança”. Quando a criança inicia sua vida escolar, passa pelo processo de desprendimento da família, pois sua vida se limitava apenas a convivência familiar. É comum acontecer resistência nesse processo, pois a criança está deixando sua “zona de conforto”, para iniciar uma nova etapa de sua vida. O processo de adaptação de crianças e suas famílias constituem no vínculo afetivo entre os sujeitos escolares. Assim como as crianças, as famílias também passam por processo de adaptação na escolarização dos filhos. A construção de vínculos sólidos e de afetividade positiva torna o processo de adaptação mais fácil e suave para as crianças e as famílias. É muito importante integrar a família, principalmente do cuidador (mãe, pai, avós, etc.) nos processos de adaptação, pois a adaptação tranquila da criança e de sua família no ambiente escolar reflete não só no desempenho da criança, como no convívio com seus colegas e professor.

 Palavras-chaves: Criança. Adaptação. Família.

1 INTRODUÇÃO

                 Este estudo aborda o tema “A importância da adaptação escolar no desenvolvimento da criança”. Construir uma proposta didática de adaptação com ênfase nos aspectos afetivos e na construção de vínculos, tanto do educando quanto de sua família.

                 Entendemos que a adaptação é de extrema importância no início da vida escolar de uma criança, pois uma adaptação traumática interfere diretamente na evolução e rendimento escolar e nas relações com colegas e professor.

                 Partindo deste princípio, uma das formas de acolher as crianças e seus familiares é apresentar a escola como espaço afetivo, de cuidado, de aprendizagem e de desenvolvimento. Proporcionar ações, espaços e tempos que incluam a família nos processos de adaptação do aluno a rotina escolar. Preparar materiais e atividades adequadas para que os pais participem da vida escolar das crianças em forma de integração casa/escola, estendendo o vínculo.

              A mudança de rotina da criança quando ela inicia sua vida escolar, é bastante grande, a criança a partir disso, se depara com diferentes situações e sentimentos: se sente abandonada pela família; sente euforia pelo desconhecido, pois está conhecendo pessoas novas e amigos novos; se sente desprotegida; etc. É quando o vínculo família/escola se torna fundamental na adaptação para minimizar esses sentimentos e transmitir para a criança o conforto e a confiança dentro do ambiente escolar.

                Este trabalho possui como justificativa a relevância do tema, pois a adaptação é de suma importância para o rendimento do aluno dentro do ambiente escolar, pois uma criança exposta a uma adaptação traumática terá dificuldades em aprender e a se relacionar com os demais.              

               A escola é lócus privilegiado dos processos relacionais, da interação com o outro e na relevância das trocas e estabelecimentos de vínculos, assim a afetividade é elemento intrínseco e imprescindível nesta construção, tornando-se sustentáculo e baliza de um processo de desenvolvimento de aprendizagem significativa e relevante.

               Fortalecer os vínculos e espaços afetivos no ambiente de aprendizagem, através da cooperação, do afeto, da acolhida e da motivação, faz com que os vínculos entre professor, família e aluno transformem as ações em rede de relações, ampliando e fortalecendo todo o processo escolar.

2 A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM

Aprendemos porque consideramos o objeto aprendido é digno de fascínio, de curiosidade, de significado. Aprendemos porque o objeto que está externo, nos completa e preenche de sentidos, constitui parte e substrato do que estamos construindo de conhecimento.

[...] meios de ação sobre as coisas circundantes, razão porque a satisfação das suas necessidades e desejos tem de ser realizada por intermédio das pessoas adultas que a rodeiam. Por isso, os primeiros sistemas de reação que se organizam sob a influência do ambiente. (WEINBERG, 2000, p.13).

Observamos então o fascínio com que nossos pequenos nos contam o que aprendem na escola. É um saber que, ao alicerçar-se na afetividade e nos vínculos, ganham significados, fazem sentindo e o criam saberes mais ampliado.

Este estado psicológico influencia o comportamento e a aprendizagem, servindo de transporto e impulsionando o desenvolvimento cognitivo. .

Com o advento da função simbólica que garante formas de preservação dos objetos ausentes, a afetividade se enriquece com novos canais de expressão. Não mais restrita à trocas dos corpos, ela agora pode ser nutrida através de todas as possibilidades de expressão que servem também à atividade cognitiva. (DANTAS, 1993, p.75).

Vinculada às emoções, a afetividade, torna-se determinante na forma de ver e posicionar-se diante das situações. Ao compreendermos que a aprendizagem é um ato social, e que estas relações se baseiam, intimamente, com a afetividade e com os vínculos emocionais dos sujeitos, e percebendo a forma com que estas relações irão acontecer e a profundidade que estas terão na constituição e na aprendizagem dos sujeitos envolvidos. Segundo Wallon (1971, p.202), “a afetividade faz parte do desenvolvimento da pessoa, e, portanto, sem ela não há educação”.

É difícil desvincular afeto e aprendizagem, uma vez que aprender é, antes de tudo, incorporar ao que somos como elementos externos, e para que isso aconteça, tem que haver um vínculo com o que somos. Assim como um raro mosaico, nossas aprendizagens expandem nossas fronteiras e nos dão inteireza, ao mesmo tempo em que nos renovam nos compõem e nos tornam identidade.

É uma relação intrínseca a relação do afeto e da aprendizagem, pois ela nasce no encanto e no desejo de saber mais sobre algo que cause prazer ao corpo e a mente. .

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