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A Metodologia Científica, Educação de Jovens e Adultos, História da Educação

Por:   •  27/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.984 Palavras (8 Páginas)  •  444 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

POLO: Santa Cruz RJ

CURSO: Pedagogia

Disciplinas Norteadoras: Metodologia Científica, Educação de Jovens e Adultos, História da Educação, Educação Formal e não Formal, Didática, Práticas Pedagógicas: Gestão da sala de aula.

MARIANA CRISTINA GOMES FERREIRA

RA: 0172002130

NOME DO TUTOR A DISTÂNCIA: Mara Lúcia Pereira

Rio de Janeiro-RJ

2019

                                                   

MARIANA CRISTINA GOMES FERREIRA

Trabalho de Produção Textual Individual – PTI, apresentado à Faculdade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção de nota semestral.

Rio de Janeiro-RJ

2019

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como proposta, a educação de jovens e adultos, abordará o processo educativo pelo qual apresenta informações relevantes nos artigos 37 e 38 da lei Federal n°9.394/96 (LDB) para a contemplação dos leitores, sobre essa modalidade de ensino, no qual é garantida a inclusão dos citados à cima no ambiente escolar gratuito, vale lembrar que muitos destes alunos possuem faixas etárias distintas e por algum motivo não conseguiram completar o ensino fundamental do ensino regular.

Consolidando as legislações e documentos referente à Educação de Jovens e Adultos, e outras pesquisas referentes ao assunto são notáveis os motivos pelos quais esses alunos desistiram de estudar no tempo regular, como problemas pessoais, econômicos ou sociais. E quando voltam aos estudos na EJA, se deparam com mais problemas que também dificultam sua permanência nas escolas, como a falta de profissionais adequados, os preconceitos em relação a esse grupo, dificuldades no ensino aprendizagem, provocando evasão escolar.

O trabalho do professor, tendo a preocupação com o desenvolvimento destes alunos deve estar voltado para a variação linguística, a inclusão na gestão democrática dentro da escola, levando-os a participarem do ensino aprendizagem; o professor precisa valorizar o aprendizado que eles já possuem ao longo de suas vidas, criar ações, programar planos de aulas, metodologias, criação de projetos, para que o ensino aprendizagem dos conteúdos sejam mais atraentes e eficazes, viabilizar o conhecimento das  diferentes formas de expressões linguísticas, sendo uma forma para que eles sejam aceitos pela sociedade sem discriminações, preparando-os para o mundo do trabalho, realizando transformações em suas vidas pelo intermédio da Educação.


DESENVOLVIMENTO

Depois observar o material que me foi disponibilizado e explorar a situação problema que Marcela inicia atividades para a semana pedagógica e pede para a palestrante Ana Clara agregasse alguns questionamentos importantes sobre a temática: Educação de Jovens e Adultos: Para quê e para quem?

Os fatores históricos, políticos e sociais que perpassam a Educação de Jovens e Adultos na educação brasileira são que em 1930, começa no Brasil um movimento para extinguir o analfabetismo, pois era necessário ampliar o eleitorado e analfabetos não poderiam votar e nem participar de nenhum movimento político. Na década de 30 o analfabetismo era visto como "maldição ou uma doença nacional" levando o analfabeto a ser visto como "selvagem, vagabundo, leigo e incompetente", então era fundamental que soubesse ler e escrever para estar inserido na sociedade. Conforme declara Couto:

O analfabetismo é o cancro que aniquila o nosso organismo, com suas múltiplas metáteses, aqui a ociosidade, ali o vício, além o crime. Exilado dentro de si mesmo como em um mundo desabitado, quase repelido para fora da espécie pela sua inferioridade, o analfabeto é digno de pena e a nossa desídia indigna de perdão enquanto não lhe acudirmos com o remédio do ensino obrigatório. (COUTO, 1933, p.190)

Em 1940 aconteceram algumas transformações na educação de jovens e adultos, quando ocorreram realizações políticas e pedagógicas, como as manifestações das obras fundamentais, especialmente aplicada ao ensino supletivo, o lançamento da CEAA – Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos, fazendo com que ocorresse uma preocupação com a elaboração de materiais didáticos para adultos (SOARES, 1996).

Conforme entendemos que a falta de alfabetização e o analfabeto sempre foi visto com preconceito e até os organizadores da campanha o viam preconceituosamente.  Paiva (2001):

“(...) a ideia central (...) é a de o adulto analfabeto é um ser marginal que não pode estar à corrente da vida nacional” “E associam-se a crença de que o adulto analfabeto é incapaz ou menos capaz que o indivíduo Alfabetizado. (...)” (p.184)

Com o índice de analfabetismo ainda em alta e na década de 50 o filósofo, escritor e educador Paulo Freire se dedica ao ensino de jovens e adultos, e nesse contexto Freire propõe um “método de alfabetização”  que muitos nomeiam como “método Paulo Freire” que apresenta base humanista ao perceber na educação uma ação criativa, a proporção em que possibilita ao indivíduo liberdade, consciência crítica e capacidade de decisão. Este método ousado com a pretensão de alfabetizar os indivíduos em 40 dias e teve início no nordeste brasileiro, mais precisamente em Angicos RN, e em sua primeira turma contou com mais de 300 trabalhadores, e o método aplicado em outros estados do país. Em 1964, teve início o regime militar e a proposta de Freire passou a ser vista como ameaça acabou sendo proibida e o educador foi exilado. Em 1969, o governo federal deu início ao Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), um plano direcionado a ofertar a alfabetização para toda a população jovem e adulta. Bem diferente da Campanha de 1947, o governo destinou um volume considerável de fundos para o Mobral, mas não teve o rendimento esperado e foi extinta em 1985 e sua sucessora foi a Fundação educar com o objetivo: “promover a execução de programas de alfabetização e de educação básica não-formais, destinados aos que não tiveram acesso à escola ou dela foram excluídos prematuramente” (ZUNTI, 2000).

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