A LEITURA E O LÚDICO EM SALA DE AULA
Por: larisasakamoto • 18/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.910 Palavras (8 Páginas) • 624 Visualizações
TRABALHO APRESENTADO A UNIVERSIDADE NORTE DO PARÁ-POLO DE RIO VERDE-GO
1 INTRODUÇÃO
O indivíduo sofre em todas as fases da vida, a influência dos agentes externos de natureza física e social. Esses agentes atuam sobre seus organismos estimulando suas capacidades e aptidões e promovendo o seu desenvolvimento físico e mental. Assim, a aprendizagem é um processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos de ação física e mental, organizados e orientados no processo ensino aprendizagem.
Mediante a falta de interesse que muitas crianças têm em aprender, e a leitura do livro No Reino das Letras Felizes, de Lenira Almeida Heck (2007), levantou – se o questionamento sobre a utilização do lúdico como prática pedagógica e possível garantia de uma aprendizagem mais significativa para essas mesmas crianças.
A finalidade deste trabalho é apontar a importância do lúdico como proposta pedagógica do ensino da leitura em sala de aula, pois a criança só aprende o que lhe dá prazer e aprofundar os estudos sobre as dificuldades de aprendizagem torna-se necessário para a discussão em referência.
2 DESENVOLVIMENTO
A aprendizagem é um processo contínuo que ocorre durante toda a vida do indivíduo, desde a infância até velhice. Normalmente uma criança deve aprender a andar e a falar, logo após a isso ela aprende a ler e escrever. Para o Valle (2009) o desenvolvimento geral do individuo será resultado de “suas potencialidades genéticas e, sobretudo, das habilidades aprendidas durante as várias fases da vida... a aprendizagem está diretamente relacionada com o desenvolvimento cognitivo” (p. 35). Portanto as passagens pelos estágios da vida são marcadas por constante aprendizagem.
Polônia (2007) O método da descoberta não só ensina a criança a resolver problemas da vida prática, como também garante a ela uma compreensão da estrutura fundamental do conhecimento, possibilitando assim economia no uso da memória, e a transferência da aprendizagem no sentido mais amplo e total.
A aprendizagem se incrementa por meio da: “interação do aprendiz e dos procedimentos de ensino, pelas formas de intervenção, por meio das diversas linguagens e dos conhecimentos elaborados em sua cultura e pela escola” (p. 16), considerando vários fatores como: coletividade, identidade e historicidade.
Kleiman (2001) afirma que a leitura é uma maneira de construir “conhecimento de mundo é um eixo que liga os bens culturais e através desse aprendizado o aluno adquire visão crítica” (p. 30), portanto para que ocorra uma boa leitura é preciso que o leitor interaja com o texto. Não só na escola mas também no cotidiano do indivíduo, o hábito da leitura é algo fundamental, para que possa ampliar a visão do mundo para que assim aconteça uma melhor compreensão da mesma. A interação com a leitura é responsável pelo desenvolvimento pleno da capacidade linguística da criança e do adolescente, por meio do acesso e da familiaridade com a linguagem a criança aprende a se relacionar com o mundo e ávida, pois descobre uma forma de decifrar esse mundo.
A atividade narrativa lúdica parece ser a base primordial da animação e fruição da leitura na primeira idade porque é o primeiro contato da criança com o feito literário. Sem esquecer que a linguagem natural da criança é uma linguagem total: o afetivo e o cognitivo estão plenamente unidos. A leitura é decorrente do conjunto de conhecimentos e informações a qual constitui uma determinada forma de ver o mundo. O trabalho com a literatura infantil deve ter como um dos pontos norteadores a preocupação em formar leitores autônomos e críticos. Isso exige dos professores um olhar atento e tenaz para as metodologias que devem ser empregadas, bem como para o material a ser utilizado (livros só com textos; livros com textos e imagens; livros só com imagens; livros com recursos audiovisuais, entre outros).
Entretanto, a leitura é algo fundamental na vida do indivíduo, pois trás grandes benefícios, que faz com que o aluno cresça, amplie seus conhecimentos e desenvolva mentalmente. Em suma a leitura e uma das ferramentas que possibilita o indivíduo a desempenhar melhor seu aprendizado
De acordo com Cunha (2004), o ato de brincar possibilita infinitas maneiras de trabalhar com os alunos: “a interação, o lúdico, a brincadeira em geral leva o aluno a construção do conhecimento” (P. 50). O brincar não se resume como um meio de diversão e descontração. É um ponto importante que deve ser explorado e valorizado na escola e dentro da sala se aula. Porem o brincar é muito mais que um simples momento de divertir é um dos caminhos que pode levar ao conhecimento. O educador precisa criar situações onde o educando esteja em contato com materiais manipuláveis, em trabalhos que exercitem seu raciocínio, onde pense em estratégias para fatos básicos, onde aprendam a deduzir conclusões lógicas.
A educação na leitura deve ir além de conseguir que os leitores fruam contos, narrações, histórias, principalmente os poemas: ler é uma atividade privilegiada, uma das atividades mais completas, formativas e prazerosas à qual podemos dedicar nosso tempo. A leitura pode ampliar nossos conhecimentos, transportar-nos a outros mundos, conhecer outras pessoas e viver aventuras em diferentes situações.
Afirma que existem muitas concepções de leitura cuja dinâmica envolve componentes sensoriais, emocionais e racionais (p. 60 – 62):
A leitura sensorial: é uma leitura inicial, quando o leitor desperta com letras, cores, ilustrações, quando a história é contada (a entonação de voz, a musicalidade) desperta a imaginação e o lúdico do leitor, onde este cria suas fantasias.
A leitura emocional: O contato do leitor desse nível com a leitura é dominado por seus sentimentos. A emoção ressalta a necessidade do ser humano de fugir da realidade em que vive nesse nível a emoção é mais forte que a razão.
A leitura racional: Nessa leitura o que fala mais alto é o intelecto, não separada, porém da leitura sensorial e emocional que farão com que o leitor tenha uma visão mais ampla do conhecimento e já é capaz de captar a essência do texto.
Melo (2015) afirma que a partir do momento em que a criança tem acesso ao mundo da leitura, “ela passa a buscar novos textos literários, faz novas descobertas e consequentemente amplia a compreensão de si e do mundo que a cerca”. Nesse cenário, professores e coordenadores pedagógicos devem atuar em sintonia, assegurando que o trabalho com a literatura infantil aconteça de forma dinâmica, por meio de práticas docentes geradoras de estímulos
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