A PRÁTICA DA SUPERVISÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: Larissa Gentil • 23/10/2019 • Artigo • 2.361 Palavras (10 Páginas) • 560 Visualizações
A PRÁTICA DA SUPERVISÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Keiteanne Larissa Pereira Gentil¹
Pedro Malias Vieira de Sá²
Resumo
O objetivo deste trabalho é analisar o papel do supervisor escolar na educação infantil, identificar as ações aplicadas nessa prática, os principais conceitos e aplicações da Supervisão escolar na Educação Infantil. A metodologia adotada neste trabalho, consistiu em pesquisas de artigos, buscando mostrar como essa atuação vem sendo entendida atualmente pela área da educação, particularmente pelos profissionais de Pedagogia. A princípio, são introduzidos os elementos que compõe o retrato da prática pedagógica, seguidos de um histórico dessa prática ao longo do tempo.
Palavras-chave: Supervisor. Educação Infantil. Prática Pedagógica.
1 - INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como proposito abordar a Prática da Supervisão Escolar na Educação Infantil: a ação do supervisor escolar no espaço da educação infantil, onde a cada momento vivenciamos e presenciamos inúmeras situações na qual necessita-se de uma compreensão melhor da criança como ser-no-mundo, focando no olhar não só para a criança, mas a tudo que lhe disser respeito e o que for significativo para essa compreensão.
A expansão da educação infantil no brasil e no mundo tem ocorrido de forma crescente nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da urbanização, a participação da mulher no mercado de trabalho e as mudanças na organização e estrutura das famílias. Podendo considerar que a sociedade está mais consciente da importância das experiências na primeira infância, o que motiva demandas por uma educação institucional para crianças de 0 a 6 anos(OLIVEIRA,2002).
Os objetivos da realização do presente artigo é analisar as práticas do supervisor escolar no espaço da educação infantil; identificar as práticas, execução e avaliação do supervisor pedagógico no cenário da Educação Infantil.
Os dados deste trabalho serão coletados em artigos que abordam a supervisão escolar no âmbito da educação infantil serão analisados a partir de técnicas de análise de discurso, onde será possível ultrapassar o cerco das palavras. Essa metodologia possibilita a descrição e analise da dimensão representativa, ou seja, estruturação dos signos, dos objetos, dos processos ou fenômenos inter-relacionados à formação e apreensão do conhecimento humano e consequentemente à construção social da realidade.
2 - A PRÁTICA DA SUPERVISÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
No Brasil e no mundo a expansão da educação infantil tem ocorrido de forma crescente nas últimas décadas, acompanhadas da mulher está inserida no mercado de trabalho e as mudanças na organização e estrutura das famílias por outro lado, a sociedade está mais consciente da importância das experiências da primeira infância. A educação infantil é considerada a primeira etapa da educação básica, tendo com finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos. (OLIVEIRA,2002).
A Educação Infantil cresce no Brasil e mundialmente nos aspectos sociais e legais, no que tange aos direitos das crianças, além de descobertas cientificas em estudos voltados para a infância e seu processo de desenvolvimento.
Iniciando este estudo é pertinente apresentarmos a legislação educacional em vigência, à organização do sistema educacional brasileiro, tendo como referência a LDB 5692/96 e localizar a Educação Infantil neste contexto.
A Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394 de 20 de novembro de 1996 a chamada LDB dispõe em seu primeiro artigo que:
Art. 1° A Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa nos movimentos sociais e organizacionais da sociedade civil e nas manifestações culturais.
$ 1° Esta Lei disciplina a educação escolar que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
Falar da creche ou da educação infantil é muito mais do que falar de uma instituição, de suas qualidades e defeitos, da sua necessidade social ou da sua importância educacional.
O período da adaptação tem que ser cuidadosamente planejado para promover a confiança e o conhecimento mútuo, favorecendo o estabelecimento de vínculos afetivos entre as crianças, a família e os educadores. Habitualmente, a criança convive com poucas pessoas em casa, com quem já estabeleceu um forte vínculo afetivo, já na pré-escola, a criança passa a conviver com um grande número de adultos e crianças, em um ambiente novo, que geralmente lhe é estranho, tudo é novo, mudam pessoas, o espaço, os objetos, a rotina.
Cada vez está sendo mais frequente, entre os profissionais de educação infantil, a tentativa de caracterizar claramente a instituição voltada para atendimento de crianças de 0 à 6 anos. Deixando claro que o sentido educativo deve ser predominantemente no trabalho com crianças desta faixa etária.
Saber o que é estável e o que é circunstancial em sua pessoa, conhecer suas características e potencialidades e reconhecer seus limites é central para o desenvolvimento da identidade e para a conquista da autonomia. A capacidade das crianças deterem confiança em si própria e o fato de sentirem-se aceita ouvida, cuidadas e amadas, oferecem segurança para a formação pessoal e social.
A possibilidade de desde muito cedo efetuarem escolhas e assumirem pequenas responsabilidades favorece o desenvolvimento da autoestima, essencial para que as crianças se sintam confiantes e felizes.
Esta postura de que a criança de 0 a 6 anos tem características e necessidades diferenciadas das outras faixas etárias, que requerem cuidado e atenção por parte do adulto e que, quando negligenciados colocam em risco a sobrevivência da própria criança ou comprometem gravemente seu desenvolvimento posterior.
É certo que, desde que vem ao mundo, o bebe interage de diferentes maneiras no ambiente físico e social que o cerca. Entretanto seu ingresso em uma instituição de caráter educativo o fará experimentar, forçosamente e de forma sistemática, situações de interação distintas das que vive com sua família.
Ao separar-se do pai/mãe, para interagir com outros adultos e compartilhar o mesmo espaço e brinquedos com outras crianças, vai conviver com ritmos nem sempre compatíveis com o seu e participar de um universo de objetos ações e relações cujo significado lhe é desconhecido.
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