A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇAO DA ESCOLA COM OS PAIS COMO MEIO DE INTERAÇAO
Por: luizabinotti • 20/5/2015 • Trabalho acadêmico • 15.545 Palavras (63 Páginas) • 670 Visualizações
trabalho cientififico
- Enviado por kcristhian
- 17/05/2014
- 497 Palavras
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇAO DA ESCOLA COM OS PAIS COMO MEIO DE INTERAÇAO
Laiane Lobo GIMA¹
Gicely Albano de SOUZA²
RESULMO
O presente projeto de pesquisa cujo o tema é a importância e a influência dos pais no desempenho escolar dos filhos, tendo em vida que é durante o processo de alfabetização que a relação escolar e família se destaca. Uma vez que os fatores relativos á vida extraescolar dos alunos impactam no aprendizado a organização escolar precisa ser cuidadosamente para informar aos pais sobre a vida escolar de seus filhos, podemos contar que quando os pais participam da educação de seus filhos eles aprendem mais e melhor.com o apoio da família eles se sentem motivados, seguros, estimulados e com vontades de aprender com o estabelecimento dos vínculos de parceria entre os educadores e os pais, o aprendizado se torna mais significativo e eficiente. O ideal é que a família e a escola tracem as mesmas metas de forma simultânea propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a cumplicidade de situações que surgem na sociedades.
Palavras-Chave: Aprendizagem,Escola,Educador
1 Acadêmico do 1° período do curso de pedagogia da Universidade Nilton Lins
2 Docente do curso de pedagogia da universidade Nilton Lins
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICACAO DAS
ESCOLAS COM OS PAIS COMO MEIO DE
INTERAÇÃO
Laiane Lobo GIMA¹Gicely Albano de SOUZA²
INTRODUÇÃO
O presente projeto de pesquisa cujo o tema é educação infantil A importância da comunicação das escolas com os pais como meio de interação.
OBJETIVOS GERAL
Promover melhorias de comunicação de aprendizagem da escola com os alunos.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
Apresentar o desenvolvimento do aluno.
Avaliar onde a criança tem dificuldades.
Resgatar a perda do desenvolvimento da criança e a comunicação de pais e professores.
METODOLOGIA
Este projeto de pesquisa será elaborado através da pesquisa bibliográfica para conhecimento do assunto.
REFERENCIAL TEÓRICO
A educação infantil, educação pré-escolar ou pré-primária consiste na educação das crianças antes da sua entrada no ensino obrigatório. É ministrada normalmente no período compreendido entre zero e os seis anos de idade de uma criança. Neste tipo de educação, as crianças são estimuladas através de atividades lúdicas e jogos, exercitar as suas capacidades motoras e cognitivas, e fazer descobertas e a iniciar o processo de alfabetização.
POSSIVEIS RESULTADOS
A comunicação tem que ser direta com os pais para saber como o aluno esta reagindo e se desenvolvendo dentro de uma sala de aula.
Fonte:< www.mec.gov.br> acesso 25/04/14 hs:15:00
REFERENCIAS
Disponível em< www.mec.gov.br> acesso 25/04/14 hs: 15:00
1Acadêmico do 1°periodo do curso de pedagogia da universidade Nilton Lins
2Docente do curso de pedagogia da universidade Nilton Lins
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Relações afetivas para o processo de ensino aprendizagem
- Enviado por jake_catfoz
- 10/11/2013
- 11147 Palavras
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JAQUELINE DA CONCEIÇÃO BAPTISTA
“Relações afetivas para o processo de ensino aprendizagem”
FOZ DI IGUAÇU-PR
2012
Dedicatória
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, e minha família que me deram apoio nesta caminhada.
Epigrafe
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou sua construção” Paulo Freire.
1. INTRODUÇÃO
O tema da pesquisa está relacionado a “Relações afetivas para o processo de ensino / aprendizagem”. Sabemos que as crianças que possuem uma boa relação afetiva são seguras, tem interesse pelo mundo que as cerca, compreende melhor a realidade e apresentam melhor desenvolvimento intelectual. Piaget afirma existir um estreito paralelismo entre o desenvolvimento afetivo e o intelectual, também fala que a afetividade é a base a qual se constrói o conhecimento racional.
A complexidade da vida moderna acaba delegando aos professores papéis antes só de responsabilidade da família. Muitas vezes o professor se depara com problemas afetivos na sala de aula, onde a criança tem dificuldades de relacionar-se com o grupo. Portanto as instituições de ensino além da parte pedagógica precisam sepreocupar cada vez mais com a auto-estima e afetividade de seus alunos e procurar aumentar os contatos com as famílias certamente ajudará a conhecer melhor cada criança.
É nesse intuito que refletiremos neste projeto sobre a importância da relação afetiva do professor para com seu aluno.
Vivemos em uma época em que as mudanças ocorrem de forma cada vez mais acelerada principalmente por causa da velocidade com que o conhecimento e as informações chegam até nós, através dos mais diversos meios de comunicação, e os pais ocupam a maior parte de seu tempo com o trabalho, deixando a educação de seus filhos em segundo plano, nesse sentido a escola deverá dar conta dessa carência afetiva e o pedagógico.
Muitas vezes os profissionais da educação não percebem que um abraço, um beijo ou um sorriso é muito importante no cotidiano escolar.
Nesta visão é que se percebe a importância da escola com o comprometimento dessa relação afetiva com seus alunos. No entanto o professor recebe vários recursos para exercer sua função de educador, mas não se da conta que ele próprio tem consigo alguns dos principais recursos, que é sua auto-estima, seu esforço e sua relação de afetividade com seu grupo de alunos, para desenvolver os potenciais que cada aluno tem. Para tanto as ações pedagógicas deverão ir de encontro com as necessidades de cada um.
A partir dessa problemática vale questionar, até que ponto o educador poderá interferir nosaspectos afetivos do aluno para garantir um aprendizado de resultado positivo o aprender deve ser gostoso, prazeroso, também a qualidade da formação do professor, relacionado com a paciência, dedicação, vontade de ajudar e atitude democrática facilita a aprendizagem, mesmo sabendo-se que não compete somente à escola o ajustamento afetivo ou saúde mental do aluno.
Dentro desta visão a escola poderá contribuir para amenizar os problemas afetivos que dificultam a aprendizagem dos alunos. Podendo entender que a partir do momento que ele sabe interpretar o comportamento de seus alunos em sua intencionalidade.
A família e a escola poderão trabalhar com os alunos em situações de risco e dificuldades de aprendizagem dentro da perspectiva de analisar e avaliar as relações afetivas para o processo ensino/aprendizagem nas séries iniciais. A aprendizagem está ligada ao resultado de estimulação ambiental sobre o organismo, e num sentido amplo, uma aprendizagem de resultado se conquista com hábitos formados ao longo do tempo; afeto por pessoas ou coisas, bem como assimilação de valores culturais. A intenção principal é que a escola descubra como poderá ajudar os alunos e a família a redescobrir seus valores, criando laços afetivos que serão decisivos na relação professor / aluno.
É através do gesto carinhoso que o afeto começa a ser construído desde o útero materno, o professor devera ser agente promovedor de vínculos geradoresde um clima de cumplicidade, que fará com que todos se sintam seguros e hábeis para solucionar problemas, expor suas angustias e incertezas; é importante que o professor reflita sobre sua grande responsabilidade, principalmente em relação aos alunos das séries iniciais, sobre os quais a influência do professor é maior.
2. A AFETIVIDADE, O DESENVOLVIMENTO E O CRESCIMENTO DA CRIANÇA,,
2.1 AS CARACTERÍSTICAS E O AFETO
A palavra afeto está defendida por um estado sentimental que se caracteriza, por uma parte, pela enebriação física perceptível e, por outra parte, por uma perturbação peculiar do processo representativo. Iung empregou o termo emoção como sinônimo de afeto. “O sentimento só se converte em afeto quando adquire certa intensidade que provoca intervenções físicas perceptíveis, acrescentando que o sentimento pode ser função voluntariamente disponível, enquanto o afeto não o costuma ser”.
Pode-se extrair o significado do afeto como qualquer espécie de sentimento ou emoção associada a idéias ou a complexos de idéias.
A relação de afetividade durante toda a vida constitui no ser humano uma base segura, pesquisas apontam que a baixa auto-estima, fraco relacionamento social e vulnerabilidade emocional ao estresse estavam associados com relações menos seguras no primeiro ano de vida das pessoas.
Os seres humanos continuam a ter afeto aos pais, não importando se seus apegos iniciaisforam ótimos ou não. As relações afetivas também com relação a várias pessoas como professores, parentes, treinadores ou amigos mais velhos, especialmente quando o afeto recebido foi inadequado ou fraco.
Tais figuras de afeto são investidas de papel parental e podem ser mentores, ou mesmo terapeutas. Ao inspirarem confiança, estes indivíduos proporcionam uma base segura, a partir da qual a pessoa adquire confiança em si mesma e em sua habilidade para lidar com o mundo exterior. Assim, a nova figura do afeto promove uma experiência emocional corretiva; Os laços afetivos que mais tarde se desenvolvem entre as pessoas possuem como pontes de uma relação afetiva costurada anteriormente;
Segundo Winnicott (1960), “o conflito está sempre escondido, é resultado de constante rejeição por parte da mãe, sempre que o indivíduo a procura a fim de obter conforto e proteção. Entretanto a ausência do afeto faz com que a pessoa se sinta solitária e ansiosa.
2.2 PRIMEIROS MOMENTOS DA EXISTÊNCIA DO SER HUMANO E SUAS AFETIVIDADES.
O nascimento não marca o início da existência do ser humano, mas constitui um momento crucial de mudança significativa no desenvolvimento dessa vida incipiente.
Durante o período intra- uterino, ou gravidez, já se põe em marcha a influencia diferencial do ambiente. O estado psíquico da mãe, aceitação do filho, recusa da gravidez, alegrias, inquietações, angustias, e o estado físico da mãe, aalimentação, as doenças, o consumo de álcool, cigarro, drogas, os acidentes traumáticos etc.
Constituem componentes diferenciadores da personalidade; já durante a gravidez estabelece-se uma denominação para a influência que a mãe exerce na futura personalidade do filho; impregnação afetiva influencia exercida pela mãe mediante seu estado físico e psíquico sobre a personalidade do filho, que está começando a estabelecer suas bases; trama afetiva: resultado da impregnação afetiva, traços e tendências básicos sobre os quais vai se estruturando a nova personalidade; não devendo interpretar essa influencia com um caráter determinista.
A impregnação afetiva não marca de maneira irreversível o que será a criança, mas estabelece condicionamentos que orientarão o futuro desenvolvimento, facultando que ele seja realizado de maneira saudável e equilibrado. Por isso é tão importante garantir que a situação da futura mãe seja a melhor, tanto física quanto psicologicamente.
Qualquer comportamento da criança é uma função do desenvolvimento cognitivo que ela alcançou, um derivado demonstrativo deste princípio aplicado às ligações afetivas é que uma criança não pode desenvolver uma ligação afetiva específica até que venha discriminado e reconhecido uma pessoa individual. Moccoby (1970)
Portanto uma criança em desenvolvimento acarretará ou possibilitará mudanças nas relações da criança com os outros. A criança não pode mostraruma ligação afetiva até que ela possa discriminar sua mãe dos outros e até que ela tenha algum tipo de constância do objeto, no entanto, os primeiros sinais de uma ligação afetiva singular aprecem no momento em que a criança adquiriu capacidades cognitivas aparentemente necessárias.
Entretanto a educação precisa conhecer esses processos entendendo o diferencial e único de cada criança; para que a mesma seja afetiva de maneira adequada e positiva, não podendo deixar de lado a diferenciação individual. Aceitar essa realidade e valorizar as diferenças como uma das riquezas da espécie humana constituiu uma classe essencial para que a orientação da educação possa permitir que cada criança desenvolva ao máximo suas potencialidades.
2.3 A VIDA AFETIVA E OS ASPECTOS BASICOS
As relações afetivas são situações vitais inconscientes do ser humano, ou seja, a vivência interna com respeito à ressonância e ao grau em que esta situação influi sobre ele; Entender a expressão da situação vital consciente no sentido amplo e simples de dar-se conta de que algo o afeta não pressupõe a possibilidade de uma discrição precisa e detalhada da situação; Função energética, Função de signo, Função valoração das situações:
Função energética: A afetividade proporciona ao ser humano, junto com a motivação, a força, o impulso, a energia para pôr em marcha a atividade.
Função de Signo: A afetividade indica o próprio estado de ânimo e o dosdemais. Com isso, proporciona uma informação essencial para a adaptação e para a sobrevivência.
Função de valoração das situações: Em relação ao dado afetivo, as diversas situações têm um valor particular: são agradáveis, indiferentes, causam tensão, tristeza, alegria, ou outra reação.
Entretanto as vivências afetivas que aparecem de maneira brusca, em forma de crise, mais ou menos passageiro, mais ou menos violenta, denominamos também de emoções, são mobilizados geralmente por um estímulo externo e associam-se de caráter orgânico (rubor, suor, choro...).
Tanto as emoções agradáveis como as desagradáveis são necessárias para o desenvolvimento equilibrado da personalidade infantil. É evidente que não se trata de provocar intencionalmente situações negativas para que se produzam emoções de signo negativo. Todavia é necessário compreender que essas emoções, em sua função de signo cumprem uma missão importante.
As vivências afetivas mais estáveis e duradoras do que as emoções, também mais complexas são denominadas de sentimentos, requer a intervenção da representação mental, isto é, da função semiótica, sendo o sentimento diferenciado e intencional, como tudo o que refere a vida afetiva, é difícil estabelecer classificações e diferenciações aos sentimentos ligados a auto-estima, sentimentos dirigidos a objetos etc.
A origem e os processos de desenvolvimento psicológicos ao longo da vida da espécie humana doindivíduo, preconizando que o desenvolvimento depende em parte da maturação orgânica, mas é o aprendizado que possibilita os processos internos do desenvolvimento, aprendizado significa incluir a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo chamado ensino/aprendizagem. Vygotsky (2000).
Na visão do autor é fundamental a mediação a relação homem / mundo é uma relação mediada, no entanto as relações afetivas precisam estar presentes no convívio como um fator estimulante e necessário para o desenvolvimento.
2.4 VISÃO PSICANALÍTICA DA VIDA AFETIVA
Pesquisas mostram que a formação da ligação afetiva entre a mãe e o bebê, é à base de todas as relações sociais afetivas.
Os psicanalistas e neopsicanalistas explicam as formações as formações das relações entre a mãe e o bebê com base na redução da fome, na gratificação oral do bebê. Para Freud, o primeiro objeto de amor da criança é o seio materno.
Segundo Klein (1969) “O recém nascido, inconscientemente, sente que existe um objeto de bondade única do qual a gratificação máxima pode ser obtido, e que este objeto é o seio materno”.
Para esses autores a formação da ligação afetiva entre bebê e mãe, também se baseiam na redução da fome; para eles a criança vem a gostar da mãe, porque esta fica associada com o leite. A criança aprende pelo condicionamento clássico a gostar da mãe, o amor e o ódio compõem a vida afetiva do ser humano, uma vez que essas emoçõescausam efeitos intensos e imediatos no organismo.
O Psicanalista Freud, sem registrar as fases psicanalíticas do desenvolvimento afetivo, destacou, entretanto, o conceito de “linha de desenvolvimento” que visa a elaboração e a progressão gradual de certas aptidões psicossociais relativamente globais.
Para o autor, a emergência da elaboração cognitiva é concebida como uma derivação e uma transformação progressiva de emoções pulsionais afetivas.
As fases Freudianas são caracterizadas por um nível de maturação pulsional, uma zona erógena específica e um tipo de relação de objeto, sendo que as fases Piagetianas são caracterizadas por estruturas de ações ou de operações, de composição reversível, de natureza lógica matemático. Para Piaget só existe fase quando há estruturas, ou segundo ele, estas pertencem à própria inteligência. O paralelismo que Piaget busca assim, entre fases intelectuais e fases afetivas leva desde o começo a uma diluição das fases afetivas e a uma extrapolação das fases da personalidade.
2.5 O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE E O PAPEL DA AFETIVIDADE
O papel da afetividade busca sempre o cuidado de uma pessoa para com a outra, o cuidados dos pais com a criança é complementar a afetividade, ou seja, é um comportamento da natureza humana.
Uma criança saudável sente-se suficientemente segura para explorar, quando sabe que seus pais acessíveis e serão receptivos quando requisitados.Percebe-se na visão do autor que a afetividade adquirida desde antes do nascimento é o traço principal nas relações até o final da vida; a capacidade de estabelecer laços emocionais com outras pessoas, e principalmente entre professores e alunos no processo de ensino / aprendizagem requer a capacidade de explorar o ambiente, incluindo as brincadeiras e as várias atividades com crianças da mesma idade. Ainsworth(1967).
O papel da afetividade no desenvolvimento da personalidade visa uma compreensão de explicar certos modelos de comportamento característicos não só de crianças em idade escolar como também adolescentes e adultos que foram privados dessa relação de afeto. Durante os primeiros meses de vida, uma criança mostra muitas das respostas que, mais tarde transformarão em comportamento afetivo, embora o modelo organizado não se desenvolva até a segunda metade do primeiro ano.
Segundo (Stern, 1985) Do nascimento em diante, a criança mostra uma capacidade crescente para se engajar na interação social e sentir prazer em fazê-lo.
Dessa forma o desenvolvimento do comportamento do afeto é um sistema organizado, que tem como objetivo a manutenção da proximidade ou do acesso a uma figura materna discriminada.
A presença de um sistema de controle do comportamento de afeto e sua ligação com os modelos de vínculos, que são elaborados na mente durante a infância, é considerada como traços centrais do funcionamento dapersonalidade durante toda a vida.
Ao caracterizar a grande influencia que a mãe de uma criança tem em seu desenvolvimento, faz-se necessário considerar o que levam a mãe a adotar o estilo de maternagem que adota; observando o grau de afetividade à mãe recebeu a quantidade de suporte emocional, ou a falta dele, influenciará também no desenvolvimento da criança. Já que a falta de afetividade dos pais, oriundos de seu passado e os afetos sobre as crianças são bem claros e muitas vezes percebidos pela escola.
2.6 A APRENDIZAGEM E AS EMOÇÕES DA CRIANÇA
Estudos demonstram que as emoções que o ser humano logo nos primeiros dias de vida apresenta um excitamento generalizado, que se diferencia com o passar dos meses em relação ao prazer, desprazer, medo, cólera etc.
Com o desenvolvimento, a criança vai modificando suas reações emoções, à medida que o desenvolvimento infantil vai se processando, uma diminuição da violência no modo de manifestar suas emoções; com a idade escolar, a criança contida ou mesmo disfarça as suas reações de desgosto, cólera etc.
Segundo Galvão (1999) “... se a criança está ao sabor de suas emoções, ela não tem condições neurológicas de controlá-las...”
Neste pensamento destaca-se o papel do professor de compreender o desenvolvimento a criança. Durante o período pré-escolar já aparecem emoções relacionadas com as condições do ambiente social da criança; nesta idade, ela manifesta ciúme de seuspais ou de seus brinquedos, não suportando ter de compartilhá-los com outras crianças.
Na meninice, período em que a criança freqüenta os primeiros anos do primeiro grau, suas emoções estão muito relacionados com a afeição que a professora lhe dispensa e com sua posição entre os colegas; nesse período, as notas, as classificações e a atenção da professora são causas de emoções.
Quanto a durabilidade das emoções a criança passa rapidamente de um estado emocional a outro muito diferente. Os episódios emocionais na infância são muito rápidos e freqüentemente vemos a criança passar das lágrimas ao sorriso ou vice-versa com muita facilidade.
À medida, porém, que vamos nos desenvolvendo, nossas emoções vão tendo maior duração, apresentando o aspecto de preocupações. A criança apresenta períodos emocionais, portanto é necessário um meio sócio-emocional, afetivo, motor e cognitivo para o desenvolvimento da criança.
Se essas necessidades não foram satisfeitas adequadamente, o mundo para a criança torna-se fonte de ameaça e de frustração. Os pais que são hostis ou impacientes nos seus movimentos e postergam muito o atendimento das necessidades podem desorientá-los criando ansiedade, medo de adultos e sensação de isolamento e abandono.
A confiança se desenvolve como conseqüência de clima estável que estimula e nutre a capacidade inerente da criança de se tornar uma personalidade segura. Tal estimulação, no entanto, nãoexclui transtorno momentâneo que a criança pode aprender a dominar continuando a crescer psicologicamente. Um clima emocional sadio e as variedades de estimulações e a estabilidade de um amor seguro e confiável.
3. REFLETINDO SOBRE A APRENDIZAGEM E AFETIVIDADE ENTRE ALUNO E PROFESSOR
3.1 RELAÇÕES AFETIVAS NO INTERIOR DA ESCOLA
Analisar sobre a importância dessas relações no interior da escola requer também averiguar o grau de conhecimento dos profissionais sobre as teorias que valorizam a afetividade aliada à educação.
Na medida em que nossas emoções atrapalham ou aumentam nossa capacidade de pensar e fazer planos, de seguir treinando para alcançar uma meta distante, solucionar problemas e coisas assim, define os limites do nosso poder de usar nossas capacidades mentais inatas, e assim determinam como nós nos saímos na vida. E, na medida em que somos motivados por sentimentos e entusiasmo e prazer no que fazemos, ou mesmo por grau ideal de ansiedade, esses sentimentos nos levam à conquista. Goleman (1995).
É nesse sentido que a inteligência emocional é uma aptidão mestra, uma capacidade que afeta profundamente todas as outras facultando ou interferindo com elas.
Nessa perspectiva percebe-se o quanto os profissionais da educação deverão ter equilíbrio e controle de suas emoções para fazer um bom trabalho na escola. Em toda situação com que nos deparamos temos umtipo de comportamento que revela nossas emoções provocando, em nós, um desejo de aproximação ou afastamento.
Toda “resposta emocional” é acompanhada de respostas intelectuais e fisiológicas, ou seja, a emoção que está sentindo.
Entretanto o professor precisa ter domínio sobre suas emoções, sejam elas alegria, raiva, medo tristeza etc. Nesse sentido os educadores precisam estar com estado intimo de alegria e prazer para proporcionar afetividade e cumprir suas tarefas com boa disposição, superando as dificuldades do dia-a-dia com mais facilidade, lutando contra os medos que muitas vezes provocam estragos suficientes nos alunos. Desta forma é preciso demonstrar carinhos com palavras gestos e expressões faciais.
Assim sendo o professor que possui afetividade não só ensina conteúdos, mas cria condições para tais relações acontecerem estimulando-os para a criatividade dos alunos, além da segurança liberdade psicológica necessária ao processo criativo, fazendo com que os mesmos acreditem que são capazes de criar e recriar.
3.2 SENTIDOS DA APRENDIZAGEM E A AFETIVIDADE
LEVY (1999) afirma que a “relação adulto/criança é enriquecida pelo contato carnal, pelo diálogo carinhoso (.....), entretanto, amar e alimentar a criança não é tudo, a falta de estímulos, as atividades motoras pode levar as perdas das funções inatas”
O pensamento de Levy nos faz entender que o caminho que leva qualquer indivíduo ao sucesso édeterminado nos primeiros anos de vida, quando os pais são os primeiros responsáveis pelo desenvolvimento intelectual e emocional da criança. Se a educação ofertada pelos pais não oferecer uma satisfação as necessidades emocionais da criança essa poderá se tornar em problema mais sério em sala de aula.
No entanto o professor é o responsável de proporcionar na sala de aula relacionamentos de amizades favorecendo a aprendizagem livre e criativa, apesar dessa importância para a aprendizagem, a relação afetiva entre professor/aluno nem sempre recebe a devida atenção do professor. Segundo DAVIS (1994), “O objetivo da ação da escola, não é resolver dificuldade relativas a fatores emocionais e afetivos, mas, sim promover a aquisição e reformulação dos conhecimentos elaborados por toda uma sociedade”.
Nesses aspectos cabe ao professor conhecer seu aluno em um processo dinâmico; mas é muito mais fácil o professor providenciar um manual, transmitir o conteúdo cobrar nas provas, dar notas, como geralmente se faz nas escolas. A escola deverá estar preparada para os diferentes contextos de realidade em que o aluno esta inserido, oportunizando relações afetivas entre professores e alunos e as formas de comunicação, os aspectos afetivos, emocionais e a dinâmica das manifestações na sala de aula fazem parte das condições organizativas do trabalho docente.
Uma sociedade onde caibam todos só será possível num mundo no qual caibammuitos mundos. A educação se confronta com essa apaixonante tarefa, formar seres humanos para os quais a criatividade e a ternura sejam necessidades vivenciais e elementos definidores dos sonhos de felicidade individual e social (ASSMANN, 2001).
Tanto a inteligência como a afetividade são mecanismo de adaptação. Permitem ao aluno construir noções sobre os objetos, as pessoas e as situações, conferindo-lhes atributos, qualidades e valores; a interação professor/aluno é um aspecto fundamental da organização da situação aprendizagem, tendo em vista alcançar os objetivos do processo de ensino; controle da aprendizagem exige todos os requisitos de uma boa relação afetiva permanente e acompanhamento das ações do aluno.
O trabalho docente deverá ter em vista a ajuda mutua aos alunos nas suas atividades, o controle sem ajuda pode provocar insegurança nos mesmos que às vezes sentem-se cobrados a um desempenho para o qual não foram suficientemente preparados.
Por outro lado, a ajuda sem controle não estimula os alunos a progredirem e vencer as dificuldades. A aprendizagem não é uma atividade que nasce espontaneamente com os alunos, muitas vezes para o aluno essa aprendizagem é uma tarefa muito difícil, é preciso que o professor motive e estimule com elogios e incentivos.
3.3 A APRENDIZAGEM E A IMPORTÂNCIA DA LIBERDADE
Ao lado da afetividade para aprender e da interação entre professores e alunos, a criação de umclima de liberdade na sala de aula é, também de suma importância para ocorrer à aprendizagem.
Grande parte das dificuldades que surgem no processo de aprendizagem como, por exemplo: alunos distraídos, rebeldes, que não conseguem aprender, resultam da falta de liberdade. Ninguém se sente bem quando é obrigado a fazer algo do qual não gosta, ou ficar horas seguidas sentado sem se mexer.
Nestas circunstâncias, o que é feito com má vontade não produz aprendizagem e muito menos realização. Ao contrário a opressão exercida sobre os alunos e a imposição de atividades desinteressantes só pode levar a frustração e a revolta.
Num clima de liberdade, o aluno motivado para aprender interessa-se pelo que faz quando ele se sente amado pelo professor, quando o professor acredita em sua capacidade, ele trabalha com mais dedicação, produz mais e consegue alcançar seus objetivos.
O trabalho em liberdade gera alegria e satisfação para quem o faz e resulta em realização pessoal e atitudes positivas em relação aos colegas e no professor. DEWEY (1971) Afirma “A educação não é preparação nem conformidade. Educação é vida, é viver, é desenvolver, é crescer”.
No entanto o professor deverá ter um domínio e uma autoridade profissional; para que possa acontecer esta liberdade em sala de aula o professor poderá criar métodos e procedimentos de ensino no intuito de lidar com a classe e com as diferenças individuais, na capacidade decontrolar e avaliar o trabalho dos alunos. No entanto a autoridade moral é o conjunto das qualidades de personalidade do professor, sua dedicação profissional, sensibilidade, senso de justiça e traços de caráter.
A autoridade técnica constitui o conjunto de capacidades, habilidades e hábitos pedagógicos - didáticos necessários para dirigir com eficácia a transmissão e assimilação de conhecimentos aos alunos. Esta técnica se manifesta na capacidade de empregar com segurança os princípios didáticos dos conteúdos e sua relação com a atividade humana e social, aplicam os conhecimentos na prática e desenvolvam capacidades de habilidades de pensarem por si próprios.
Um professor competente se preocupa em dirigir e orientar a atividade mental dos alunos, de modo que cada um deles seja um sujeito consciente ativo e autônomo, O professor representa a sociedade, exercendo um papel de mediação entre o aluno e a mesma trazendo consigo a sua individualidade e liberdade. Entretanto, a liberdade individual esta condicionada pelas exigências dos conteúdos.
3.4 COTIDIANO ESCOLAR A AFETIVIDADE E AS METODOLOGIAS USADAS:
Percebe-se que implantar a afetividade na prática pedagógica não é muito comum nos currículos existentes, embora estejam explicitadas nos Projetos políticos Pedagógicos as características da clientela atendida, pouco se verifica a questão da afetividade contemplada nestes P.P. P, a afetividade constitui-se fatoressencial na vida escolar do aluno, uma vez que as crianças são sujeitos do processo ensino / aprendizagem.
Galvão (1999), referindo-se a Wallon, diz que são quatro os temas fundamentais nos quais o mesmo se baseou para elaborar seu projeto teórico no qual pretendeu fazer a psicogênese da pessoa completa, afetividade, movimento, inteligência e a questão da pessoa, do eu.
Na visão do autor esses elementos são essenciais para um bom desenvolvimento da criança desde a primeira infância, pois é nesta fase que ocorre a aquisição da linguagem. A escola, professores e psicólogos devem estar preparados para atender prontamente todas as crianças que chega a sala de aula com problemas emocionais decorrentes de sua relação familiar.
Para Cury (2003) os professores precisam deixar de serem bons e se tornarem fascinantes para que suas aulas e conteúdos façam sentido e possam ser assimilados por seus alunos sempre avaliando e reavaliando as metodologias e os conteúdos.
Portanto, um trabalho estruturado totalmente pelo professor diariamente, oferece resultados mais significativos do que os obtidos de forma semi-autorizada, no que diz respeito a uma boa assimilação e rendimento na escola.
Quando o aluno percebe que há afetividade por parte do professor, eles se sentem motivados e responsáveis por suas ações.
Tradicionalmente, era o professor quem determinavam as normas que regiam o funcionamento da classe, quem ministrava aslições, quem fornecia as orientações, quem definitivamente criticava e justificava a autoridade que ele mesmo representava. Atualmente, está se potencializando cada vez mais a participação do aluno em certos aspectos da organização escolar. Aminilo (1980).
Nessa visão compreende que o professor poderá ajudar o aluno a canalizar suas energias pelas vias aceitáveis, tendo uma postura firme, mas ao mesmo tempo afetuosa proporcionando um sentido de segurança, buscando ajuda de psicólogos quando tiver necessidade.
3.5 SALA DE AULA E OS PROBLEMAS AFETIVOS
O aspecto sócio-emocional refere-se aos vínculos afetivos entre professor e aluno, como também as normas e exigências objetivas que regem a conduta dos alunos na sala de aula. No entanto sabe-se que a relação maternal ou paternal deve ser evitada, porque a escola não é um lar.
Os alunos não são sobrinhos e muito menos filhos, na sala de aula o professor se relaciona com um grupo de alunos, mas isso não proíbe o professor de entender seu aluno como um ser humano trabalhando as atividades que proporcionem também interação e um bom relacionamento entre ambos.
O professor não apenas transmite informações ou faz pergunta, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente é unidirecional.
As respostas e as opiniões dos alunos mostram como eles estão reagindo à atuaçãodo professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem também, para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades.
Com muita freqüência ouve-se dizer que a dificuldade de aprendizagem, em alguns alunos é causada por distúrbios emocionais. Contudo os conhecimentos proporcionados pelas teorias e pesquisas existentes, são ainda insuficientes para mensurar o grau de interferência dos fatores emocionais no processo ensino/aprendizagem, sobre o qual recaem questões como a qualidade de atuação do professor, metodologias, falta de recursos didáticos e condições de trabalho.
Se um aluno não está conseguindo aprender, é provável que sua dificuldade seja proveniente da não satisfação de algumas ou de várias das necessidades que antecedem, na hierarquia, a necessidade de conhecimento.
O aluno pode ter dificuldade em aprender por estar com fome, cansada, insegura quanto ao futuro, isolada na família, ou no grupo de colegas, por sentir-se desprezado ou inferiorizado, ou ainda sentir-se frustrado em relação a muitos de seus planos e objetivos.
Dessa forma, há um longo caminho a percorrer antes que o professor possa entender por que um, vários, ou todos os alunos têm dificuldades em entender o que ele esta tentando ensinar.
Num tempo em que se privilegia o individualismo, a descartabilidade do ser humano, a valorização do “ter” nota-se uma ansiedade e necessidade crescentes naspessoas em sentirem-se aceitas.
Ainda mais nas crianças que estão inseridos no mundo dos conhecimentos formais e na ampliação do seu círculo social.
O professor que está atento a estas questões, buscará, mesmo dentro das poucas condições oferecida pelo sistema educacional (classes numerosas, falta de estrutura, de materiais pedagógicos, etc.), meios de humanizar as relações interpessoais com os alunos e fortalecendo, criando vínculos afetivos que favoreçam o desenvolvimento de seus alunos.
4. SÉRIES INICIAIS E A COMPREENSÃO DO PAPEL DO PROFESSOR DIANTE DOS ALUNOS
4.1 SERES INDIVIDUAIS O PROFESSOR CONHECENDO SEUS ALUNOS
O professor não é dono do saber absoluto como se acreditava na tendência tradicional, na verdade ele também aprende enquanto ensina, e o aluno enquanto aprende, também ensina. Se o professor precisa conhecer a si mesmo para poder conhecer os alunos, a abertura ao que os alunos podem ensinar-lhe é um dos passos para esse autoconhecimento.
Os alunos são pessoas humanas tanto quanto o professor, e seu desenvolvimento e sua liberdade de manifestação precisam ser respeitado pelo professor. Na medida em que isso acontecer, o professor chegara à conclusão de que não é apenas uma maquina de ensinar ou um gravador ou qualquer outro aparelho.
Como os alunos, ele também é uma pessoa e relaciona-se com eles deforma global, e não apenas como transmissor de ordens e conhecimentos. É importante que o professor tenha consciência que além de mero transmissor de conhecimentos, ele é mais um dos exemplos adultos que os alunos em desenvolvimento poderão vir a imitar.
Pesquisas apontam que o conhecimento do conteúdo e a eficácia do ensino não são as características mais valorizadas pelos alunos, para eles mais importante é o relacionamento do professor do ponto de vista do indivíduo e do grupo.
Professores que mantêm relações agradáveis com os alunos, que preferem atitudes democráticas e cooperadoras, que são delicado e paciente, têm muito mais probabilidades de serem bem sucedidos em seu trabalho educativo.
Entretanto é interessante observar que o professor tem suas virtudes e valores quando consegue estabelecer laços afetivos com seus alunos, é inevitável, porém que a forma de ser e agir do professor revela um compromisso.
È esta forma de ser que demonstra a não neutralidade do ato pedagógico onde implica uma boa relação com os alunos preocupando-se também com os métodos de aprendizagem e procurando formas dialógicas de interação.
Segundo FRANCO (1994) “O educador é um ser do mundo. Não pode ser pensado independentemente desta perspectiva; não é um indivíduo isolado, individualidade a parte que emite pareceres limitados numa relação unívoca com a escola e a sociedade”.
Assim sendo, não se pode analisar as relações queo professor estabelece com o aluno senão a partir de situações concretas de sua história e de sua vida. As pesquisas têm mostrado que os professores afirmam que sua prática cotidiana tem mais importância no seu modo de ser do que a formação acadêmica que por ventura tiveram.
E ainda, que o seu comportamento docente é inspirado em professores que marcavam a sua própria trajetória educacional. Estes dados reforçam a necessidades de tratar os processos pedagógicos de forma contextualizada. Mostram que a relação professor – aluno é fundamental, capaz de deixar marcas no aluno por parte da existência. É preciso resgatá-la, compreendê-la e redimensioná-la.
4.2 COMPREENSÃO DO PROCESSO ENSINO / APRENDIZAGEM
A educação, entendida como socialização, é o mecanismo básico de constituição dos sistemas sociais e de manutenção e perpetuação dos mesmos, em formas de sociedades, e destaca que sem a socialização, o sistema social é ineficaz de manter-se integrado, de preservar sua ordem, seu equilíbrio e conservar seus limites.
O equilíbrio é o fator fundamental do sistema social e para que este sobreviva e necessário que os indivíduos que nele ingressam assimilem e internalizem os valores e as normas que regem seu funcionamento. TALCOTT PARSONS (1964).
Nesta compreensão de pensamento a questão principal está em desvendar o que acontece com o professor que determina que ele assuma uma postura reflexiva diante do processoensino / aprendizagem, ajudando seus alunos a um conhecimento que melhor favorece o crescimento da consciência crítica e não pela tentativa de passar, unicamente. Produzir conhecimentos significa colocar os sujeitos da aprendizagem numa perspectiva de indagação que leve ao aluno a reflexão.
É preciso envolver o professor na tarefa de investigar e analisar o seu próprio mundo. Entre os professores, muitas idéias falsas sobre o processo educativo já estão sendo substituídas por outras.
Atualmente sabe-se que não basta punir ou recompensar o aluno para que ele aprenda; que despejar conhecimentos sobre os alunos não é o mais importante; não basta que o aluno memorize os conhecimentos para que utilize na prática.
É preciso criar uma situação agradável na sala de aula e estimular o aluno para que ele se sinta interessado e motivado em aprender. Às vezes, o aluno não aprende por razões simples, como; por exemplo, o fato de ter ficado em casa por causa da chuva, ou o fato de os pais não darem muita importância à escola.
4.3 NA SALA DE AULA, RELAÇÃO PROFESSOR / ALUNO
ANDRADE (1999) Diz “O espaço da sala de aula tem muitas interpretações muitas vezes decorrentes da formação e visão que o professor traz consigo ao longo de sua leitura de mundo”.
A partir desse princípio, o professor tem um papel significativo na determinação, da ocupação dos espaços em sala de aula, ao longo da história da educação encontramosdiferentes concepções sobre o papel do mesmo.
E conseqüentemente a estrutura da sala de aula, com um ambiente agradável promovendo uma adequada relação professor–aluno, onde o professor tenha consigo, práticas de afeto positivo, olhar afetivo, um afagar; um toque; um abraço etc.
A sala de aula é o espaço determinado e social para atividades e conversas prazerosas entre educador e educando; ensinar é um amplo movimento de vida entre ambos.
O professor deverá ser aquele companheiro que compartilha com os educandos o saber, o entendimento e experiências; ou seja, exercer a profissão de educador é exercer um sacerdócio; amar o que faz aceitar os desafios e transformar as dificuldades dos alunos em sucesso.
Para aprender o aluno precisa ter ao seu lado alguém que o perceba-nos diferentes momentos da situação de aprendizagem, que lhe responda de forma a ajudá-lo a evoluir no processo, alcançando um nível mais elevado de conhecimento.
Os comportamentos dos professores e dos alunos deverão estar relacionados com uma rede de interação envolvendo comunicação, afeto e complementações de papeis, onde expectativas recíprocas são colocadas.
Quem ensina precisa incentivar os alunos a relacionarem o que foi aprendido na escola com outras experiências fora dela. Nessas interações o professor poderá ajudar os alunos a superar visões de mundo restritivas, individualistas ou autoritárias.
É importante que o educador procurecolocar-se no lugar dos alunos para comprendê-los, sendo o mesmo um mediador competente entre o aluno e o conhecimento, alguém que deve criar situações de afetividade, aprendizagens e desafios.
5. APRENDIZAGEM OS FATORES QUE INTERFEREM
5.1 AS INTERFERÊNCIAS SÓCIO-AFETIVOS E A ESCOLA
Os sistemas educacionais dão grande ênfase aos obstáculos sócio-afetivos vinculando-os freqüentemente as relações familiares. Alguns educadores apontam a indiferença, a agressividade e a super proteção dos pais, a falta de padrões e norma de comportamento e de contato com material gráfico, a falta de estímulos, a carência afetiva, as perdas e a pobreza como responsáveis pelo mau rendimento dos alunos.
Essas interferências dão noção de obstáculos que ocorrem no cotidiano escolar impedindo que a aprendizagem se desenvolva, principalmente a ausência dos pais causando a indiferença pela produção escolar, estando nítida a falta de afeto.
Toda a conduta com objetos inanimados faz-se em função de pautas de condutas assimiladas na relação interpessoal, e todo objeto tem ou contém “cristalizadas” uma quantidade de vínculos humanos. A relação com as coisas é sempre um derivado das relações com as pessoas. Bleger (1984).
Assim os vínculos negativos que as crianças desenvolvem com adultos a sua volta certamente interferirão no seu vínculo com o objeto do conhecimento.
Para o autoros vínculos humanos são fatores importantes para relacionar-mos uns com os outros e também com a aprendizagem, muitas crianças como não esperam nada de bom dos adultos capaz de ajudá-los tornam-se cada vez mais com baixa auto-estima e com dificuldade nas relações de amizade e afeto consigo mesmo e com os outros.
O fortalecimento dos vínculos afetivos nas escolas é preciso ser construído como um pressuposto básico para a construção do conhecimento cognitivo e afetivo, considerando a afetividade e a inteligência como aspectos básicos e indissociáveis e intimamente ligados e influenciados pela socialização contribuindo assim para uma formação de pessoas felizes e seguras, capazes de conviver na sociedade atual.
Portanto essa escola como um lugar de aprender é também um caminho para se fazer relações de amizade e afeto, tendo os profissionais da educação acompanhar o desenvolvimento e demonstrar a sensibilidade de diálogo constante, pois a transmissão do conhecimento implica uma interação saudável entre pessoas.
5.2 AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGENS
A escola deve ser participativa e democrática sociável, agradável produtora de conhecimentos, a mesma deve oferecer um espaço especial para a família, oportunizando um clima de satisfação, presença de liderança entre: pais, diretores e colaboradores da escola; quando há valorização do professor, participação da família, é elevada a expectativa de desenvolvimento dosalunos, e facilitada o trabalho educativo ganha um impulso especial.
O aluno vive numa família que tem pai, mãe e irmãos? Vive só com a mãe e os irmãos? Vive só com os pais? Vive com os irmãos, sem pai nem mãe? Vive com um tio, uma tia, Os avós? Quantos irmãos tem? Como são seus pais? São autoritários? Mandões? Agressivos e violentos? Ou dão total liberdade? São afetuosos com os filhos? Os pais trabalham? Estão desempregados? Ganham o suficiente para sustentar a família? Passam dificuldades? Os filhos se alimentam bem ou mal? Os pais valorizam a escola? Ou preferem que o filho deixe de estudar para trabalhar; (PILETTI 91997).
Todas essas questões devem ser analisadas pelo professor, pois freqüentemente o aluno pode apresentar desajuste emocional interferindo na aprendizagem originando assim o fracasso escolar. O professor deve ser curioso e questionador, para observar seu aluno e perceber quais os problemas que estejam atrapalhando o seu desenvolvimento escolar.
A família e o professor deverão ter um contato direto para conversarem e procurarem juntos uma solução, no sentido de encontrar a melhor forma de lidar com o aluno.
Esse diálogo entre a família e o professor é muito importante, pois a troca de informações entre as pessoas envolvidas na escola e os familiares, para que se dirijam ao aluno usando a mesma linguagem.
PIAGET (1964) Afirma “O desenvolvimento, portanto, é uma equilibração progressiva umapassagem contínua de um estado de menos equilíbrio para um estado de equilíbrio superior”.
Vale à pena refletirmos sobre esse desenvolvimento, onde o professor precisará proporcionar ao aluno oportunidades de participar de atividades que enriqueça os relacionamentos entre os demais colegas e o professor respeitando e percebendo as diferenças e aptidões próprias de cada um.
A família e o professor devem caminhar juntos, para que o aluno com esse apoio possa alcançar seus objetivos e habilidades.
5.3 AS RELAÇÕES AFETIVAS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Atualmente a educação enfrenta alguns desafios dentre eles a reflexão sobre a relação professor / aluno e o sucesso no ensinar e no aprender; Esta questão está ligada à formação de professores, entendo que a missão de educador tem concepção de mundo, de sociedade, de homem e com as características da escola e da concepção de formação humana que delas decorre.
Para falarmos de relações afetivas no processo ensino / aprendizagem nas séries iniciais, e ao mesmo tempo refletir sobre o funcionamento que predetermina e orienta a continuidade do processo de escolarização em todos os níveis, desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior.
O conhecimento pedagógico é aprendido, quase sempre, inconscientemente, mais do que é ensinado assim o professor se forma ao percorrer sua vida pessoal e profissional e esse é um percurso de formação contínua e, de preferência, num ambientede aprendizagem favorável, esta aprendizagem exige do professor uma postura, uma atitude reflexiva para o exercício da sua atividade docente.
A tarefa educativa almeja uma resignificação, a ser feito pelo educador, de sua ação junto aos alunos. Formar educadores é incluí-los no processo da dinâmica emocional do ser humano, Assim não é fácil saber como o professor agirá em sala de aula.
As crianças devem ter oportunidades de desenvolver sua afetividade, é preciso dar-lhes condições para que seu emocional floresça, se expanda, ganhe espaço; A falta de afetividade leva a rejeição aos livros, a carência de motivação para a aprendizagem, à ausência de vontade de crescer”. Rossini (2004).
Entretanto ao se formar educadores é preciso estar atentos às características e aos fatos da nossa sociedade, lembrando que quando chega uma criança com uma mochila nas costas, além desse material ela traz todas as impressões que vivenciaram assimiladas ou não; bem elaboradas ou não; nesse intuito é que a prática docente se faz necessário discutindo como esses alunos estão inseridos na sociedade, como estão acompanhando as impressões sobre o mundo de hoje; e como os educadores vêem essa realidade social.
O desenvolvimento da afetividade pressupõe um trabalho baseado em fatores dentre eles: os limites, mitos do cotidiano e ritmos. Ainda para Rossini as pessoas deixaram de ser afetivas, economizam carinho, atenção e amor,tornaram-se angustiadas, apáticas e sem emoção, mas reprimir a afetividade pode causar a depressão.
A importância dos fatores emocionais e afetivos na aprendizagem devem ser temas de estudos na formação dos docentes, cabendo a escola esforçar-se por propiciar um ambiente afetivo e seguro.
5.4 A FAMÍLIA, O ALUNO E O PROFESSOR .
Na família é que começa a socialização da criança e na escola essa socialização é reforçada, e é por isso que ela precisa sentir-se segura para integrar-se junto ao grupo escolar. O professor deve criar condições para que ele se sinta importante em participar com os demais colegas dos conteúdos abordados pelo professor, onde os elementos principais devem estar presentes.
O respeito, o carinho, a dedicação e a afetividade, despertando no coração do aluno o desejo, a liberdade e o prazer, com intuito de ser um bom profissional melhorando a vida do seu aluno e da sua família encontrar no aluno um aspecto singular.
Ter a satisfação de preparar a aula com um estilo diferente visualizando a aprendizagem, respeitando a forma de aprender de cada aluno, pois cada um tem seu talento, direcionando seu estilo de acordo de como o aluno apresenta suas dificuldades. O professor deverá conhecer bem seus alunos, seu estilo, na vivência com a família, facultando assim a aprendizagem e explorando o conhecimento prévio que ela já possui do educando.
A criança só pode conhecer o dever através de seus paise mestres. É preciso que estes sejam para ela a encarnação e a personificação do dever. Isto é, que a autoridade moral seja a qualidade fundamental do educador. A autoridade não é violenta ela consiste em certa ascendência moral. Liberdade e autoridade bem compreendida. Pois, ser livre não consiste em fazer aquilo que se tem vontade, e sim em ser dono de si próprio, em saber agir segundo a razão e cumprir com o dever. “E justamente a autoridade de mestre deve ser empregada em dotar a criança desse domínio sobre si mesma, DURKEIM (1973).
No entanto as chaves desses mecanismos estão nas mãos da família e do professor, quando os mesmos sabem orientar e ajudar a criança a ter uma visão crítica, dando perspectiva renovada do que é necessário para o desenvolvimento da criança.
Quando a família e a escola pensa na criança com uma inteligência em crescimento, em formação precisando de limites, mas também de amor e compreensão, ou seja, um diamante a ser lapidado nas mãos da família e do professor, pois são essas as pessoas que ele tem um maior contato.
O vínculo afetivo, da criança estabelecido com a família e mais tarde com o professor é fundamental para um bom desenvolvimento na escola.
5.5 O PROFESSOR CONHECENDO A FAMÍLIA DO ALUNO.
O professor deverá ter consciência que independentemente da estrutura familiar ele precisa trabalhar com o aluno as habilidades cognitivas e levá-los a construir seuconhecimento; Mas para isso é preciso o apoio da família, ou seja, às vezes a mesma não é aquela formada por pai, mãe e irmãos, mas aqueles que respondem pela educação da criança, esses fazem parte da família.
A família é a célula mãe da sociedade, nesse sentido o professor deverá conhecê-la e valorizá-la para trabalharem juntos tornando assim uma harmonia entre a escola e a família.
TEDESCO (2002) Afirma “A conta negativa de valores e atitudes que os pais não ensinam em casa, cai inevitavelmente no colo do professor.
Nesta afirmação do autor percebe-se que a tarefa do professor nas séries iniciais está além de transmitir conhecimentos somente, mas de oferecer o “colo”, estar atentos diante de qualquer problema do aluno, para ajudá-los a solucionar.
Assim valemo-nos da reflexão de Wallon. Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro. Aboliu as convicções numa época em que a memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento, Wallon deu uma ênfase sobre quatro elementos que se comunicam o tempo todo: “A afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu em uma pessoa”.
A realidade sobre a carência desses fatores deixa claro que a escola deve resgatar esses elementos nas atividades pedagógicas, ajudando o aluno a descobrir o eu no outro. Essa relação dialética ajuda a desenvolver o aluno em sintonia com o meio. Pensandonessa teoria vale-nos questionar que ainda é uma resistência em muitas escolas para que se atualizem seus métodos pedagógicos tradicionais, começando a ter idéias humanísticas e colocá-las em prática, valorizando o humano dentro de uma homogênese multidisciplinar. Para Wallon a escola ainda deixa seus alunos imobilizados em uma carteira limitando seus pensamentos e emoções.
Neste sentido a família e o professor deverá assumir posturas coerentes para as soluções dos vários confrontos entre a escola e a família, buscando alternativas que levem a verdadeira educação para a vida. Os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), se referindo a tendência afetivista dão um enfoque especial ao aspecto do afeto quando diz:
O professor devera procurar fazer os alunos encontrarem seu equilíbrio pessoal e suas possibilidades de crescimento intelectual mediante técnicas psicológicas. Procurando-se fazer com que cada um tome consciência de suas orientações afetivas concretas na esperança de que, de bem consigo mesmo possa conviver de forma harmoniosa com seus semelhantes. Ao invés de se discutirem dilemas abstratos (...). Neste sentido o convívio escolar deverá propor relações de afeto em situações vividas na escola dentro e fora da sala de aula, com a finalidade de contribuir para a construção da cidadania, porque ser cidadão e saber também relacionar-se bem consigo mesmo e com o outro. PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais)1997.
Nesta visão percebe-se que as relações tanto afetivas quanto a inteligência são mecanismos de adaptação, permitindo ao indivíduo construir noções sobre “coisas”, pessoas e situações, conferindo-lhes atributos, qualidades e valores. Assim contribuem para a construção do próprio sujeito sua identidade e visão de mundo.
A escola precisa motivá-los, para enfrentar o desafio intelectual que a escola lhes coloca; O prazer vem assim, da própria aprendizagem, do sentimento de competência pessoal, da segurança de ser hábil para resolver problemas.
O mesmo consiste em um confronto de idéias de alguns pensadores abordados no contexto da pesquisa, na interferência e na interpretação da mesma, é a fase em que os resultados brutos serão reunidos, esses resultados são os escritos de várias procedências e documentos que foram registrados no corpo da pesquisa. Os mesmos serão analisados de maneira a serem significativos dentro do tema abordado. Assim sendo estas seleções serão fornecidas para uma investigação de pensamentos dos autores estudados, com propósitos de correção no projeto de relações afetivas no processo ensino/aprendizagem nas séries iniciais.
LEVY (1999) Afirma que: “A relação adulto/criança é enriquecida pelo contato carnal, pelo diálogo carinhoso (...), entretanto, amar e alimentar a criança não é tudo, a falta de estímulos, as atividades motoras pode levar as perdas das funções inatas".
Segundo Moccoby(1970) Qualquer comportamento da criança é uma função do desenvolvimento cognitivo que ela alcançou, um derivado demonstrativo deste princípio aplicado às ligações afetivas é que uma criança não pode desenvolver uma ligação afetiva específica até que venha discriminado e reconhecido uma pessoa individual.
Uma sociedade onde caibam todos. Só será possível num mundo no qual caibam muitos mundos. A educação se confronta com essa apaixonante tarefa: Formar seres humanos para os quais a criatividade e a ternura sejam necessidades vivenciais e elementos definidores dos sonhos de felicidade individual e social. ASSMAN (2001).
Mas para DAVIS (1994) “O objetivo da ação da escola, não é resolver dificuldades relativas a fatores emocionais e afetivas, mas, sim promover a aquisição e reformulação dos conhecimentos elaborados por uma dada sociedade.
Segundo FRANCO (1994) “O educador é um ser do mundo. Não pode ser pensado independentemente desta perspectiva, não é um indivíduo isolado, uma individualidade à parte que emite pareceres limitados numa relação unívoca com a escola e a sociedade.
Para Cury (2003) os professores precisam deixar de serem bons e se tornarem fascinantes para que suas aulas e conteúdos façam sentido e possam ser assimilados por seus alunos sempre avaliando e reavaliando as metodologias e os conteúdos.
A partir desses princípios o professor ao se deparar com situações problemas deverá estar preparadopara mobilizar interesses, ativa a participação dos alunos nas diversas atividades. Confiando em seu potencial valorizando os avanços e ajudando-os a solucionar problemas, a relação afetiva no processo ensino/aprendizagem nas séries iniciais tem que abranger todo o sistema escolar compreendendo o conhecimento como um processo dinâmico, vivo, onde haja interação entre professor/aluno e todo seu ambiente social.
6. CONCLUSÃO
A escola precisa experimentar o sentido das relações afetivas, ou seja, as emoções vitais do amor, trabalhar com o aluno nas séries iniciais não é tarefa fácil, mas é a tarefa que o professor escolheu para exercê-la, sabe-se que a escola não pode fazer tudo sozinha, mas será que está fazendo tudo o que pode? Vivemos em novos tempos não é tarefa somente da escola formar cidadãos, mas do conjunto da sociedade, no entanto como local privilegiado de estudo, pesquisa, trabalho e conhecimento está a escola, a mesma deverá possibilitar saberes indispensáveis para a inserção social.
A sala de aula é a casa do saber, precisa ser um lugar prazeroso alegre que o aluno se sinta bem, o professor deve ser solidário perceber o aluno no todo, zelar pela aprendizagem, tentar compreender melhor suas angustias e conflitos, dando possibilidade de um aluno ajudar o outro e o professor cooperar nessas relações de amizade e trabalho coletivo. Percebe-se que otempo da escola como apenas detentora do saber já não existe mais, a função da escola hoje é de estabelecer relações de conhecimentos de interação e socialização, mata-se uma sociedade quando não se educa bem. A sala de aula é o endereço do aluno é onde ele chega todos os dias e vai trabalhar com seu professor e seus colegas.
Cada ser humano possui um habitat onde se pode realizar um trabalho, e para o professor seu habitat é a sala de aula, por ventura um habitat muito importante, onde a característica principal é ensinar, relacionar-se e aprender, a escola faz parte da vida do aluno. Ser professor é uma especialidade que precisa ser especial pois ele é o melhor método pedagógico, passar para os alunos seus conhecimentos contribuindo para o sucesso de cada um deles. Vincular a educação ao mundo do trabalho e relações sociais, preparar o aluno para que ele saiba planejar, avaliar, fazer síntese e a maneira de se organizar na sociedade.
As máquinas apareceram, os braços foram substituídos, estamos na era da internet e da globalização, mas, no entanto não devemos entender que as máquinas substituem a relação humana, o ser humano em especial. Os alunos das séries iniciais precisam do contato, do abraço, da delicadeza enfim da corporeidade, ou seja, a aprendizagem como processo corporal, a corporeidade não é fonte complementar de critérios educacionais, mas seu foco irradiante primeiro e principal.
Os direitos edeveres do cidadão começam na sala de aula, ordem democrática é preciso, mas é essencial uma ordem de pensamentos para que haja organização, para com os vínculos de família e escola, ou seja, harmonia na sociedade, construindo laços de afetividade e solidariedade, cada individuo possui em sua personalidade, categorias que resultam em aspectos cognitivos e afetivos, fatos estes que devem ser construídos na família e reforçado na escola.
Com um novo olhar pedagógico pode-se ampliar as relações humanitárias experimentando, sentindo e questionando até onde o uso da tecnologia pode ajudar acrescentar, melhorar a qualidade das relações professor/aluno. Ampliar a busca da informação, possibilitando a construção de um conhecimento multidimensional, multicultural, que preparam os alunos para serem pessoas e profissionais centrados e alinhadas com as exigências sociais do século XXI. O conhecimento não poder ser reduzido unicamente aos aspectos racionais, a educação é um processo de desenvolvimento global, integrando os vários níveis de conhecimento e de expressão sensorial, intuitivo, afetivo e até transcendental.
No entanto o compromisso político do professor não é altamente, um aspecto explicito na sua ação, muitas vezes não faz parte da expectativa dos alunos e nem sempre é consciente no professor. Se não há prática pedagógica neutra, é preciso caminhar mais na direção do desvelamento desta prática pedagógica. Assimsendo as práticas do professor deverá ter um comprometimento que os liga afetivamente com os alunos; suas práticas são os resultados da apropriação que ele fez dos saberes históricos sociais.
É uma reflexão muito difícil de definir os limites do conceito “relação professor aluno”, pois eles se encontram na prática do processo pedagógico com o ensino e com a metodologia adotada.
Assim sendo se espera do professor uma atitude de responsabilidade, coragem, compromisso e tantas outras importantes na educação, pois quanto mais próximo o professor é do aluno, mais influência ele tem sobre seu comportamento.
A realização da presente pesquisa mostra-nos que as relações afetivas é um aspecto que permite no ser humano um fluido de comunicação de relações mais estreitas e significativas e de novas aprendizagens, as relações pedagógicas devem estar pautadas nas interações estabelecidas entre sujeitos, cultura, objetos e espaços que configuram o processo educativo.
Portanto entende-se que essas interações, colocadas em trocas afetivas e vínculos são construídas com base em uma relação de confiança mútua e na crença de que as ações coletivas entre a escola e a família é um desafio a ser superado nos dias atuais; onde a escola deverá ser vista como espaço de encontro entre sujeitos e suas vivencias, devendo-lhes proporcionar situações de convívio espontâneo e cheios de afetos. Tais relações estabelecidas entre professor alunodesvelam a concepção de criança como sujeito capaz de agir, com direito de se expressar nas múltiplas linguagens e de ser protagonistas das situações do cotidiano.
Através da pesquisa realizada é importante ressaltar que a criança afetiva é capaz de despertar o interesse do adulto, encantar as pessoas à sua volta. A partir dessa relação interativa ela desenvolve uma confiança e um repertório em comum; tendo uma imagem positiva de si, ampliando sua autoconfiança identificando cada vez mais suas limitações e possibilidades, e agindo de acordo com elas.
Assim sendo conclui-se com esta pesquisa, que os vínculos afetivos decorrentes das relações significativas podem favorecer a construção de aprendizagens e conhecimentos de si e do mundo a que a criança e o adulto pertencem. Nessa perspectiva as relações afetivas no processo de ensino/aprendizagem nas séries iniciais deverão proporcionar diversas ações na vida do aluno, ou seja, na disponibilidade do professor para a escuta, observação e a interação para que estas relações afetivas produzam transformações em todos os envolvidos no contexto, gerando novas aprendizagens e agregando valores humanos.
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