A IMPORTÂNCIA DA BOA CONDUTA DO PROFESSOR PARA UM BOM DESENVOLVIMENTO DO ALUNO NA SOCIEDADE

A IMPORTÂNCIA DA BOA CONDUTA DO PROFESSOR PARA UM BOM DESENVOLVIMENTO DO ALUNO NA SOCIEDADE

Acadêmicos: Carlos Eduardo Silva Nunes

Cristine Reis Santos

Fernanda Regina Regado

Lucinéa Barbosa de Oliveira

Tutora Externa: Emmy Venturelli Nascimento

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Curso PED1562 – Seminário Interdisciplinar III

22/06/2017

 

RESUMO

 

O presente trabalho tem como objetivo causar a reflexão sobre a importância do professor em sala de aula e suas potenciais influências agregadoras na formação e caráter do aluno. Mostrando métodos essenciais na formação e contribuição de um indivíduo capaz de conviver e interagir em um ambiente educacional e em sua respectiva sociedade. Esta pesquisa aborda as atividades exercidas pelo professor em seu relacionamento com os alunos em seu convívio escolar, o qual é expresso pelas relações que ele tem culturalmente e socialmente no meio em que vivem. Onde será analisada a postura do professor no seu cotidiano escolar.

Palavras-chave: Professor. Aluno. Sociedade.

          

 

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda a importância da boa conduta do professor para o bom desenvolvimento do aluno para a sociedade, não existe quem ensina ou quem aprende, mas quem aprende a aprender. Este trabalho fará uma abordagem sobre o papel do professor no processo de ensino/aprendizagem e suas responsabilidades, mostrando como a presença do professor é importante no ato educativo, o qual está sempre em busca de novos conhecimentos. O professor precisa ser constante, tomando sempre decisões no que pode acontecer antes, durante e depois da aula, dessa forma ele estará contribuindo para o bom desenvolvimento do caráter do aluno.

Sabe-se que ensinar bem não significa repassar os conteúdos, mas levar o aluno a pensar, criticar. É de fundamental importância o docente preparar o aluno para se tornar um cidadão ativo dentro da sociedade, apto a questionar, debater e romper paradigmas. Cury (2003, p.127) afirma que “a exposição interrogada gera a dúvida, a dúvida gera o estresse positivo, e este estresse abre as janelas da inteligência. Assim formamos pensadores, e não repetidores de informações”.

O autor citado acima vem mostrar o quanto o educador é essencial para o bom desempenho e amadurecimento do seu aluno, onde a dúvida nessa exposição é um aspecto positivo, pois gera a curiosidade, levando este a refletir e buscar respostas, o professor não mais é persuasivo, ou o que convence, mas o que provoca e estimula a inteligência.

Neste contexto, o presente trabalho será apresentado uma pesquisa documental e traz como base de estudos três importantes objetivos:

- Analisar a postura do professor em sala aula, onde este busque meios de tornar sua aula ainda mais participativa e dinâmica, com amor e dedicação ao que faz.

- Identificar elementos necessários para o bom desenvolvimento do aluno na sociedade, pois é através de boas ações como, afetividade, respeito, dedicação amor entre outros, que o aluno será na sociedade um indivíduo motivado a novas conquistas.

- Compreender a relação afetiva entre professor e aluno no processo ensino/aprendizagem, onde possibilita entender o discente na sua vida tanto social quanto cultural, respeitando suas diferenças. 

Por fim, serão analisados os meios que o professor utiliza para motivar seus educandos a viverem em uma sociedade onde o saber criticar, questionar faz parte do seu desenvolvimento pessoal, cultural e social.

2 RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM

É sabido que a relação professor-aluno nos dias atuais é fundamental no processo da construção da aprendizagem e, essa relação deve estar baseada na confiança, afetividade e respeito, dessa forma cabe ao educador orientar o aluno para seu crescimento cultural, social e pessoal, desempenhado assim seu papel de cidadão na sociedade, onde a atenção do educando não mais é voltada apenas para o conteúdo a ser ministrado. Segundo Libâneo, “o professor não transmite apenas informações ou faz perguntas, ele também deve ouvir os alunos” (1994, p. 251).

O convívio baseado na afetividade torna-se um elo produtivo, sendo esta a base entre docente e discente na busca de novos conhecimentos, a qual torna também a relação menos conflitante. Pois, os alunos hoje estão em constantes conflitos consigo mesmos, buscando sua autoconfiança, tornando-se necessário ao professor um grande empenho para que a disciplina seja mantida, e consiga deixar o aluno atento ao conteúdo despertando assim, o interesse em aprender. Para isso acontecer a aula não pode ser apenas uma mera transmissão de conhecimentos, a preocupação também deve existir com o emocional e o afetivo, o que facilita a aprendizagem. A afetividade influência nesse processo, pois nos momentos informais, os alunos aproximam-se do professor, trocando ideias e experiências, expressando opiniões e criando situações a serem utilizadas em sala de aula.

Nesse contexto, educar, do latim educare, é conduzir de um estado a outro, é modificar numa certa direção o que é suscetível de educação, conforme explica Libâneo:

[...] o ato pedagógico pode ser, então definido como uma atividade sistemática de interação entre seres sociais tanto no nível intrapessoal como no nível de influência do meio, interação esta que se configura numa ação exercida sobre os sujeitos ou grupo de sujeitos visando provocar neles mudanças tão eficazes que os tornem elementos ativos desta própria ação exercida. Presume-se aí, a interligação de três elementos: um agente (alguém, um grupo, etc.), uma mensagem transmitida (conteúdos, métodos, habilidades) e um educando (aluno, grupo de alunos, uma geração) [...] (1994, p.56).

A citação acima deixa claro que cabe ao professor fornecer ao aluno meios de utilizar seu pensamento para crescer, libertar-se e sair da submissão do seu pensamento em relação à outra pessoa. Dessa forma o educador cria situações de comunicações entre os alunos com um propósito educativo, buscando meios e caminhos, de acordo com o que a situação e a classe permitem; ele intervém pouco, muito ou nada, colocando os alunos como sujeitos da própria reflexão, servindo-se da curiosidade natural.

Em síntese o trabalho do docente na sala de aula dependerá da procura de procedimentos que viabilizem a prática educativa. Ao perguntar, o professor não está simplesmente querendo obter respostas que já conhece, pois incentivar o pensamento filosófico é querer que o aluno reflita de maneira nova, considere métodos alternativos de pensar e agir. Sendo assim, de nada adianta propor no planejamento a intenção de estimular a consciência crítica se o professor se restringir à aula expositiva sempre e se, ao avaliar, apenas verificar a reprodução do que foi transmitido. A própria expressão dos alunos denuncia que é preciso fazer algum questionamento, não apenas com a intenção de certificar-se se o exposto foi compreendido, mas também de dar informações aos alunos, para que corrijam seus erros, e verificar se entenderam o conteúdo, se há ainda pontos que precisem ser reforçados, se é necessário fixar com mais exercícios ou exemplificar mais, antes de avançar com novo tema. O professor precisa estar sempre atento aos seus educandos, por essa razão é notório que o processo ensino/aprendizagem requer muito da afetividade, do respeito e compreensão do educador. No momento em que o professor comunicar-se com os alunos de forma afetiva, a aprendizagem tornar-se-á muito significativa, dependendo da forma em que o professor apresenta-se e expõe suas aulas, despertará nos alunos, o gosto ou a repulsa pela disciplina. O que deseja-se hoje, é um professor reflexivo e crítico, que compreenda as necessidades e sentimentos de seus alunos.